22 de maio de 2009

TODA A VERDADE
SOBRE A PÁSCOA

Por Mário L. Pereira Dalmao
Você sabia que a religião dos romanos (pagãos), celebrava todos os domingos uma "santa ceia" com pão e vinho? A verdadeira Igreja guardava fielmente a Páscoa no dia 14 de Abib ou Nisã, tal como vinha sendo observada desde o primeiro dia ensinado a Moisés. Porém, há algumas coisas que não se encaixam. Sabia que Cristo morreu um dia antes da Páscoa? Se foi assim, Ele não pode ser o Cordeiro Pascoal, tampouco permaneceu 3 dias e 3 noites no sepulcro.Os judeus atualmente não guardam o dia 14 e sim o 15. Como é que esta data foi mudada? Houve um momento em que a "Santa Ceia" começou a ser servida nos dias sábados e depois em cada domingo. Quem fez estas mudanças, quando e como?
Capítulo 4
A verdadeira Igreja

Jesus disse que sua Igreja levaria o nome do Pai; e assim foi conhecida tal como está registrado na Bíblia: “IGREJA DE DEUS”. Este nome se repete 12 vezes no Novo Testamento.
Se os inventores nunca se sujeitaram a Deus não podem pertencer à verdadeira Igreja e nem o nome dela conhecer. Por isso cada uma tem qualquer nome. Dias atrás soube que existe uma que se chama “CUSPE DE JESUS”!!! Acredite!
Apostatou a verdadeira Igreja de Deus, cujo Guia e Cabeça ativa é Jesus Cristo? Foi absorvida pelo sistema religioso antes mencionado?
Não! As portas do Inferno jamais prevaleceram sobre ela, nunca poderá faze-lo e jamais sucumbirá. Nunca deixou de existir!
Ela é representada na profecia como uma “manada pequena”.
“Não temais, ó pequeno rebanho, porque a vosso Pai agradou dar-vos o reino” (Lucas 12:32).
No Novo Testamento é descrita como uma Igreja continuamente perseguida, desprezada pelas grandes e populares igrejas, porque ela não é deste mundo nem toma parte no sistema político do mesmo. Tem-se conservado sem mancha no meio de um mundo mau e perverso. Sempre obedeceu os mandamentos de Deus e guardado a fé de Jesus (Apoc. 12:17). Tem observado corretamente todos os tempos (calendário e festas Santas).
Nunca foi grande nem popular, nem estabeleceu sua Sede Central em Roma e existe desde o seu dia de fundação (Pentecostes), até o dia de hoje.
Então; para onde foi? Onde esteve durante toda a Idade Média? Onde se encontra na atualidade? Como nunca chegou a ser grande nem politicamente poderosa, tampouco chegou a converter-se numa organização eclesiástica bem conhecida. É um organismo espiritual e não uma organização política.
Está composta por pessoas cujas vidas e corações têm sido mudados pelo Espírito de Deus, mesmo que seus membros estejam juntos ou espalhados. A verdadeira Igreja, por causa da sua constante perseguição teve poucos momentos de união e organização.
“E ouvi o homem vestido de linho, que estava sobre as águas do rio, o qual levantou ao céu a sua mão direita e a sua mão esquerda, e jurou por aquele que vive eternamente que isso seria para um tempo, tempos e metade do tempo, e quando tiverem acabado de espalhar o poder do povo santo, todas estas coisas serão cumpridas” (Daniel 12:7).

“Assim se espalharam, por não haver pastor, e tornaram-se pasto para todas as feras do campo, porquanto se espalharam. As minhas ovelhas andaram desgarradas por todos os montes, e por todo o alto outeiro; sim, as minhas ovelhas andaram espalhadas por toda a face da terra, sem haver quem perguntasse por elas, nem quem as buscasse. Portanto, ó pastores, ouvi a palavra do SENHOR: Vivo eu, diz o Senhor DEUS, que, porquanto as minhas ovelhas foram entregues à rapina, e as minhas ovelhas vieram a servir de pasto a todas as feras do campo, por falta de pastor, e os meus pastores não procuraram as minhas ovelhas; e os pastores apascentaram a si mesmos, e não apascentaram as minhas ovelhas; portanto, ó pastores, ouvi a palavra do SENHOR: Assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu estou contra os pastores; das suas mãos demandarei as minhas ovelhas, e eles deixarão de apascentar as ovelhas; os pastores não se apascentarão mais a si mesmos; e livrarei as minhas ovelhas da sua boca, e não lhes servirão mais de pasto. Porque assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu, eu mesmo, procurarei pelas minhas ovelhas, e as buscarei. Como o pastor busca o seu rebanho, no dia em que está no meio das suas ovelhas dispersas, assim buscarei as minhas ovelhas; e livrá-las-ei de todos os lugares por onde andam espalhadas, no dia nublado e de escuridão. E tirá-las-ei dos povos, e as congregarei dos países, e as trarei à sua própria terra, e as apascentarei nos montes de Israel, junto aos rios, e em todas as habitações da terra. Em bons pastos as apascentarei, e nos altos montes de Israel será o seu aprisco; ali se deitarão num bom redil, e pastarão em pastos gordos nos montes de Israel. Eu mesmo apascentarei as minhas ovelhas, e eu as farei repousar, diz o Senhor DEUS. (Ez. 34:5-15).
“AI dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto, diz o SENHOR. Portanto assim diz o SENHOR Deus de Israel, contra os pastores que apascentam o meu povo: Vós dispersastes as minhas ovelhas, e as afugentastes, e não as visitastes; eis que visitarei sobre vós a maldade das vossas ações, diz o SENHOR” (Jeremias 23:1-2).
“Então Jesus lhes disse: Todos vós esta noite vos escandalizareis em mim; porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho se dispersarão” (Mat. 26:31)
Pouco tempo depois a Igreja começou a ser perseguida e martirizada e todos foram dispersos:
“E também Saulo consentiu na morte dele. E fez-se naquele dia uma grande perseguição contra a Igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judéia e da Samaria, exceto os Apóstolos. E uns varões piedosos foram enterrar Estevão, e fizeram sobre ele grande pranto. E Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, os encerrava na prisão. Mas os que andavam dispersos iam por toda a parte, anunciando a palavra” (Atos 8:3-4).

O que os historiadores ignoram

As histórias seculares deste mundo contém muito pouco sobre este verdadeiro corpo de Cristo. Ninguém comenta nada sobre a verdadeira Igreja e o que eles faziam ou pensavam. Quando se referem a ela a consideram “herege”, odiada, perseguida e sempre fugindo para salvar-se. Porém, a história nos mostra que este grupo perseguido a morte, por 1260 anos , conseguiu sobreviver e continua existindo até o presente!
A profecia de Apocalipse 12 se refere especificamente a esta Igreja, descrita como uma mulher grávida prestes a dar a luz e quando nasce o filho (todos os que passaram pelo verdadeiro novo nascimento), Satanás quer matá-lo, mas a mulher foge para o deserto onde permanece por 1260 anos, ao longo de toda a Idade Média.
Ainda nos tempos de Paulo, muitos dos que se congregavam em Jerusalém, Antioquía, Éfeso, Corinto e outros lugares, empeçaram a apostatar e houve divisões. Esses indivíduos, tanto os que nunca se haviam convertido, como quem rejeitavam a verdade e o caminho de vida cristão, não formavam parte da verdadeira Igreja, mas se congregavam com os que sim o eram. (Leia todo o capítulo 2 de II Pedro).

“Porque já o mistério da injustiça opera;...” (Ef. 2:7).

E a apostasia continuou aumentando e para o ano 160 aparecem claramente duas igrejas completamente opostas: a verdadeira e a falsa. A falsa não tinha nada daquilo que havia sido ensinado por Jesus e os Apóstolos e sim era a mesma religião romana, agora com o nome de cristã.
Satanás tem enganado tão bem aos historiadores e aos teólogos que você não sabe nada ao respeito de como era a religião pagã do Império Romano. Jamais você tem ouvido isto em alguma Igreja, curso teológico ou numa escola bíblica. Por quê? Porque se conhecessem, perceberiam que são tão pagãos quanto os romanos. Ninguém ouviu falar sequer do nome dessa religião, mas vamos revelá-lo: MITRAISMO – A RELIGIÃO DO DEUS MITRA OU DEUS SOL!
Esta religião era a praticada pelos persas e era exatamente como hoje é a Igreja Católica. Todo o Império Romano descansava no dia Domingo – o honorável dia do Sol e que tinha sua festa máxima no dia 25 de dezembro, dia do nascimento do Sol. A celebração começava quando se ouvia o canto do galo, tal como hoje continua na “missa do galo” no Vaticano.
E tinha o culto uma santa ceia! Nela, se repartia pão e vinho.
Com o Imperador Constantino, a igreja apóstata passa para suas mãos e introduz totalmente o mitraismo denominando-o de “cristianismo” e o dia 25 de dezembro passa a ser o dia do nascimento de Jesus e todos os cristãos deveriam guardar o Domingo, porque esse era o dia do repouso semanal romano.
A cada dia se tornava mais difícil a permanência em Roma e não houve outra saída, senão sair da jurisdição dela. A igreja que chega à cúspide do poder foi a falsa, não a verdadeira. Ela é a igreja de Apocalipse 17.

Como foi introduzida a Páscoa de Ressurreição
dentro da Igreja?

Nada esclarece mais este fato que o relato histórico de como foi introduzida a Páscoa de ressurreição dentro da Igreja Ocidental. Eis aqui uma breve história ao respeito, tomada da Enciclopédia Britânica (edição undécima Vol. VIII, páginas 828-829):
“Não existe nenhuma indicação da observância do festival da Páscoa de Ressurreição no Novo Testamento, nem nos escritos dos pais apostólicos... Os primeiros cristãos [os da verdadeira Igreja e original] continuaram observando os festivais judeus [é dizer, os de Deus], embora num novo espírito, como uma comemoração dos acontecimentos que esses festivais havias prefigurado. Assim é que a Páscoa, com o novo conceito de Cristo como o verdadeiro Cordeiro Pascoal e a primícia dentre os mortos, continuou observando-se”.
“Embora a observância da Páscoa Florida era algo que se praticava na Igreja cristã desde fazia muito tempo, um sério desacordo pronto surgiu entre os cristãos de descendência judaica e os de descendência gentil, com respeito ao dia em que deviam observa-la, o qual conduziu a uma longa e amarga controvérsia. Com os cristãos judeus... o jejum terminava... no dia 14 da lua [do mês] ao anoitecer... sem tomar em conta o dia da semana. Em cambio, os cristãos gentios [é dizer, os começos da Igreja Romana] associaram o primeiro dia da semana com a ressurreição, e guardavam a Sexta feira que o precedia [ao Domingo de Ressurreição] como comemorativo da crucificação, sem importar a data em que ocorria”.

“Falando em forma geral, as igrejas ocidentais cumpriam a Páscoa de Ressurreição no primeiro dia da semana, enquanto que as igrejas orientais [compostas principalmente pelos que seguiram sendo parte da verdadeira Igreja cristã] seguiram a prática dos judeus [é dizer, continuaram observando a Páscoa bíblica que ocorria o dia 14 do primeiro mês do calendário sagrado em vez da Páscoa Florida]”.

“Policarpo, o discípulo de João o Evangelista e bispo de Esmirna, visitou Roma em 159 d.C para conferenciar com Aniceto, bispo dessa sede, sobre essa questão, e insistiu na observância da tradição que havia recebido dos apóstolos de cumprir o dia 14”.

“Porém, Aniceto negou-se a provar esse dia. A questão foi tratada uns 40 anos mais tarde (197) de um modo muito diferente entre Vítor e Polícrates, metropolitano da Ásia proconsular [o território das Igrejas de Éfeso, Galácia, Antioquia, Filadélfia e todas as demais mencionadas nos capítulos 2 e 3 de Apocalipse, as Igrejas estabelecidas pelo Apóstolo Paulo]. Dita província era o único lugar onde a cristandade ainda se aferrava ao costume judaico. Vítor exigiu que todos aceitaram o costume prevalecente em Roma. Polícrates recusou-se resolvidamente a concordar com esse conceito, dando muitas razões importantes para opor-se a isso, pelo qual Vítor excomungou a Polícrates e aos cristãos que continuaram no costume oriental [noutras palavras, que continuaram no caminho de Deus, seguindo os exemplos de Jesus, Pedro, Paulo e dos demais membros da verdadeira Igreja de Deus]. Porém, os outros bispos lhe impediram tomar os passos necessários para pôr em vigência o edito de excomunhão... e as igrejas asiáticas continuaram praticando tranqüilamente o que criam. Depois disto, vemos o costume judaico [a verdadeira Páscoa cristã] reafirmando-se, mas nunca mais prevaleceu significativamente.”

“A necessidade de resolver definitivamente esta disputa foi uma entre várias razões que conduziram a Constantino a convocar o Concílio de Nicéia no ano 325. Nesse tempo, os crentes da Síria e de Antioquia eram os únicos que permaneciam na observância do dia 14. A decisão do Concílio foi unânime em que a Páscoa Florida seria observada... no mesmo Domingo por todo o mundo e que “desde esse momento em diante ninguém devia seguir a cegueira dos judeus” [Aí está expressado muito claramente que a Igreja Romana decretou que ninguém devia obedecer as doutrinas de Cristo, as da verdadeira Igreja cristã!].

“... Os poucos que depois se separaram da unidade da Igreja [a Igreja Romana] e continuaram observando o dia 14 foram chamados “cuarto-decimani”, e a disputa em si é conhecida como a “controvérsia ou questão décimoquarta”.

Depois da discussão entre Policarpo e Aniceto, o velho Apóstolo voltou para Esmirna, mas o Imperador atiçado por Aniceto manda-o prender, trazido a Roma e queimado publicamente.
Podemos ver por onde e como a igreja que foi organizada politicamente em Roma, chegou a ser grande e poderosa. Isto o logrou porque adotou costumes pagãos populares e extinguir gradualmente os ensinos, doutrinas e práticas autênticas de Cristo e da Igreja verdadeira... ao menos no que se refere à sua observância coletiva por parte dos cristãos.

Mudanças no Calendário

Se o Calendário foi estabelecido por Deus, Satanás não vai permitir que ele seja obedecido, e influiu na mente das pessoas para que fabriquem seus próprios calendários e tenham suas próprias festividades.
Desde o Sinai o calendário foi levado por uma mesma família.
"E dos filhos de Issacar, duzentos de seus chefes, destros na ciência dos tempos, para saberem o que Israel devia fazer, e todos os seus irmãos seguiam suas ordens” (I Cron. 12:32).
Duzentos anos antes de Cristo houve uma mudança no cômputo dos tempos, porque uma outra família foi nomeada para esta finalidade.
Esta família suprime a celebração do dia 14 e ajunta Páscoa com o primeiro dia dos Pães Asmos e a festa em vez de ir do dia 14 até o 21, vai do 15 ao 21. É por isso que Jesus celebrou a Páscoa um dia antes que os judeus, porque eles seguiam a tradição e não a Escritura. Jesus agonizou no momento em que eles se preparavam para iniciar a Festa.
Note que houve pressa para tirar o corpo para que não ficasse exposto até depois do outro dia. Jesus morreu no dia certo, dentro das 24 horas da Páscoa. Se tivesse morrido um dia antes sua morte não teria tido valor algum.
Vejamos outro estudo:
“Se efetuou um câmbio no calendário durante a metade do século segundo da nossa era, depois do qual novas idéias começaram a introduzir-se entre os que professavam ser cristãos. Os verdadeiros cristãos que fugiram de Jerusalém “continuaram usando o ciclo judaico [é dizer, o modo de calcular a Páscoa segundo o calendário sagrado] até que os bispos de Jerusalém que eram da circuncisão foram sucedidos por outros que não o eram [gentios inconversos]... estes começaram a inventar outros ciclos” (Antiquities of the Christian Church, Antigüidades da Igreja Cristã, por Bingham, pág. 1152).
Este mesmo autor continua: “Vemos que durante este tempo {a meados do século segundo depois de Cristo] o cálculo judaico [determinado pelo calendário que os judeus haviam conservado fielmente], foi geralmente rejeitado pela... Igreja, porém, não se pode chegar a um acordo sobre qual sistema devia substitui-lo...”
É assim como a Páscoa – chamada também Ceia do Senhor ou Eucaristia – foi rejeitada pouco a pouco.

A ceia do Senhor observada cada Sábado

Lembremos que até este ponto, as congregações de Deus sabiam universalmente que Jesus ressuscitou depois de três dias: no Sábado, pouco antes do pôr do Sol.
Ao ser rejeitado o calendário sagrado de Deus por tantos que professavam ser cristãos, muitos agora começaram a fazer o que a eles lhes parecia correto.
Não só começaram a calcular mal a data anual da Páscoa, senão que, embora pareça inacreditável, no Oriente – começaram a observar a Páscoa cada Sábado! Eis aqui a prova:
Por mais de 200 anos, este costume foi praticado universalmente pelas igrejas orientais. O historiador Sócrates (não confundir com o filósofo Sócrates que viveu no século V antes de Cristo), escreveu na sua História Eclesiástica, livro V cap. 22: “Enquanto que alguns na Ásia Menor observavam o dia antes mencionado [quer dizer que alguns continuaram observando a Páscoa o 14 de nisán, tal como o fizeram os Apóstolos], outros no Oriente celebravam este festival os sábados...”
Tão universal era o costume de observar a Ceia do Senhor os sábados, que Sócrates comentou: “pois, embora quase todas as igrejas por todo o mundo celebram os mistérios sagrados semanalmente, cada Sábado, os cristãos de Alexandria e Roma, devido a uma antiga tradição, tem cessado de faze-lo”.

Isto é tão importante, que vamos fazer uma recapitulação e o cronograma dos fatos:
1º) – A Páscoa é determinada por Deus para ser realizada no dia 14 de abibe ou nisán (1o mês).
2º) – 200 anos antes de Cristo, foi mudada a maneira tradicional e eliminado o dia 14 e celebrando-se uma Páscoa junto com os Pães Asmos desde o dia 15 ao 21.
3º) – Existia uma Santa Ceia celebrada em cada culto do mitraismo, religião oficial pagã do Império Romano.
4º) – Enquanto a verdadeiras Igrejas de Deus celebravam a Páscoa na forma tradicional como foi ensinado no Livro de Êxodo, praticando tal como foi ensinado por Jesus, com pão e vinho, no dia 14 e uma Semana de Pães Asmos; as demais igrejas da Ásia e Europa, começaram a celebrar a Páscoa em cada culto do dia Sábado, separando Páscoa e Pães Asmos de Santa Ceia. Mesmo apostatando e desvirtuando esta celebração, estas igrejas bem sabiam que Jesus tinha ressuscitado num Sábado e por isso, esta Páscoa de Ressurreição, acontecia neste dia.
5º) – Este modo de celebração tornou-se tradicional por longos anos, sempre comemorando-se a Ressurreição de Cristo neste dia. Porém, como a Páscoa Florida celebra a ressurreição do Sol num Domingo; o próximo passo foi, como fazer para que esta celebração passe para esse dia.
6º) – O calendário de Deus deixou de ser considerado e foi adotado universalmente o calendário romano, para que se percam todas as referências às Festas Santas de Deus.

É evidente que se separamos a Santa Ceia do resto da Páscoa com a celebração dos Paes Asmos e na data certa; tudo isto perde completamente o sentido.
As Festas Santas de Deus visam mostrar a cada ano, como Deus está levando a cabo o propósito da Salvação que culminará com a vinda do Reino de Deus e do próprio Pai a morar com os homens.
Brevemente nos referiremos a elas para que veja o cronograma divino e sua inalterável seqüência:
1º) – Páscoa. O dia em que o Cordeiro foi imolado por nossos pecados. Separação do povo de Deus do mundo.
2º) – Pães Asmos – Durante 7 dias não comer pão fermentado simbolizando uma vida sem pecado.
3º) – Pentecostes – Batismo no Espírito Santo (novo nascimento).
4º)- Festa das Trombetas – Tempo em que o Senhor derramará suas pragas sobre um mundo impenitente. Tempo de guerra entre Deus e todos os exércitos celestiais e humanos.
5º) – Jejum – O dia que celebra a vinda do Senhor Jesus, a ressurreição e o revestimento de imortalidade.
6º) – Festa dos Tabernáculos – A instalação do Reino de Deus – O Milênio - 7 dias (tempo completo) vivendo com Cristo.
7º) – O Último Grande Dia – Celebra o dia em que Cristo entrega o Reino ao Pai e Ele desce para morar com os homens, depois que toda a raça humana foi ressuscitada, julgada, Satanás e a Morte vencidos para sempre, e todos revestidos de imortalidade.
Como a Igreja Romana absorveu completamente a religião mitraica, em cada missa passou-se a servir pão e vinho, sem importar dia e hora. Mas, a Páscoa Florida, como passou a ser celebrada como sendo a Páscoa de Deus? É o que vamos a estudar a seguir.

As manobras satânicas para eliminar a Páscoa de Deus

Temos visto que a Páscoa anual no dia 14, foi transformada de uma comemoração da morte de Cristo a uma comemoração semanal em honra da sua ressurreição, a qual de fato, aconteceu num Sábado. Estas páscoas semanais solíam chamar-se “mistérios sagrados”. Um desses mistérios antigos foi o que mais tarde seria conhecido como a Páscoa de Ressurreição ou Páscoa Florida.
Mas, as práticas da Páscoa Florida não se introduziram subitamente, senão devagar, sob o pretexto de ser um costume cristão.
Muitos fiéis continuaram observando a Páscoa de maneira tradicional e as igrejas estavam divididas em grandes contendas por este motivo, mas o número dos gentios aumentava e a prática da celebração semanal em dia de Sábado, tornou-se a norma. Mas, como iam os falsos mestres alterar o conhecimento de que Jesus esteve três dias e três noites no sepulcro contando desde Sexta feira, e não desde a Quinta?

A tradição da Sexta Feira Santa e o Domingo de Ressurreição

Ninguém leva em conta um livro escrito pouco antes da época de Constantino chamado “Didascalia Apostolorum”. Aqui se descreve o que aconteceu naqueles dias.
Os falsos mestres começaram a interpretar os três dias e as três noites da seguinte e astuta maneira. Alegavam que Jesus sofreu na cruz, supostamente numa Sexta feira. Como chegaram a esta conclusão? Lembre-se que estes cristãos pertenciam à falsa e apóstata igreja cristã cujo deus é Satanás. Sua origem era Samaria, não Jerusalém e tinham um ódio mortal de todo o que fosse genuinamente israelita, e muito mais dos judeus.
Se preocupavam em conhecer a verdade? Acolhiam os ensinos apostólicos? Não. A tradição era a guia e a interpretação carnal das Escrituras. Como não tinham nenhum entendimento das coisas de Israel, nem tampouco as desejavam, liam e interpretavam tal como o faz todo o mundo, hoje em dia. O termo “dia da preparação”, foi a chave satânica para o desvio doutrinário.
Qual é o “dia da preparação”? Todas as Sextas feiras! Porém, a Páscoa e os sete dias de Pães Asmos contém TRÊS DIAS DA PREPARAÇÃO NUMA ÚNICA SEMANA!!!
O dia da Páscoa é chamado “da preparação”, porque nesse dia se preparam os alimentos e a limpeza da casa, porque no outro dia é o 1º Dia dos Pães Asmos, dia de SANTO REPOUSO SOLENE, independente do dia Sábado semanal. Pode ser qualquer dia da semana.
Depois temos o segundo “dia da preparação”, que é o dia anterior ao Sábado semanal que fica no meio da semana da Festa. E depois, o terceiro “dia da preparação”, que é o dia anterior ao último dia dos Pães Asmos, onde novamente acontece um SANTO REPOUSO SOLENE.
Estes fatos são totalmente ignorados por todos os teólogos que se negam a ler pelo menos o Antigo Testamento e Êxodo 12.
O “dia da preparação”, levou-os a entender que Cristo tinha morrido numa Sexta feira e não numa Quarta, como de fato aconteceu. Mas como contar três dias e três noites em apenas este breve espaço de tempo? Só mentindo!
Alegavam que Jesus sofreu na cruz, supostamente numa Sexta feira, por espaço de seis horas. As horas diurnas desde as 9 da manhã até as 12 do meio-dia foram consideradas como um dia. As horas desde o meio-dia até às 3 da tarde, quando estava todo escuro (Mateus 27:45), as calcularam como a primeira noite. E o tempo desde as 3 da tarde até a posta do Sol foi contado como o segundo dia. As horas desde a Sexta feira pela noite até o Sábado pela manhã, foram consideradas como a segunda noite; a luz diurna do Sábado, o terceiro dia; e desde o Sábado pela noite ao Domingo pela manhã, a terceira noite.
Foi um raciocínio muito astuto, e enganou a muita gente! Esses falsos ministros torceram a verdade de que Jesus esteve 3 dias e 3 noites no sepulcro.
Pela primeira vez, o conceito do Domingo de Ressurreição foi introduzido nas igrejas. Agora vejamos o que aconteceu.

Começou primeiro em Roma

Ao comentar sobre os que não observavam a Páscoa conforme era OBSERVADA PELOS Apóstolos, Ireneu, quem viveu nos fines do século segundo escreveu ao bispo Vítor de Roma:

“Nos referimos a Aniceto, Pio, Higino, Telésforo e Sixto. Eles não a observaram [a verdadeira Páscoa do dia 14 de nisán], nem tampouco permitiram que os que vieram depois deles a observaram” (Nicene and Post-Nicene Fathers, Pais nicenos e pós-nicenos, vol. I pág., 243).

Quem eram estes homens? Eram os bem conhecidos bispos de Roma. Este é o primeiro testemunho, por parte de um católico, do fato de que os bispos romanos, já não observavam a Páscoa quando Deus a ordenou, senão num dia Domingo!
O bispo Sixto foi o primeiro, de acordo ao que nos indica a história, em impedir a observância correta da Páscoa e em celebrar os mistérios sagrados anualmente num Domingo. Ireneu, referindo-se a Sixto, declarou que sua doutrina era diretamente “oposta” à prática das outras igrejas. O bispo Sixto viveu a princípios do século segundo, pouco depois de que o Apóstolo João morrera.
A observância do Domingo de Ressurreição não se iniciou com Pedro, nem Paulo, nem nenhum outro Apóstolo nos anos 30 em diante, senão, com Sixto no século segundo depois de Cristo!!!
Assim foi a surpreendente origem do Domingo de ressurreição nas igrejas ocidentais. Juntamente com esta prática, “os mistérios sagrados” (a Santa Ceia) também foram observados em cada Domingo.

A divisão cristã em Roma

Naturalmente, a introdução deste costume causou uma divisão entre os cristãos em Roma. Abbé Duchesne, um historiador católico escreveu: “Nesse tempo havia em Roma muitos cristãos da Ásia (recordemos que a Igreja de Deus em Roma, foi fundada pelos que vieram da Ásia Menor, onde Paulo pregou), nos dias dos primeiros Papas – Sixto e Telésforo – que guardavam sua Páscoa todos os anos, no mesmo dia em que a celebravam os judeus. Eles afirmavam que isto era correto. Foi permitido... embora que o resto dos romanos observavam algo diferente” (The Early History of the Church, A História da Igreja Primitiva, Vol. I, pág., 210).
Por enquanto, eram tolerados! Mas, não por muito tempo!
Ireneu, escrevendo ainda mais com respeito aos costumes da Páscoa Florida em Roma e noutras partes, disse: “Mas Policarpo, não só foi instruído pelos Apóstolos e conheceu a muitos que haviam visto a Cristo, senão que também foi nomeado bispo da Igreja em Esmirna, pelos Apóstolos na Ásia. Além disso, esteve em Roma durante os tempos de Aniceto [bispo de Roma, 155-166 d.C] e foi responsável de que muitos se afastassem dos hereges e seguissem à Igreja de Deus, proclamando que havia recebido esta única verdade dos Apóstolos...” Durante o tempo que esteve em Roma, Policarpo tratou o assunto da Páscoa com o bispo de Roma.
Ireneu continua:”Porque nem podia Aniceto persuadir a Policarpo a que deixara de observa-la (a Páscoa) porque ele sempre a havia celebrado com João, o discípulo do nosso Senhor, e com o resto dos apóstolos com os quais tinha trato, e tampouco pode Policarpo convencer a Aniceto a que a observara, dizendo este que tinha a obrigação de seguir os costumes dos presbíteros que o precederam” (História Eclesiástica por Eusébio, livro V, cap. 24 citada em Nicene and Post-Nicene Fathers, Pais Nicenos e Pós Nicenos, vol. I pág. 244).

Testemunho falso

Pouco tempo depois da morte de Policarpo, apareceu uma carta incrível, a qual muitos eruditos simplesmente a chamam de uma “falsificação intencional”. Esta carta declara:
“O papa Pio, quem viveu ao redor do ano 147, fez um decreto [que ordenava] que a cerimônia anual da Páscoa se observara no dia do Senhor [domingo] e para ratifica-lo alegou que Hermes, seu irmão, quem então era um eminente mestre entre eles, havia recebido instrução de um anjo que mandou que todos os homens deviam cumprir a Páscoa no dia do Senhor (Domingo]” (Antiquities of the Christian Church, Antigüidades da Igreja Cristã, por Joseph Bingham, págs. 1148-1149).
Deste mesmo engano, lemos em Apostolical Fathers (Pais Apostólicos), por James Donaldson:
Uma das cartas falsificadas, que levava o nome do Papa Pio, onde um tal Hermes é mencionado como o autor; e se declara que no seu livro se encontrava o mandamento, dado por meio de um anjo, de observar a Páscoa em domingo” (página 324).
Se essa carta foi uma falsificação intencional, se produziu depois dos tempos de Policarpo com a finalidade de dar-lhe mais importância ao costume de Aniceto, bispo de Roma, quem se aferrou à observância dominical da Eucaristia ou Páscoa. Se não se tratava de uma falsificação, então o mesmo Pio foi autor desta carta enganosa. Pio morreu pouco antes da visita de Policarpo a Roma.

O Imperador Constantino entra em cena

A divisão dos cristãos e suas colossais discussões dividiram o Império Romano e Constantino sabia que se não unia os cristãos, não poderia governar, e seria o fim do império. Os cristãos se haviam tornado muito numerosos e Constantino não poderia governar sem o apoio deles, e se não acabasse com estas discussões doutrinárias. Para isto, convocou o Concílio de Nicéia, o primeiro Concílio geral do mundo cristão.
Era necessário dar um basta a todas as controvérsias e chegar a uma unidade doutrinária, um único dogma, uma única fé, e o poder estava com ele para leva-lo a efeito.
Entre as resoluções tomadas estão:
1º) – A doutrina da Santíssima Trindade.
2º) – A doutrina da tríplice natureza do homem (corpo, alma e espírito), e
3º) – Que a Páscoa de Ressurreição devia ser celebrada o Domingo e que a Páscoa bíblica tinha que ser proibida!
Sem fazer caso a estas decisões, muitos continuaram sendo fiéis à Palavra de Deus. Por este motivo, Constantino emitiu um edito que declarava o seguinte:

“Temos decretado, por conseguinte, que sejam despojados [os que guardavam a verdadeira Páscoa] de todas as casas em que acostumam a efetuar suas assembléias... públicas ou privadas” (Life of Constantine, A vida de Constantino, livro III).

Começava então a perseguição mortal a todo fiel até não ficar mais nenhum!
Pela força, todos eram obrigados a celebrar a Páscoa de Ressurreição, ou fugir para bem longe, fora do território romano, porém; a discussão continuava, mesmo entre os apóstatas, porque não sabiam bem em que domingo celebra-la.
“Mas a pesar de qualquer intento que pudesse fazer-se então, ou depois, houve ao respeito grandes desacordos na Igreja por muitas gerações. Até ao redor do ano 800, as igrejas da Grã Bretanha e Irlanda não concordavam com a igreja romana em guardar a Páscoa de Ressurreição no mesmo Domingo. Tampouco na França foi plenamente recebido o costume romano, até que a questão foi resolvida por autoridade de Carlomagno...” (Antiquities of the Christian Church, Antigüidades da Igreja Cristã, pág.1151).
Estes são os assombrosos fatos, ignorados por todos, e pelo visto, ninguém quer saber a verdade, pois, jamais vemos alguém procurando-a. Se você estudar Lutero, Calvino ou Zuinglio, verá que os grandes reformadores não acreditavam na maioria destas coisas, mas das suas idéias quase nada restou. O livro de Apocalipse começa com uma visita de Jesus a suas Igrejas para corrigi-las e exorta-las para que tirem todo babilonismo.
Os dois profetas que apareceram em visão com Jesus – Elias e Moisés, serão enviados novamente à terra e são mencionados como as Duas Testemunhas representando a Verdadeira Lei e sua restauração e o Verdadeiro Culto e Fé em Deus. A carta vai endereçada a cada Pastor, mas se o Pastor não aceitar vai para o povo, e hoje chega a você. Verdadeiramente estamos já nos tempos da restauração de todas as coisas. Agora vejamos se a Igreja primitiva que Páscoa guardava e quando.
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Um comentário:

  1. Quero desde já, parabeniza-lo pelo belíssimo trabalho dedicado a obra do nosso Senhor e Salvador. Espero que o Messias continue abençoando o irmão e continue com o propósito da "Mensagem de libertação e Salvação".

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