10 de maio de 2009

QUE É O PECADO?
Por Mario L. Pereira Dalmao

Se existe uma coisa que causa polêmica, nenhuma iguala ao estudo acerca do que é pecado. Nenhuma Igreja até hoje o pode definir e entre elas não há acordo. O que para uma é pecado, na outra pode ser livremente praticado e a gama vai do extremo conservadorismo ao extremo liberalismo. O ardente apelo dos pregadores é para que as pessoas se afastem do pecado porque ele é condenado com morte eterna, mas se eles não sabem o que é, tampouco as pessoas se preocupam em afastar-se dele! Isto é sério ou uma brincadeira? A surpresa vem quando o próprio Deus nos diz o que é pecado e faz muito bem você sair dele!

Conheci o Evangelho numa Igreja que usava véu e não era tolerado que uma mulher orasse sem ter a cabeça coberta. Não sei se havia um castigo na Igreja, mas o certo era que nunca nenhuma se atreveu a orar sem véu. Mas, eu vim para o Brasil e comecei a freqüentar uma Igreja tradicional porque não havia uma igual à minha naquela cidade ou nas redondezas. E ali o véu não era costume; como bem sabia que em nenhuma o era.
Pensava que as Igrejas estavam erradas, mas que algum dia reconheceriam seu erro e adotariam esta medida, porque sempre me diziam que no fim dos tempos, todas seriam iguais.
Mas esta Igreja, tinha outros costumes e eram extremamente rigorosos, tanto, que dificilmente alguém os conseguia cumprir. Havia um porteiro, e para passar por ele havia que especializar-se! Tudo tinha que ser clássico e não era permitido nada que fosse moda ou se assemelhasse. O cabelo das mulheres jamais era cortado e se questionava até se o uso de desodorante ou perfume era permitido. Um dia fui rejeitado porque havia recebido de brinde uma caríssima camisa amarela.
Noutro momento fui rejeitado porque a calça insinuava um centímetro a mais no final, numa época em que se usavam a calças tipo “boca de sino”. Como também naquela época os saltos dos sapatos eram altos, meus sapatos novos pareciam ter alguns milímetros a mais. Fui reprovado. E estas coisas já me haviam colocado na lista dos “perigosos incorrigíveis”.
O pior estava por vir. Minha namorada (que era de outra Igreja) aceitou meu convite para essa noite irmos na Igreja, e fomos. Quando chegamos o culto recém havia começado, mas quando o Pastor me olhou percebi que pela cara que pôs, que eu havia aprontado mais uma. Parou o culto e perguntou-me se tínhamos vindo sozinhos. E diz que sim. Então ele, comunicou-me que a Igreja não permitia que namorados viessem sozinhos na Igreja e que isso além de ser um pecado, era extremamente escandaloso e tinha colocado a Igreja na boca de toda a cidade. Desceu do púlpito e nos levou de carro para a casa da minha namorada, e nos pediu para nunca mais sair sozinhos.
Eu fiquei arrasado. Parecia mesmo que era um “perigoso incorrigível”. Por mais que me esforçava sempre estava pecando. Vivia tremendo, qualquer coisa me parecia pecado.
A pregação sempre girava em torno dos cabelos e não se falava de outra coisa. Certo dia o Pastor contou que tinha recebido a triste notícia de que uma irmã, numa cidade vizinha, havia cortado a ponta dos cabelos e que os Irmãos tinham visto em visões ao Senhor chorando e mostrando as pontas dos cabelos cortados. O pastor não se conteve e começou a chorar, e nós também.
Essa era a “doutrina”, embora que doutrina como tal, seja o conjunto de crenças ao respeito dos principais credos bíblicos. Os cabelos e roupas não seriam propriamente doutrinas, senão “costumes”.
Agora veja alguns casos que aconteceram.
Havia um moço muito feio e além de não ser nada agraciado era um pouco débil mental e havia uma mocinha muito bonita e ela tinha um irmão que também era crente. Certo dia de muito calor e de sol a pique, este rapaz foi na casa desse irmão e perguntou por ele. Quem o atendeu foi à mocinha que lhe respondeu que não, que ele não estava. E ao ver a este rapaz tão suado e cansado o convidou para entrar e beber um copo de água fria. Feito isto o rapaz foi embora. E o Pastor soube disto.
Quando cheguei na Igreja percebi que alguma coisa de muito trágica havia acontecido. O ambiente estava por demais de carregado. Os homens estavam atônitos e as mulheres chorando e havia uma reunião muito tensa e interminável. Essa noite não houve culto e voltei para casa ansioso para saber de que se tratava. Depois veio a conclusão final do caso: o Pastor obrigou a essa moça a casar com o rapaz porque havia feito entrar a um homem dentro de casa estando sozinha. Mesmo que não tivesse acontecido nada, tinha obrigatoriamente que casar, e aquele foi o casamento mais triste que presenciei. Ela chorava sem parar.
Uma irmã da Igreja se havia recebido de professora e lecionava num colégio e trabalhava com crianças pequenas do Jardim de Infantes. Numa dessas, outra fatídica reunião na Igreja. A Irmã estava cometendo um grande pecado na Escola. Ela brincava de roda e mexia com o corpo suavemente e isso era considerado “dança”, e estava cometendo o grande pecado de dançar. Foi exortada a desistir de lecionar e para jamais voltar a fazer isso. E assim o fez. Acabou trabalhando no frigorífico depenando frangos, mas nunca mais “dançou”, nem mexeu com o corpo!
Mas a Igreja tinha um problema sério e ninguém falava disso. A língua daqueles irmãos era mais do que afiada. O comprimento dela era proporcional à saia e aos cabelos. O que saia da boca deles era mais sujo do que qualquer esgoto por mais imundo que fosse, mas para isso, não havia rigor. Pelo visto, isto não era pecado.
Demais está dizer que não reunia nunca as condições mínimas para o batismo, que aliás, era quase impossível de alcançar e me fui para outra Igreja. Ali era todo diferente. Tudo era permitido, ou seja; o que para uma era pecado para a outra não.
Certa feita me surpreendi ao assistir pela televisão a uma Pastora pregar que beber Coca-Cola é pecado e pedia para os telespectadores parar de fazer isto. Isso é pecado, dizia ela. Este ponto de vista é compartilhado por outras igrejas que não admitem o consumo de refrigerantes e que o crente só deve beber água mineral.
Sendo Pastor de uma cidade do interior vi a um Pastor perder seu cargo por uma coisa que fez. Era Domingo ao meio dia. Ficou sem fósforos e saiu para comprar uma caixa. Nenhum armazém estava aberto e somente estava um bar. Entrou e comprou. Só que ele foi visto por uma pessoa da Igreja que convocou aos irmãos para uma reunião especial. Aquele Pastor foi expulso porque entrou num bar para comprar uma caixa de fósforos!
Qual foi a alegação? Que ele tinha Espírito Santo e o Espírito Santo não pode entrar onde há pecado!
Creio eu que nenhuma Igreja brasileira admite beber vinho – porque é pecado! Mas se for no Uruguai ou Argentina, os crentes lhe servem vinho sem que o peça. Afinal, beber vinho é pecado?
No Uruguai, na festa dos quinze anos da filha de um Pastor, ele dançou com ela a valsa e assim o fizeram os demais convidados, depois beberam champanha. Parece que nesse dia a religião e Deus estavam de férias!
Agora vamos a voltar àquela Igreja tradicional do princípio e para o ano 2008. Na maioria delas os antigos costumes são agora permitidos e nem sequer se fala disso, ou seja; o que foi pecado no passado, agora não é! Em qualquer Igreja que você chegue, seja qual for, tem o Grupo de Dança. E a Igreja para ter gente, tem que ter dancinha!
Cada vez que vejo isto me lembro da minha querida Irmã professora que teve que renunciar a uma carreira simplesmente porque brincava com crianças! Uma carreira arruinada por algo que tempo depois não era mais pecado.
Que é pecado? Beber é pecado? Beber bebida forte é pecado? Beber vinho é pecado? Cortar os cabelos é pecado? Não usar véu é pecado? Usar bermuda ou short é pecado? Tomar banho de piscina ou ir à praia? Dançar? Ir ao cinema? Maquiagem? Usar jóias? Roupas bonitas?
E as respostas são as mais variadas e vão do NÃO ao SIM. Cada Igreja tem uma lista de SE PODE e NÃO SE PODE. Você é que escolhe. Se nesta não permitem, não se preocupe. Na outra da esquina se pode, então vai para lá. Se a Igreja considera que não é pecado, então não é. Quem somos nós para discutir ou intentar mudar essas doutrinas!
Se o que incomoda a você são os famosos dízimos e se não gosta de dar um único centavo, saiba que até para isto tem Igrejas que não pedem dízimos e ainda dizem que quem os pede – comete pecado!
Assim que temos PODES e NÃO PODES para cada coisa. Se a vida eterna depende da nossa santificação e isso significa nosso afastamento do pecado, como podemos saber que somos santos e estamos preparados para a vida eterna, se bem podemos estar cometendo pecado simplesmente porque a Igreja o permite? Como Deus julgará a cada crente?
Os que pregam que o cabelo não pode ser cortado dizem que isso é santidade e que cortar é pecado. Porém, na outra Igreja as mulheres o cortam porque asseguram não é pecado. As mulheres dessas Igrejas morrem. Qual delas cometeu pecado? As que cortaram, dirá você. Porque se não cortaram e Deus não dizer nada sobre isto, este assunto foi apenas tempo perdido em discussão. Mas, as coisas são bem mais complicadas do que parecem.
Estão os que guardam o Sábado e os que guardam o Domingo. Os que não comem certos alimentos e os que comem de tudo, inclusive gordura. Os que guardam os Mandamentos e os que não. Os que guardam os Dias Santos de Deus, e os que não. Os que guardam o Calendário de Deus e os que não. Os que guardam a Lei e os que não.
No dia da vinda de Cristo alguns o imaginam assim: todos vão subir porque todos são de Deus. Os de cabelos curtos e os de compridos; os que comeram e os que não comeram; os que obedeceram e os que não obedeceram – porque cada um foi obediente aos Estatutos da Igreja e que Deus os julgará de acordo a eles e não pela Sua Palavra! Depois de tudo, não foi tudo abolido? Não há padrão divino! Em vez de estarmos alegres porque fomos salvos, vamos a estar tristes por termos perdido tempo privando-nos de coisas que não eram pecado.
Que é o que dizem as Igrejas para afirmar isto? QUE PECADO É A TRANSGRESSÃO DO ESTATUTO DA IGREJA OU AQUILO QUE CONSIDERAMOS COMO TAL!
Ou seja: Deus julgará a cada um pelo Estatuto da Igreja a que pertencia ou de acordo às nossas crenças ao respeito!
Eu imagino a um terrorista dizendo na frente de Deus que ele é Santo porque sua religião não considerava isso como pecado!
Você percebeu que em nenhum caso foi mencionado Deus nem Sua Palavra? O cristianismo chegou a este ponto porque simplesmente baniu a Deus das suas próprias crenças. A única autoridade que pode definir o que é PECADO é Aquele que determinou o que é SANTIDADE, e Ele não é humano, nem religioso. Por que não perguntar-lhe?

QUANDO ERRAMOS O ALVO

O QUE TODO PECADOR DEVE SABER SOBRE O PECADO

Difícil é acreditar que somos pecadores, porque não somos picaretas, assassinos, ladrões nem tampouco somos chefes de quadrilhas, mafiosos, corruptos políticos ou tenhamos ordenado a execução de alguém. Tampouco, nada temos a ver com genocídios, terrorismo, ditaduras, seqüestros, traficantes ou qualquer coisa semelhante.
Mas também reconhecemos que não estamos completamente limpos, mas comparados a essas pessoas, nossos pecados são microscópicos e nós mesmos os catalogamos de “muito leves”, nada graves. Apenas temos deixado de pagar alguns impostos, falado (um pouquinho) mal de alguém, achar alguma coisa e não devolver, botar um pouquinho de água no leite, algumas gramas a menos na balança, colar na prova, enfim... coisas insignificantes se nos comparamos à longa lista dos atos monstruosos do noticiário.
Mas a Bíblia diz que todos somos pecadores e que temos pecado. E que nenhum ser humano está à altura de Deus.
Por isso mesmo, nós (pequenos pecadores), necessitamos saber qual é a nossa situação diante do pecado e suas conseqüências.

Que é o pecado?

Necessitamos de uma definição clara e única do que é pecado? É beber álcool, dançar, jogar baralhos, comer carne ou comer carne em “dias santos”?
A cada tanto tempo aparecem grupos extremistas alegando que a sexualidade é pecado, que as pessoas não devem casar nem ter nenhum tipo de contato carnal.
Outros catalogam os pecados em “mortais” e “veniais”, significando com isto que se a pessoa cometeu um pecado mortal, está irremediavelmente perdido e será lançado no Inferno. Enquanto se cometeu um venial, tem solução: um período de tempo no fogo do Purgatório, e pronto. De acordo com eles, os mortais são sete: Os Sete Pecados Capitais!
Parece que ultimamente estão aparecendo outros pecados graves, mas não estão na lista. E isto não está na Bíblia. Se pensa que é correto, lhe diremos desde já, que essa lista foi feita no escritório de alguém, e é lógico, onde se reuniam “religiosos”.
Os clérigos da época de Jesus, também tinham seu ponto de vista do que era “pecado” e acusavam a Jesus do que não era nem fazia.
Até hoje, os fariseus defendem ardentemente uma longa lista de proibições, que desde aquela época, só tem aumentado. Estas pessoas têm feito à religião algo tão difícil de praticar que mais se parece com uma corrida de obstáculos do que adoração a Deus. Olhando para a longa lista de proibições, muitos nem pensam em iniciar.
Jesus tildou a estas pessoas de “guias cegos”, que obsessionados em definir com precisão um comportamento correto, acabavam por coar o mosquito e engolir o camelo:
“Ai de vós, condutores cegos! pois que dizeis: Qualquer que jurar pelo templo, isso nada é; mas o que jurar pelo ouro do templo, esse é devedor. Insensatos e cegos! Pois qual é maior: o ouro, ou o templo, que santifica o ouro? E aquele que jurar pelo altar isso nada é; mas aquele que jurar pela oferta que está sobre o altar, esse é devedor. Insensatos e cegos! Pois qual é maior: a oferta, ou o altar, que santifica a oferta? Portanto, o que jurar pelo altar, jura por ele e por tudo o que sobre ele está; e, o que jurar pelo templo, jura por ele e por aquele que nele habita; e, o que jurar pelo céu, jura pelo trono de Deus e por aquele que está assentado nele. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas. Condutores cegos! que coais um mosquito e engolis um camelo” (Mateus 23:16-24).
Que quer dizer “coar o mosquito e engolir o camelo”? Nessas listas de pecados que eles inventavam, acrescentavam coisas que aos olhos deles, seriam extremamente agradáveis a Deus. Mas, não eram. A maioria desses pontos davam um ar de santidade a brutais atos de egoísmo e maldade, como desamparar aos pais idosos e necessitados ou odiar às pessoas. Davam 10% da salsa, da hortelã (que cresce guacha, em qualquer canto), e não davam o 10% da renda. Ou seja, o que para eles era correto, para Deus era pecado, e por isso estavam sendo condenados por Ele.
Se os fariseus tinham uma lista de pecados e não era a correta, Deus deve ter uma lista já pronta que podemos consultar rapidamente. Está certo? Errado!
Porque Deus não nos tem dado um “Guia Fácil do Pecado”. Se o tivesse feito nos tiraria a possibilidade de aprender algo muito importante sobre como e por que pecamos. E o que é mais importante, como evitar e vencer o pecado.
O que Deus sim nos tem dado na Bíblia são leis e mandamentos, normas e princípios gerais, Estas leis estão contidas nos cinco primeiros livros e o resto deles são histórias de homens e povos que intentaram obedecê-las. São centenas de exemplos que mostram sua aplicação e os benefícios decorrentes quando elas eram obedecidas e as maldições, quando eram desobedecidas.
É através do estudo da Bíblia que podemos chegar a entender o que está mal e como fazer o bem. Em toda a Bíblia existe um único versículo que nos diz o que é PECADO e está em I João 3:4:
“Qualquer que comete pecado, também comete iniqüidade; porque o pecado é iniqüidade”.
Talvez na sua Bíblia esteja assim, mas este versículo assim traduzido, é muito confuso e você não entende. Vamos usar outro que aparece noutras versões e é o correto:
“Todo aquele que comete pecado infringe a lei, porque pecado é toda infração da lei”.
Este versículo foi escrito em grego e a palavra traduzida como pecado é “hamartia”. É a palavra que mais se usa para “pecado”. Hamartia significa “errar o alvo”, errar o tiro, como quando alguém dispara uma arma ou uma flecha e não atingiu o centro.
No texto hebreu do Antigo Testamento aparece a palavra “chata” para descrever o pecado. Ezequiel usou esta palavra quando escreveu:
“A alma que pecar (chata) essa morrerá” (Ez. 18:4).
Paulo escreveu: “O salário do pecado (hamartia) é a morte” (Rom. 6:23).
Ambos estão mostrando que errar o alvo não é coisa insignificante, senão que determina uma sentença: “condena de morte”.
Por que tão grave castigo para o pecado? Para entender isto, devemos ter em conta, qual é o propósito da existência humana. Nosso objetivo é herdar a vida eterna. O contrário de morrer. O pecado nos condena a morte, mas, Deus quer que tenhamos vida eterna!
Geralmente esta vida, para a grande maioria das pessoas não tem sido fácil nem agradável. Foi dura, sacrificada, de muito trabalho e pouca ou nenhuma conquista. Gostaria você que sua vida nesta Terra se prolongue assim por toda a eternidade? Não! De jeito nenhum. Seja qual for nossa crença religiosa, quando se fala de vida eterna, nos imaginamos uma vida feliz, cheia de paz e justiça. Nada de problemas, lágrimas, insegurança, guerras, fome, necessidades, enfim, nada do que há neste mundo.
Este mundo não tem nada de agradável, mas isto não é por culpa de Deus, nem foi ou é seu desejo, de que o homem viva assim. O livro de Gênesis nos diz que Deus criou os céus e a Terra, mas em forma perfeita e ordenada e que tudo funcionava harmoniosamente.
E Deus criou ao Homem e lhe deu leis para que ele governasse o mundo; sujeitasse e dominasse sobre toda a criação. Porém, o homem não foi obrigado a obedecer e ele tinha que escolher. Escolheu desobedecer, ignorar e fazer caso omisso das leis divinas e o mundo tornou-se um caos –PORQUE O HOMEM ESCOLHEU VIVER ASSIM!
É evidente que quando cometemos um erro e criamos grandes prejuízos, queremos consertar a situação, sempre e quando tenhamos dinheiro suficiente! E quando não temos? Temos que pedir perdão e se formos perdoados, não cometer mais o erro.
O erro de Adão custou um preço impossível de ser pago, nem com dinheiro, nem com produtos. Por isso, nem ajuntando todas as colheitas, toda a riqueza das nações, nem todo o ouro, prata e pedras preciosas, podem consertar o erro da escolha.
O pecado de Adão acendeu no homem um sentimento contrário ao desejado por Deus. Em vez de amar ao seu Criador, o odeia. Em vez de obedecer, desobedece. Em vez de aproximar-se, se afasta. Em vez de amar as coisas espirituais, ama as materiais.
Deus queria que o homem fosse “a sua imagem e semelhança”, ou seja, além de parecer-se fisicamente, Ele queria que tivesse uma natureza espiritual. Em vez disso, manifestou-se a “natureza carnal”, herdada de Satanás, transformado agora em deus da humanidade.
A natureza carnal está baseada na cobiça e no egoísmo. A cobiça é o desejo de possuir ou de ter igual ou mais do que os outros possuem. A cobiça é atiçada continuamente pela inveja. Este sentimento da lugar à concupiscência, que é um desejo nunca satisfeito de ter ou querer mais.
O egoísmo é o contrário do amor e o altruísmo. O amor está determinado pelas ações de dar, ajudar, colaborar, cooperar e servir. O egoísmo é a eliminação de tudo isto e reclamar que tudo o que é dos outros deve ser meu, que me ajudem, que colaborem comigo, que cooperem comigo, que os outros me sirvam, mas eu não tenho nenhuma obrigação para com os outros, nem devo sequer ser agradecido. O egoísmo é a entronização do “EU” e todos para mim e eu para ninguém. O que é dos outros é meu, e o que é meu, é meu.
Este tipo de vida jamais pode dar satisfação ao homem, porque mesmo possuindo tudo, ainda quer mais e a felicidade seria o próximo centavo ou metro de terra que nunca chega. Este sistema é o alimento deste tipo de vida que impera no mundo todo, desde aquela época.
Quero que entenda que a “vida sofrida” não é imposta por Deus nem é seu desejo que a levemos. O homem foi dotado de inteligência e é o único ser dotado desta qualidade. Os animais não tem inteligência, e sim, instinto. Somos os únicos que podemos pensar, raciocinar, planejar, construir e tomar decisões.
Por que nos deu inteligência? Porque o homem tinha que escolher o Sistema de Vida pelo qual se desenvolveria a raça humana ao longo dos séculos. Aos animais não lhes foi dada esta escolha. Se bem que os cientistas afirmam que o homem é um animal evoluído, nenhum deles quer viver como “animal”. E o homem não é assim.

Por que somos diferentes?

Deus fez a todos os seres vivos segundo a sua espécie. Mas o homem não foi feito junto com as plantas e os animais. Foi feito no outro dia por meio de uma criação especial e única. Todas as coisas materiais que existem no mundo foram feitas por meio da palavra ou ordem de Deus. Ele diz – apareça – e apareceram. Porém, ele não diz: - Apareça o homem – e o homem apareceu. Não. Ele não fez isso. Arregaçou as mangas, amassou barro com as suas próprias mãos e fez um boneco e a esse boneco de barro, o transformou num ser de carne e osso, assoprou nas suas narinas e lhe deu vida.
O homem foi feito SEGUNDO A ESPÉCIE DE DEUS! Porque ele disse: “Façamos ao homem a nossa imagem e semelhança” (Gên. 1:27).
A Bíblia sempre descreve ao homem como “filhos de Deus” e nunca um animal foi chamado assim. Isto significa literalmente o que diz. Todo filho mora onde seus pais moram, comem a mesma comida, desfrutam dos mesmos objetos e ainda são herdeiros de todos os bens paternos. Podemos chamar a este mundo de “casa de Deus”? O que comemos é a comida de Deus? As poucas e baratas coisas que temos são as mesmas de Deus? Que é o que herdarei e quando?
Evidentemente há algo errado porque de fato este não é o mundo de Deus e estamos afastados e separados, alheios ao que nos pertence. Somos como esses meninos de rua que dormem na calçada, embora tenham um belo lar com todas as comodidades, mas eles optaram por viver desse jeito.
A diferença das plantas e dos animais, o homem tem um futuro, onde esta situação de afastamento será consertada. Herdaremos todo o estado de existência que Deus desfruta: Sua Glória, Poder, Natureza e Eternidade. E assim como o menino de rua volta para casa ao seio da sua família, a raça humana voltará a ser parte da Família Deus e aprenderá a viver como Ele vive e praticar três coisas que são quase desconhecidas para nós: Amor, Harmonia e Cooperação.
Deus age nestes princípios vitais e teremos que aprender a compartilhar seus pensamentos, estar de acordo com suas atitudes e fazer as coisas com todo o empenho, como Ele as faz. Passaremos a valorizar todos seus princípios e alegrar-nos quando os homens pratiquem seus mandamentos e ver as benções de Deus derramadas como conseqüência.
Deus não pode dar eternidade a este sistema humano empenhado diariamente em criar coisas que o prejudicam em vez de melhora-lo. O homem tem o poder criativo a diferença das outras criaturas e por isso criamos, inventamos e fazemos. Mas nossos pensamentos hoje, não estão orientados por Deus Pai, senão por Satanás, que usa aos homens como instrumento da sua vontade, que é justamente destruir toda a Criação de Deus, desde a natureza até o Homem.
Se o mais fantástico de Deus fez foi a Criação, Ele agora dará a oportunidade ao próprio homem de fazer a Recriação!

O primeiro pecado do homem

A Ciência e a Educação zombam do pecado de Adão e Eva e a Religião ainda não o entende muito bem. Julgam que se a história foi verdadeira, Deus exagerou no castigo. Como pode reagir tão pesadamente por causa de uma simples e deliciosa fruta? Quem poderia ter resistido a tamanha tentação? Depois de tudo, eles eram como recém nascidos, estavam aprendendo o á-é-i-ó-u. Qualquer criança comete erros e era lógico que os cometeriam ao princípio, e dão a entender que como educador, Deus é péssimo, intolerante e cruel.
Esta falsa idéia nos afasta de Deus em vez de aproximar-nos dEle e entender o que exatamente aconteceu. Adão e Eva foram criados já como adultos e como foram feitos pelas mãos de Deus, eram perfeitos física e mentalmente. E quando se fala mentalmente, temos que ter em conta que a capacidade mental de ambos era de 100%. Hoje, apenas usamos entre 5 – 10% da nossa capacidade.
Por outro lado, eles não foram feitos numa Sexta feira e no outro dia o diabo os tentou. Não! Não!! Eles se encontravam diariamente com o Senhor e aprenderam dEle todas as coisas. Todo o conhecimento que necessitavam o receberam e nada lhes foi ocultado.
Já pensou alguma vez que Deus ensinou a Adão a plantar grãos? Como pode ter-lhe ensinado técnicas agrícolas se não existiam arados, herbicidas, praguicidas nem ferramentas? Lá no livro de Isaías, Deus nos faz lembrar que o homem esqueceu de como se planta corretamente e revela como lhe ensinou a Adão uma técnica agrícola que recém estamos aprendendo sobre ela – o plantio direto!
As coisas que não existiam, tampouco eram necessárias. Podemos, até hoje mesmo questionar com Deus – Senhor, como resolvemos estes problemas sem agrotóxicos? E Deus lhes ensinou que existem plantas que limpam a terra e outras que afastam aos insetos. Os grãos eram jogados sobre plantas que secavam na estação do plantio formando uma cobertura morta e uma natural adubação, porque essas plantas haviam fixado nitrogênio e demais nutrientes.
“Inclinai os ouvidos, e ouvi a minha voz; atendei bem e ouvi o meu discurso. Porventura lavra todo o dia o lavrador, para semear? Ou abre e desterroa todo o dia a sua terra? Não é antes assim: quando já tem nivelado a sua superfície, então espalha nela ervilhaca, e semeia cominho; ou lança nela do melhor trigo, ou cevada escolhida, ou centeio, cada qual no seu lugar? O seu Deus o ensina, e o instrui acerca do que há de fazer. Porque a ervilhaca não se trilha com trilho, nem sobre o cominho passa roda de carro; mas com uma vara se sacode a ervilhaca, e o cominho com um pau. O trigo é esmiuçado, mas não se trilha continuamente, nem se esmiuça com as rodas do seu carro, nem se quebra com os seus cavaleiros. Até isto procede do SENHOR dos Exércitos; porque é maravilhoso em conselho e grande em obra” (Isaías 28:23-29).
A ervilhaca é um adubo verde. A aveia é limpadora dos campos e onde foi plantada não crescem ervas daninhas. Plantas cheirosas afastam os insetos e outras agem sobre os nematoides. Intercalar estas plantas nas plantações garantiam uma grande, barata e sadia colheita. E não havia necessidade de lavrar a terra!
Todo agricultor que trabalha com plantio direto sabe que a terra se abranda sozinha si se coloca sobre ela matéria orgânica e não há necessidade de desterroar.
Também foram ensinados em todas as normas de saúde e a comer corretamente e agindo assim nunca estariam doentes. Aprenderam sobre economia, administração, educação, religião, enfim, em todas as disciplinas. Souberam por que tinham sido feitos e o propósito de Deus: que eles pudessem reproduzir-se, povoar a Terra de seres idênticos a Deus, para serem transformados em seres espirituais, com a mesma natureza de Deus e obtida por meio da obediência aos Mandamentos e Leis divinas.
Deus não lhes impôs este sistema pela força, senão que livremente e sem nenhuma pressão da Sua parte, eles deveriam escolher: obedecer ou desobedecer. Foram criados com o livre arbítrio de amar ou rejeitar a Deus. E todos sabemos que fizeram a escolha errada. ERRARAM O ALVO!
Depois disso, as coisas pioraram. Eles viram como Caim matou ao seu irmão num arrebato de ira, ciúmes e inveja e desde esse momento, todos erramos o alvo, não como Caim, nem com a inocência de Eva ou a cara-de-pau de Adão, mas , não somos perfeitos, cometemos erros, e a esses erros é o que chamamos de pecado. È como ver uma placa de advertência que diz: “Velocidade máxima 60 km/h”, e você anda a 61. O radar pega você e o multa, por excesso de velocidade!
A decisão de Adão e Eva foi no mais alto nível de raciocínio e inteligência, da mesma maneira como havia sido a decisão angelical. Então, que foi o que os levou a pecar? Boa pergunta.
Imagine agora um gigantesco e aparelhado laboratório onde se fabricam centos ou talvez milhes de substâncias químicas e agora reduza esse laboratório e coloque-o dentro do homem. Nós somos um gigantesco laboratório que funciona por meio de ações e reações de substâncias químicas e bioquímicas. A fome, o cansaço, a alegria, o prazer, o amor e o sono, dentro das tantas sensações que sentimos, são provocadas por reações químicas.
A Satanás lhe foi permitido tentar ao homem depois que eles terminaram a etapa do aprendizado, e agora; lhes correspondia escolher se estavam dispostos a construir a sociedade humana de acordo aos caminhos de Deus, ou pelos caminhos humanos, porque eles tinham a capacidade de escolher, planejar, raciocinar, criar e executar. Só que – e aqui está o detalhe – o caminho do homem não é feito em parceria com Deus, senão com Satanás. Eles tinham que escolher quem os inspiraria!
Mesmo saído das mãos de Deus, o cérebro humano tem duas partes. Os baixos instintos humanos são produzidos na parte baixa do cérebro e os elevados instintos na parte superior. Estes instintos ideados na mente são avaliados no coração que os determina como bons ou maus, desejáveis ou indesejáveis, prazerosos ou não, e depois de avaliados a mente determina se devem ou não ser praticados. Do cérebro parte a ordem de execução ao hipotálamo, que o ordena à hipófise e que passa a ordem para os órgãos competentes que elaboram as substancias químicas que impulsarão ao corpo a executar o desejo.
Se eu fosse Deus, com toda certeza faria ao homem sem a parte baixa do cérebro ativa – e olha que Deus e nós teríamos evitado problemas! Mas, se Deus nos fez assim, por algo foi, sabendo das prováveis conseqüências e o que custaria para Ele.
Para que o homem pudesse escolher tinha que ter alternativas, tinha que saber o bem e o mal e escolher o bem, ou lutar contra o mal e vencê-lo, desarraiga-lo da sua mente, ignorar sua influência. Ele tinha que lidar com todos seus sentimentos, treinar-se continuamente, lutar contra Satanás, sua influência, seu poder, seus enganos, seus raciocínios, seu sistema de vida, suas tentações, seus gostos, suas rebeliões, etc.
Sabiam Adão e Eva sobre os anjos e sua queda? Claro que sim! Pois, eles os viam continuamente. Souberam tudo sobre eles, o Reino Angelical e de como Lúcifer os tinha levado à rebelião.
Sabiam eles que também corriam o risco de serem tentados? Sabiam. Então, como foi que aconteceu. Para saber, apenas devemos ler.
“ORA, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim?” (Gên. 3:1).
O diabo não aparece pessoalmente. Se fosse assim, eles não lhe teriam feito caso ou teriam resistido a suas palavras. Usou um espírito que fez a serpente falar. Mas, serpentes não falam! Como uma serpente falante poderia tê-los enganado?
Quando ouviram a serpente, lembre-se que tínhamos dito, que o homem possuía nesse momento 100% da sua capacidade mental, e nos encontros com Deus pareciam de igual a igual, a não ser pela divindade e natureza espiritual que os diferenciava. Nunca o homem esteve mentalmente, tão próximo de Deus em igualdade intelectual.
O que um homem com esta potência não poderia fazer? Os cientistas estudaram o cérebro e chegaram a conclusão de que não existe nenhum espaço de 90% de massa cerebral inativa que justifique o que temos estudado. Porém, não é isso correto. Todo o cérebro do homem funciona, mas é como se comparamos o físico de uma pessoa pouco ativa com o corpo de um super atleta olímpico. Ele tem todos os músculos que tem o atleta? Claro que sim! Nenhum deles está faltando e ambos têm os mesmos órgãos. Porém, um pula 50 centímetros e o outro 17 metros. E assim os poderíamos comparar em cada modalidade.
Os músculos do homem comum não foram desenvolvidos e com o passar dos anos a atividade mental e física vem diminuindo. Antigamente, Homero recitava sua Ilíada e Odisséia. As pessoas ouviam e quando voltavam para suas cidades as recitavam de ponta a ponta, vírgula por vírgula e os que a ouviam as contavam para outros da mesma maneira. Foi assim que se transmitiu o conhecimento pelos primeiros três mil anos. Hoje, dificilmente alguém pode decorar com facilidade algum poema. Ao ir perdendo a capacidade de memorizar, o homem teve necessidade de inventar a escrita, calculadoras e computadoras.
Quando Adão e Eva ouviram a serpente falando eles pensaram que eram iguais a Deus e que podiam comunicar-se com os animais. Seguramente eles tinham visto a Deus fazendo isto. Fala Deus com eles? Se comunicam? Claro que sim! O próprio Senhor lhe disse a Jó que perguntasse aos animais e ele saberia a resposta que receberia deles.
Eles pensaram que estavam descobrindo uma nova faculdade mental na mesma altura que Deus.
“E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis para que não morrais” (Vs. 2-3).
Em vez de rejeitar o diálogo com a serpente e ter repreendido a Satanás a mulher admirada por esse portento, trata de explicar-lhe o motivo pelo qual não podem comer, e aqui aparece pela primeira vez uma caraterística que será persistente até o fim dos tempos: acrescentar palavras humanas à Palavra de Deus. “Nem tocar”!!!, disse a mulher. Deus não tinha dito isso. E a mulher disse o que aconteceria se comessem: “para não morrer”.
“Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal” (Vs. 4-5).
A serpente lhe assegura que se experimentasse, não morrerá porque vocês são idênticos a Deus, e leva a Eva a duvidar.
Os anjos pecaram e não morreram. Se eles foram feitos pela palavra e nós temos sido feitos pelas próprias mãos de Deus, evidentemente somos de melhor qualidade e material que os anjos. Temos caraterísticas intelectuais superiores aos anjos, somos imagem e semelhança dEle e podemos reproduzir-nos coisa que eles não. Somos da espécie Deus. Em que somos diferentes? Se Deus é eterno, nós também somos (ou devemos ser).
Vocês são iguais aos anjos – que não morrem – porque foram feitos pelo mesmo Deus! E aqui se introduz a famosa doutrina da imortalidade da alma – vocês têm uma alma imortal – que não morre e é eterna!
Deus se reservou um pequeno detalhe e não quer que sejam exatamente como Ele, apenas que não conheçam o bem e o mal. Só isso! Talvez Eva chegou a pensar que como a serpente tinha sido feita um dia antes tenha ouvido alguma conversa de Deus e tivesse informações mais detalhadas sobre a essência do homem e ela podia estar dizendo a verdade. Morte só por comer uma fruta, é um castigo exagerado e não deveria ter tanta conseqüência.
A serpente despertou na mulher o sentimento de orgulho, soberba e arrogância e a parte baixa do seu cérebro elaborou a química do impulso para satisfazer o ego.
“E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela” (Vs. 6).
Agora vem o processo em que se cometem todos os pecados.
Primeira parte – a mulher viu. O pecado entra pelos olhos e avisou ao cérebro e raciocina se é boa para comer ou não e o cérebro consulta com o coração, que se alegra. Essa fruta tão boa deve ser muito gostosa, deve dar-nos sensações inéditas, euforia, alegria, poder, adrenalina pura.
Segunda parte - Pensaram na morte que lhes ocasionaria? Não! Senão no entendimento que poderiam receber. Ao que já sabiam, iriam acrescentar mais ainda (talvez o elemento que faltasse para a construção da sociedade perfeita).
Se o fruto lhes acrescentasse o conhecimento que lhes faltava para serem idênticos a Deus, eles poderiam ser deuses e não necessitar mais dele, então; tomou e comeu.
Terceira parte - Experimentou. Tocou, cheirou, comeu, experimentou o sabor e o fruto tinha um sabor delicioso e uma sensação de quero mais.
Quarta parte - E depois de praticado o pecado, deu para seu marido experimentar. O pecado não fica somente com o pecador. Ele procura a outro para induzi-lo na mesma prática aberrante e assim formar grupos, até que o pecado se torne um sistema de vida comum.
As conseqüências estão por todos lados e veja se Deus tinha razão. Olhe para o caixão de um morto e olhe para o remédio que Deus providenciou para o pecado de Adão e Eva: a cruz e um sepulcro vazio que está em Jerusalém.

Qual é a lei?

Se erramos o alvo cada vez que quebrantamos a lei, devemos saber qual é a lei que não se deve transgredir. Essa lei está resumida em 10 grandes preceitos:
1) Não terás outros deuses diante de mim.
2) Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam. E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que guardam os meus mandamentos.
3) Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.
4) Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o SENHOR o dia do sábado, e o santificou.
5) Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR teu Deus te dá.
6) Não matarás.
7) Não adulterarás.
8) Não furtarás.
9) Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.
10) Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.

Esta é a famosa lei que nenhum homem, em nenhuma parte da terra deve transgredir, mesmo que esse país seja comunista, budista, muçulmano ou de qualquer outra religião ou totalmente ateu. A esta lei Deus sujeitou todas as BENÇÕES e MALDIÇÕES, não importando se conhecem ou não o Evangelho ou se têm Bíblia ou não.
Como Deus pode castigar a uma nação que nunca ouviu o Evangelho e considera-la como “transgressora”? Por que Deus deveria castiga-lo se você nunca ouviu o Evangelho e sua religião não é cristã?
No princípio, o mundo todo sabia que essa era a única lei de Deus, mas quando o pecado começou, todas as falsas religiões, mudaram os quatro primeiros mandamentos. Porém, todos os Códigos Mundiais de Justiça consideram “delito” a quem transgride os seis últimos.
Os 10 Mandamentos são os princípios que devem reger a vida humana. Os quatro primeiros relacionam o homem com Deus e os seis restantes, relacionam os homens entre sim.
Estes Mandamentos não foram inventados por Moisés, senão dados a conhecer a Moisés para que fossem escritos, embora fossem os mesmos que conheceram Adão e Eva, Noé, Abraão, Isaque e Jacó. Este é o alvo que não devemos errar. Quem não acertar, comete pecado.
Nenhuma pessoa no mundo poderá dizer: “Eu guardo todos eles”. Se de fato somos sinceros, estamos reconhecendo, que embora não sejamos tão maus como aqueles que estão na cadeia, alguma coisa temos feito de errado.
As religiões têm classificado os pecados como “leves” ou “graves”, “mortais” ou “não mortais”. Mas a Bíblia os classifica a todos como “mortais” e nenhum deles é mais leve ou mais pesado que outro.
Parece, por exemplo, que o nono é menos grave que matar. Depois de tudo, o roubo é praticado de mil maneiras diferentes por qualquer cidadão “honesto”, porque ele acredita que roubar só deve ser entendido como “assaltar um banco” ou furtar uma carteira e sair correndo. O roubo vai desde a inocente cola dos estudantes, ficar com o troco, os crimes de colarinho branco ou a corrupção política.
O que não fica claro é o conceito central: “Porque todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus” (Rom. 3:23). O problema aqui não é a que distância temos errado o alvo, senão; que temos errado o alvo, embora seja por meio milímetro! Deus sabe que o pecado é como um vírus mortal que nos priva da vida eterna, não importando a quantidade que nos tenha infestado.
Advertiu Jesus: “Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus” (Mateus 5:19).
“Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo. Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e qualquer que disser a seu irmão: Raca, será réu do sinédrio; e qualquer que lhe disser: Louco, será réu do fogo do inferno. Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta. Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão. Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último ceitil. Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela” (Vs. 21-28).
Jesus não estava abolindo a lei, como normalmente se prega, senão ampliando, dando-lhe o verdadeiro alcance espiritual.
Matar não é somente pegar uma arma e tirar a vida de alguém, é algo que se comete a diário por qualquer pessoa – ficar com raiva de alguém! Matar é também difamar, falar mal, fofoquear, desonrar o caluniar.
Qualquer situação entre pessoas, mesmo se for com um incrédulo, Deus nos ordena acertar essa situação entre nós e evitar a justiça dos homens e jamais deve existir desavença entre Irmãos. Todo sentimento negativo que tenhamos conta um Irmão, deve ser eliminado, caso contrário; nossas ofertas não serão aceitas!
O adultério não é somente pegar uma mulher ou o marido de outra pessoa e sair com ela. É também – deseja-la!
A cobiça parece ser o menor de todos os pecados, e por algo é o último. Mas se começar a lê-los de baixo para cima, você verá que é o pior de todos. É ela a que move a todos os homens e os impulsa a pecarem. Foi a cobiça que levou a Lúcifer à rebelião e levaram a Adão e Eva ao pecado no Paraíso. A cobiça desata as mais violentas, brutais e degradantes ações humanas. Desde os genocidas, ditadores, assassinos em série, ladrões, adúlteros, estupradores, usurpadores, inescrupulosos, enfim; toda a gama dos delitos humanos (incluindo as declarações de guerra), foram todos originados pela cobiça. O desejo de possuir, de ter o que os outros têm, e ser o que os outros são.
Jesus apontou para a causa comum que origina o pecado: a ira e a lascívia. Por isso não existe uma lista de pecados, porque o problema não é o faça - não faças, senão a destruição da força que leva ao homem a pecar.
Quando Caim viu sua oferta rejeitada, o ódio contra seu irmão tomou conta dele e começou a planejar sua morte. Deus então falou com o primeiro homicida em potencial:
“Mas para Caim e para a sua oferta não atentou. E irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o semblante. E o SENHOR disse a Caim: Por que te iraste? E por que descaiu o teu semblante? Se bem fizeres, não é certo que serás aceito? E se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e sobre ti será o seu desejo, mas sobre ele deves dominar” (Gên. 4:5-7).
Caim foi alertado sobre o sentimento que havia enchido seu coração e iria fazer com que se manifestasse todo o poder da fúria e matasse a seu irmão. Até esse momento Caim não havia pecado e lhe foi ordenado “dominar” esse sentimento antes que ele cometesse o crime. Sentir a emoção não é pecado, mas, deliciar-se com ela e não domina-la, é. O pecado é também uma “atitude” ao igual que uma ação.
Os pensamentos e as intenções do coração podem fazer-nos errar o alvo por uma grande margem. Que todos temos pecado, nenhum tem dúvidas, senão; qual seria nossa atitude quando lhe foi trazida a Jesus àquela mulher pega em adultério?
“E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se, e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela” (João 8:7).
Ninguém o fez, e nós tampouco o faríamos. Como todos somos pecadores e a conseqüência do pecado é a morte – ESTAMOS TODOS CONDENADOS A MORTE!
Porém, Deus solucionou este problema para o homem pecador. Não a IMPUNIDADE, NÃO O PERDÃO INCONDICIONAL, senão que, enviou a Seu Filho Jesus Cristo para Ele carregar com nosso pecado e todo nosso castigo foi sobre ele e pagou com seu sangue, toda nossa dívida com o Pai.
“Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rom. 5:8).

O Supremo Sacrifício

A morte do Senhor Jesus Cristo continua sendo algo desconhecido para a maioria das pessoas. A cada Páscoa milhes de pessoas se crucificam no mundo todo imitando seu sacrifício e acreditam que assim, Deus os abençoará grandemente. No seu caso concreto; entende por que Jesus morreu na cruz? E as pessoas nos respondem que morreu simplesmente porque era odiado e ele não teve como defender-se. Mas, a sua morte não foi nada disto. Ele desceu dos céus especialmente para anunciar o Evangelho e morrer na cruz PARA SALVAR AOS PECADORES!!!
Sim. A você, aos seus familiares e a mim! Ele tomou o nosso lugar, porque quem deveriam morrer, éramos nós!
“Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos” (João 15:13).
A pena de morte não pode transferir-se a alguém que tenha a mesma sentença. De todos os nascidos de mulher, Jesus foi a única pessoa que não pecou jamais. Portanto, Ele é a única pessoa “INOCENTE” que pode morrer como vítima no holocausto para salvar aos pecadores. Para que um pecado seja perdoado se requer a morte de um inocente. Mas, nenhum recém nascido serve para este propósito, porque ele já nasce com a natureza carnal que foi injetada por Satanás na raça humana. Embora Jesus tomou um corpo carnal, o diabo jamais conseguiu que pecasse e também entrasse nele sua natureza, como a possuem todos os humanos.
Nenhum ser humano pode preencher este requisito. Para solucionar o pecado da transgressão, somente uma das Pessoas Divinas o pode fazer: o Pai, ou o Filho.
A existência de Jesus não começou quando nasceu da Virgem Maria, senão que Ele é uma das Pessoas Divinas e a Bíblia diz que Ele é o Criador do mundo e de todas as coisas. Quem está dando as ordens para que as coisas apareçam, no livro de Gênesis, não é o Pai, senão o Filho – Jesus Cristo.
“Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele” (Col. 1:16).
“NO princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez” (João 1:1-3).
Jesus não era medroso, tímido, covarde e incapaz, e até existe uma velada tendência a mostra-lo como afeminado, mas Ele, como Deus e Criador tinha domínio e poder sobre todas as coisas deste mundo, porque ainda as sustenta! Quando intentaram lança-lo a um precipício em Nazaré, Jesus voltou-se contra eles e espantados pelo seu olhar, recuaram assustados.
Quando os soldados foram prendê-lo no horto do Getsêmani, Jesus respondeu: “Eu sou”, e os soldados caíram por terra. Pilatos argumentou com ele, que se queria, ele tinha poder para liberta-lo, mas; Jesus recusou ser libertado. O próprio Jesus disse que se Ele desejasse, pediria um exército angelical e seria liberto. Poderia ter usado todo o poder do Espírito Santo, e teria evitado sua morte. Então; por que aconteceu?
Ele tinha poder para dar sua vida e voltar a toma-la! Mas, sua morte foi um ato voluntário da Sua parte para poder salvar à Humanidade dos seus pecados! Esse foi o único meio que achou o Pai – o amor, a compaixão e o valor de Seu Filho – para que nós fossemos perdoados e ficássemos livres de toda culpa.
Ele já fez o sacrifício. Agora; qual é a nossa parte? A nós nos corresponde aceita-lo!

Que faremos?

A multidão que o crucificou não entendia o que estava acontecendo, da mesma maneira como hoje, tampouco ninguém entende – nem mesmo os cristãos! Os que sacrificam animais, os que se crucificam, os que se flagelam, os que fazem penitências e carregam cruzes, ainda não entenderam.
No dia de Pentecostes, Pedro explicando à multidão o que havia acontecido, ficaram perplexos porque compreenderam que aquele que haviam crucificado, era justamente o Messias pelo qual tanto clamavam. Desesperados pelo pecado que haviam cometido exclamaram: “Que faremos?” (Atos 2:37). E a resposta foi:
“E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo;...” (vs. 38).
Muitos acreditam que já fizeram isto quando aceitaram a Jesus como Salvador, e até podem ter sido batizados, mas, será que realmente se arrependeram? Porque o arrependimento, hoje em dia, nem sequer é mencionado nos cultos, e arrependimento é algo bem mais complexo do que pedir desculpas, ou simplesmente dizer: “perdoe-me”.
A decisão de aceitar a Cristo tem que ser muito mais que o produto de uma emoção momentânea. O arrependimento é um sentimento de nojo, de asco por tudo aquilo que temos feito delitivamente contra as leis de Deus. É deixar de fazer o que é pecaminoso e nunca mais voltar a fazê-lo. Somente quando existe arrependimento verdadeiro o pecado é perdoado, e não quando simplesmente o confessamos. Fazer isto significa que a pessoa voltará a fazê-lo de novo, e de novo e aquilo se transforma na rotina de sempre. Mas Deus, não nos dá licença para pecar novamente.
A mulher perdoada em adultério ouviu de Jesus: “Não peques mais”. Quantas vezes aquela mulher havia adulterado? Talvez muitas, mas nunca mais voltou a fazer isso. E a diário temos milhares de exemplos: drogados que não usam mais drogas, bêbados que nunca mais bebem, fumantes, homossexuais, travestis, bandidos, ladrões, assassinos, etc. Indivíduos que pararam e passam a comportar-se exatamente da maneira oposta. E não somente disseram: “estou arrependido”, senão que fizeram reparação dos danos cometidos.
Como pode uma pessoa pecadora agir desta maneira e se comportar de maneira santa diante de Deus? Porque o arrependimento permite a Deus agir em ajuda da pessoa por meio do Espírito Santo, que nos leva ao arrependimento!
Antes, ele fazia a vontade do diabo e o que ele o inspirava a fazer, falar, pensar e agir. Agora quem o inspira é Deus, e ele passa a fazer o que agrada a Ele. É incrível como uma pessoa pode não sentir mais nada por algo que sempre o tinha feito com tanto prazer. E não somente isto – ele sente uma tremenda dor ao ver aos outros fazendo a mesma coisa!
Eva deu a fruta para Adão comer. Transmitiu o pecado. Agora, o novo convertido e arrependido proclama o Evangelho para retirar dos outros o fruto de Eva.
De acordo com a perspetiva bíblica, o batismo deve ser conseqüência de uma decisão ponderada partindo do verdadeiro arrependimento e deste giro na vida espiritual. O batismo não é um ato para pertencer à Igreja e sim um enterro. O arrependimento é a crucificação do velho homem pecador que morre na cruz com Cristo.
Que se faz agora com o simbólico corpo morto? Se enterra! Onde? Na água do batismo!
“Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida” (Romanos 6:3-4).
Sair da água significa que temos ressuscitado e o velho corpo foi trocado por um novo. Agora somos um novo homem andando em novidade de vida, onde tudo se renova.

A nova vida

Quando Paulo escreveu isto, ele bem o sabia por experiência. Todos os homens que escreveram a Bíblia ou tiveram seus nomes registrados nela, em nada diferem de nós, e o pior de todos nós, pode disser: “eu era como ele”. Paulo não foi escolhido pela sua “santidade”, nem era flor que se cheire. Se existiu um homem mais revoltado contra Jesus, foi justamente ele.
Perseguiu à Igreja e incontáveis cristãos foram presos por ele e entregue às autoridades para serem mortos. Numa dessas caçadas, Deus o parou em seco e caindo por terra, foi o fim do perseguidor. Quando levantou-se era o seguidor de Cristo e o maior pregador, missionário e ganhador de almas, de todos os tempos.
Quando ouviu a voz de Deus, ficou cego por uma luz que o alumiou, e caindo por terra, tremendo, ouviu que quem falava com ele, era nada menos que Aquele que tanto perseguia. Deve ter pensado: “Bem. Agora me mata!”
Mas, não o matou. Ouviu que Deus o chamava para o ministério. Ouviu por parte de Ananías o Evangelho e entendeu que o sacrifício de Cristo foi para perdão dos pecadores – incluindo ele mesmo!
Naquele momento, parou Paulo de pecar? De perseguir cristão parou. Mas, muita coisa não conseguiu. Começava agora a luta que todos passamos e enfrentamos. O velho homem se nega a morrer e se sacode, esperneia, quer voltar a fazer o de sempre e essa luta chega a ser terrível em determinados momentos, e uns triunfam e outros sucumbem. Uns conseguem parar e nunca mais o praticam, enquanto outros; não resistindo à tentação, voltam a comete-lo.
Paulo tinha as mãos sujas de sangue. Repetindo exaustivamente os Mandamentos diariamente, matava porque a religião lhe permitia matar em nome dela. Praticava os ritos achando que aquilo era a verdadeira religião e o que ele achava santo e agradável a Deus, era de fato, pura abominação.
Agora tem que aprender tudo de novo, e não resistindo às tentações, pecava e caia em profundos estados de desespero e arrependimento. Clamava por perdão, jejuava e pedia Espírito Santo – o PODER que o restaurava, o renovava, o santificava e o ajudava a vencer o pecado definitivamente, mas foi uma luta de anos. Ele reconheceu:
“Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado” (Rom. 7:14).
“Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo. Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus; Mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros. Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?” (Vs. 18-24).
Nenhuma pessoa que se converteu passou a viver 100% em santidade inalterável. È mentira quando alguém afirma que o crente não peca mais. Peca sim! Porque o novo homem ainda mora num corpo carnal, onde as velhas reações químicas continuam criando os impulsos para os atos pecaminosos. É uma luta titânica, feroz, mas vencemos, subjugamos às tentações e com o tempo, vão perdendo suas forças e não mais nos incomodam.
Paulo compreendia que o desejo de pecar era como uma erva daninha de raiz muito tenaz. Quanto mais lutava para desarraiga-la, mas ela se aferrava. Que era o que acontecia? O novo Paulo, convertido e arrependido estava agora dirigido pelo Espírito Santo, então, ele diferenciava o que era pecado e o que não e que agora tinha consciência do que ele era e significava para Deus. Ele podia saber o destroço que fazia na sua vida, de como o separava de Deus, de como o afastava das benções, de como ele se debilitava espiritualmente e de como isso afetava a vida das outras pessoas. Ele era tomado por um verdadeiro estado de horror e pavor.
“Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hebreus 10:31). E ele sabia muito bem o que isso significava.
Ele reconheceu e escreveu que um dos seus pecados era a cobiça: “Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Mas eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás” (Rom. 7:7).
E quem escreve isto era o maior especialista em lei. Já imaginou quantas vezes Paulo ensinava isto? Não cobiçar! Não cobiçar!! Não cobiçar!!! Mas, chegando a tentação, ele cobiçava!!!
“Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, operou em mim toda a concupiscência; porquanto sem a lei estava morto o pecado” (Vs. 8).
Quanto mais ensinava e repetia o mandamento de “Não cobiçar”, mais ele sentia uma força que operava nos seus membros, e o levava a cobiçar sem limites nem contentamento (concupiscência).
“Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem” (Vs. 18).
Lutava e lutava, e às vezes a luta parecia perdida: “Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?” (Vs. 24). Porém, no fim escreveu: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda” (II Timóteo 4:7-8).
Ele havia triunfado sobre o pecado e não mais tinha domínio sobre ele.

Um Salvador vivente

“Hoje não estou em condições de converter-me e seguir a uma Igreja. Estou bebendo e fumando e fazendo outras coisinhas, mas quando deixe de lado o pecado, esse dia eu irei”. Estas palavras as ouvimos muito seguidamente quando pregamos o Evangelho e convidamos ás pessoas a segui-lo. Estas pessoas parecem corretas. Tem compreensão de que são pecadores e sua situação perante Deus não está muito bem. Mas, elas nunca virão à Igreja, e provavelmente nunca deixarão de pecar. Por que? Porque eles pensam que o pecado se abandona por esforço próprio e isto jamais alguém o conseguiu.
O pecado se abandona por obra e graça do Espírito Santo. Necessitamos de ajuda, e essa ajuda só pode dá-la Jesus Cristo, porque Ele foi quem morreu pelos pecadores e pagou o preço do pecado.
Agora, Ele intercede diante do Pai por todos aqueles que procuram a Salvação e lhes envia o Espírito Santo para serem socorridos e levados ao arrependimento.
“Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito” (João 14:26).
“PORTANTO, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito. Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte. Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne; para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito. Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito. Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus. Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele. E, se Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça. E, se o Espírito daquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dentre os mortos ressuscitou a Cristo também vivificará os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita. De maneira que, irmãos, somos devedores, não à carne para viver segundo a carne” (Romanos 8:1-12).
Com a ajuda de Deus começamos a mudar, lenta, mas firmemente iremos avançando. Agora temos outra visão e outra compreensão. Podemos pecar, mas temos resistido. Temos agora o desejo, a vontade e o poder como para superar as tentações e não pecar mais. Intentaremos todas as vezes que for necessário. O alvo continua até poder dizer ao igual que Paulo: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim” (Gálatas 2:20).
Isto é todo o que todo pecador necessita saber sobre o pecado. Devemos reconhecer o pecado, arrepender-nos dele, aceitar o sacrifício que Jesus fez ao morrer na cruz, que pagou o preço dos nossos pecados. Clamar pela sua ajuda e tomar a firme decisão de abandonar o pecado. Somente assim nosso nome estará fora da lista dos condenados.
Você deve dar hoje seu primeiro passo rumo à VIDA ETERNA.



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