23 de maio de 2009

Quê ou quem é a
BESTA PROFÉTICA?

Quê ou quem é a besta dos capítulos 13 e 17 do Apocalipse? Quê profetiza a Bíblia sobre os acontecimentos mundiais que culminarão no Armagedão e o fim desta era? Este folheto trata sobre os governos e as guerras que conduzirão ao fim deste mundo.

Primeira Parte

Capítulo 1

A PROFECIA BÍBLICA revela fatos de nossos dias e acontecimentos que pronto sacudirão ao mundo, e afetarão a vida de todos os habitantes da terra! Muitos deste sucessos estremecedores estão preditos, em linguagem simbólica, nas profecias sobre uma misteriosa besta.
A Bíblia é o livro de história, profecia e conhecimento revelado por Deus. Revela o propósito de Deus e seu plano mestre para a humanidade desde sua origem até a eternidade. Mas a Bíblia é ante todo um livro acerca de Israel, a nação escolhida, e outras que têm estado em contato com ela.
Pouco sabemos acerca das nações, ou se houve nações na terra, antes do dilúvio. Mas, pouco depois, Nimrod fundou as cidades-estado de Babilônia, Nínive e outras. Com o correr dos tempos surgiram nações como Egito, Assíria e algumas outras. Para finais do século sétimo antes de Cristo, o rei Nabucodonosor havia fundado o primeiro império mundial ou união de nações.
A Bíblia revela a história que têm que ver com os primeiros impérios mundiais gentios a partir da Babilônia de Nabucodonosor e até a segunda vinda de Cristo, assim como a história e a profecia futura de Israel.
Este folheto explica o verdadeiro significado destes dois sistemas de nações, sua importância para nós hoje e o que está profetizado para o futuro iminente.
Primeiro, quê ou quem é a misteriosa “besta” selvagem de Apocalipse 13 e 17? Quem tenha sua marca, sofrerá as últimas sete PRAGAS! É um misterioso ditador mundial, uma espécie de super-homem? É o anticristo? Um governo? Uma igreja?
A pergunta mais importante do momento é: Quê ou quem são a BESTA, a IMAGEM da besta e a MARCA da besta mencionadas no livro de Apocalipse?
Seja qual for o significado deste estranho animal, esta curiosa imagem e esta misteriosa marca, a todos nos convêm sabe-lo! Porque os desta geração atual são os que adorarão à besta ou sua imagem e receberão sua marca. São estes os que sofrerão a tortura indescritível das últimas sete pragas.
O tempo se aproxima quando as pragas da ira divina se derramarão puras, sem diluir, com toda sua força sobre um mundo negligente que desafia a Deus, e sobre um cristianismo descuidado, morno e indiferente.

Quêm sofrerão as pragas?

No livro de Apocalipse João nos dá a última mensagem de advertência: “Se alguém adora à besta e à sua imagem e recebe a marca na sua testa ou na sua mão, ele também beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro"(Apoc. 14:9-10).
Esta profecia é muito significativa porque revela, por adiantado, acontecimentos que sucederão no futuro imediato.
Na sua visão do pavoroso “dia do Senhor”, João vê como começam a cair estas pragas: “E do templo saíram os sete anjos que tinhas as sete pragas... Foi o primeiro e derramou sua salva sobre a terra, e fez-se uma chaga má e maligna nos homens que tinham o sinal da besta e que adoravam a sua imagem” (Apoc. 15:6; 16:2).
Todos os sinais indicam que estas coisas sucederão quase seguramente dentro de poucos anos; e que afundarão ao mundo no estado mais desesperado de dor e angústia que jamais tenha conhecido! Quem vão a sofrer a ira do Deus Todo-Poderoso são os adoradores da besta ou da sua imagem ou os que têm sua marca.
É inútil tratar de imaginar-se, como fazem tantos, qual pode ser a marca da besta. Estas profecias são reais. São iminentes. Posto que estas e outras profecias não haviam sido entendidas até agora, ainda as igrejas, os teólogos e os evangelistas solem passar por alto as profecias, especialmente estas profecias iminentes. Muitos especulam ao respeito, mas Deus diz: “Meus pensamentos não são vossos pensamentos” (Isaías 55:8).
Não podemos deduzi-lo por lógica. Estamos cara a cara com uma dura realidade, não num conto de fadas!
Só há uma maneira de saber a verdade: Estudar cuidadosa e prudentemente, com oração, com a mente entregada ao Espírito Santo e guiada por Ele, e com todo o testemunho de todas as escrituras que se relacionam com este assunto.
Não podemos identificar a marca sem antes saber quê ou quem é a besta, porque a marca é da besta.
Então, quê ou quem é a besta?

A descrição bíblica da besta

Leiamos cuidadosamente a descrição que nos dá a Bíblia: “E eu pus-me sobre a areia do mar, e vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre os seus chifres dez diademas, e sobre as suas cabeças um nome de blasfêmia. E a besta que vi era semelhante ao leopardo, e os seus pés como os de urso, e a sua boca como a de leão; e o dragão deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e grande poderio” (Apoc. 13:1-2).
Esta é uma descrição que IDENTIFICA à besta. Se esta besta fosse algum misterioso super-homem ou um anticristo próximo a surgir como ditador mundial, seria um indivíduo de aspeto bastante curioso, pois teria sete cabeças e 10 chifres. Tem visto você algum homem com sete cabeças e 10 chifres que saem duma das suas cabeças? Alguma vez viu a um homem parecido a um leopardo? Ou pode imaginar-se a um super-homem com pés de urso e boca de leão saindo de algum oceano?
Todos estes, pois, são símbolos. A palavra besta é em sim um símbolo. E nosso problema é interpretar os símbolos porque eles representam coisas muito reais. Mas o homem não é capaz de interpretar os símbolos bíblicos.
Quando saibamos que são as cabeças e os chifres, que são os pés do urso, a boca do leão e a semelhança do leopardo, então poderemos saber quê ou quem é a besta.

A Bíblia interpreta seus próprios símbolos

O ponto que queremos recalcar é que a Bíblia interpreta seus próprios símbolos e revela seu significado. Se queremos achar a verdade. Temos que guiar-nos exclusivamente os mesmos símbolos: as bestas, as sete cabeças, os 10 chifres e também o leão, o urso e o leopardo. E a Bíblia nos diz o que estes símbolos representam.
Deus lhe havia dado a Daniel entendimento em sonhos e visões (Daniel 1:17). O profeta teve um sonho e uma visão (Daniel 7) em que viu quatro grandes bestas (Vs. 3). Note-se que ao igual que no livro de Apocalipse, as bestas subiam do mar.
A primeira era como um leão (Vs. 4), a segunda como um urso (Vs. 5), a terça como um leopardo (Vs. 6) e, a quarta era tão espantosa e terrível que não podia comparar-se com nenhuma besta da terra (Vs. 7).
A besta que se parecia a um leão tinha uma cabeça só, a que se parecia a um urso tinha uma e a quarta besta também tinha uma. Mas a terceira besta, a que se parecia a um leopardo, tinha quatro cabeças, dando-nos um total de sete! Da grande e horripilante quarta besta saiam 10 chifres.
Agora vejamos a última parte do versículo 16, onde se nos dá a interpretação das coisas. A pergunta é: Aceitaremos a interpretação dada na Bíblia das sete cabeças, os 10 chifres, o leão, o urso e o leopardo?
“Estas quatro grandes bestas são quatro reis que se levantarão na terra”. Esta é a interpretação dada pelo versículo 7.
A palavra rei é sinônima de reino e se emprega no sentido de que o rei representa o reino sobre o qual governa, pois no versículo 23 lemos: “A quarta besta será um quarto reino na terra”. Note-se também que a palavra reino se emprega no mesmo sentido nos versículos 18, 22, 24 e 27.
Agora, que representam os chifres? Vejamos o versículo 24: “E os dez chifres significam que daquele reino se levantarão dez reis”.
Note-se que os 10 chifres, ou seja 10 reinos ou governos sucessivos, SURGEM DE UM REINO, não de um homem nem de um super-homem. Isto aclara que esta besta não é um homem misterioso, uma personagem que está por aparecer. Também aclara que a besta não é uma igreja, como dizem alguns, pois de nenhuma igreja têm saído nem sairão 10 reinos.
Como a palavra rei nestas profecias se refere ao respetivo reino representado por ele, e como as palavras rei e reino são sinônimos na Bíblia, então; os 10 chifres são 10 reinos sucessivos que sairão do quarto reino que havia de governar a terra!

A identificação dos reinos

Estes mesmos reinos gentios, os quatro que governariam ao mundo, se descrevem no capítulo segundo de Daniel. O rei Nabucodonosor do Império Caldeu, que havia levado aos judeus em cativeiro, teve um sonho cujo significado foi revelado por Deus a Daniel.
O sonho se relata nos versículos 31-35. O rei viu uma grande imagem que tinha a cabeça de ouro, o peito e os braços de prata, o ventre e as coxas de bronze, as pernas de ferro e os pés de ferro e barro cozido. Uma pedra, não trazida por mãos de homens senão por via sobrenatural, caiu sobre os pés da imagem e a quebrou em pedaços que o vento levou. Logo a pedra se converteu num grande monte que encheu toda a terra.
“Este é o sonho; também a sua interpretação diremos na presença do rei. Tu, ó rei, és rei de reis; a quem o Deus do céu tem dado o reino, o poder, a força, e a glória. E onde quer que habitem os filhos de homens, na tua mão entregou os animais do campo, e as aves do céu, e fez que reinasse sobre todos eles; tu és a cabeça de ouro. E depois de ti se levantará outro reino, inferior ao teu; e um terceiro reino, de bronze, o qual dominará sobre toda a terra. E o quarto reino será forte como ferro; pois, como o ferro, esmiúça e quebra tudo; como o ferro que quebra todas as coisas, assim ele esmiuçará e fará em pedaços” (Dan. 2:36-40).
A interpretação da pedra que esmiúça o ferro e o barro da imagem aparece no versículo 44: “Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre,...”
A pedra é Cristo e seu reino de domínio mundial. A interpretação da pedra aparece em muitos lugares da Bíblia. “Jesus Cristo de Nazaré... é a pedra reprovada por vós os edificadores, a qual tem vindo a ser cabeça de ângulo” (Atos 4:10-11).
Vemos aqui, pois, quatro reinos gentios de alcance universal que governam ao mundo. Começam com o Império Caldeu, que levou aos judeus cativos à Babilônia.
Deus havia prometido à antiga Israel que se guardava seus mandamentos, se era sua nação obediente, cresceria até converter-se numa multidão de nações, ou um império, que dominaria ao mundo inteiro. Mas, se não obedecia, seria levada cativa por nações gentias (Levítico 26 e outras profecias).
A antiga Israel foi posta a prova ao longo dos séculos e gerações. Pela sua desobediência, foi levada em cativeiro por Nabucodonosor, quem havia levantado o primeiro império mundial.
Mas, tal como Deus o revelou no capítulo 2 de Daniel, foi Deus quem havia dado domínio mundial a esta sucessão de impérios gentios. Estes constituem um trás outro quatro grandes reinos mundiais e do quarto saem 10 governos sucessivos. Esta sucessão se prolonga até o tempo da segunda vinda de Jesus Cristo e o estabelecimento do reino de Deus que encherá toda a terra e durará para sempre.

A Quarta besta

Está claro que aqui se descrevem as mesmas potências gentias universais representadas pelas quatro bestas de Daniel. E a imagem identifica quais são. A primeira foi o reino de Nabucodonosor: o Império Caldeu, chamado Babilônia por sua cidade capital (625 – 539 ªC.).
Segue-lhe o segundo reino, e a história nos diz que este foi o Império Persa (558 – 330 ªC).
Todo estudante de história antiga conhece o terceiro reino mundial, que foi Grécia ou Macedônia sob Alexandre Magno, conquistador do grande Império Persa (333 - 330 ªC). Alexandre viveu só um ano mais depois da sua veloz conquista e seus quatro generais dividiram o vasto império em quatro regiões: Macedônia e Grécia, Trácia e Ásia ocidental, Síria e o território ao oriente do rio Indo, e Egito. Estas divisões correspondem às quatro cabeças da terceira besta de Daniel 7.
O quarto reino que teve sua origem em Roma, se estendeu e absorveu as quatro divisões uma trás outra. Esta quarta besta “espantosa e terrível e em grande maneira forte”, foi o Império Romano (31 ªC. – 476 D.C.). Este império absorveu aos demais e ocupou todo seu território. Foi mais grande e forte que todos. Incluiu todo o esplendor real da antiga Babilônia, que lhe dava sua cabeça (a parte mais forte do leão); tinha um exército massivo e formidável como o do Império Persa, simbolizado pelas patas do urso, sua parte mais forte.
Foi a máquina de guerra mais temível que o mundo tivesse conhecido e também tinha a ligeireza, a astúcia e a crueldade do exército de Alexandre, simbolizado pelo leopardo. Assim pois, a Quarta besta era diferente de todas quantas havia na terra. Era mais forte, mais terrível, mas grande de todas. Por isso, em Apocalipse 13 João não vê quatro bestas senão uma só. Não é um leopardo mas tem sua semelhança: possui sua astúcia, crueldade e ligeireza. Ao mesmo tempo, tem as caraterísticas predominantes das outras duas bestas: as patas do urso e a boca do leão.
A Quarta besta de Daniel, ou seja o Império Romano, havia absorvido às três bestas anteriores e portanto as incluía. Assim, incluía as sete cabeças. A besta de João também tinha sete cabeças. Das bestas de Daniel somente a quarta tinha 10 chifres, e assim mesmo a de João tinha 10 chifres.
Se nos guiamos pela descrição bíblica desta besta, e se permitirmos que a Bíblia interprete seus próprios símbolos, chegamos à conclusão inevitável de que, a besta de Apocalipse 13 é o Império Romano que durou do ano 31 ªC. ao ano 476 da nossa era!
Têm-se elaborado e difundido muitas teorias que lhe dão outra interpretação a esta besta. Umas dizem que é uma igreja, outras que é um misterioso super-homem do futuro. Mas estas teorias ficam desmentidas ao aplicar a interpretação bíblica a todos os símbolos que descrevem a besta.
As duas pernas da imagem de Nabucodonosor descrevem as duas divisões do Império Romano depois do ano 330 da nossa era: o Império de Ocidente, com sua capital em Roma, e o Império do Oriente, com sua capital em Constantinopla.
João também mostra à besta não como uma igreja, nem um indivíduo, senão como um governo poderoso dotado de um grande exército, pois a gente adorava à besta dizendo: “Quem poderá lutar contra ela?” (Apoc. 13:4).

O simbolismo dos chifres

Agora vejamos o simbolismo dos chifres da Quarta besta de Daniel 7 e da besta de Apocalipse 13.
Os 10 chifres simbolizam uma mesma coisa: 1º) as eras de governo que surgiriam do Império Romano depois da sua caída no ano 476.
“E os dez chifres significam que daquele reino [do quarto, ou seja o Império Romano, 31 ªC – 476 D.C.] se levantarão dez reis... e que o reino, e o domínio e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu, seja dado ao povo dos santos do Altíssimo” (Daniel 7:24, 27).
Os 10 chifres são, pois, 10 governos que sairão do Império Romano. Estes reis, chamados também reinos, se prolongam desde o ano 476 até o momento em que a pedra (Cristo e seu reino) triture os pés da imagem e o reino seja entregue aos santos.
Portanto, como na história não tem havido nunca 10 reinos contemporâneos que tenham saído do Império Romano simultaneamente, e como sim tem havido nove reinos sucessivos governando sobre esse território (isto o explicaremos mais adiante) desde o ano 476 até o presente, sabemos que os reinos representados pelos chifres são sucessivos e não contemporâneos.

A ferida mortal

Agora voltemos à descrição da besta em Apocalipse 13: “Vi uma das suas cabeças como ferida de morte, e sua chaga mortal foi curada; e se toda a terra se maravilhou após a besta. E adoraram o dragão que deu à besta o seu poder; e adoraram a besta dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem poderá batalhar contra ela? E foi-lhe dada uma boca para proferir grandes coisas e blasfêmias; e deu-se-lhe poder para continuar por quarenta e dois meses” (Apocalipse 13:3-5).
A besta aqui representada é a que reuniu o esplendor real e o poderio simbolizados pela boca do leão (Babilônia), junto com a força simbolizada pelos pés do urso (Pérsia) e a ligeireza, astúcia e crueldade do leopardo (Grécia).
Como a interpretação deste símbolos aparece em Daniel 7, e como a Quarta besta tinja 10 chifres, a interpretação bíblica é que a besta de Apocalipse 13 corresponde à Quarta besta de Daniel 7, é dizer, ao Império Romano dos anos 31 ªC a 476 D.C.
A besta descrita por João em Apocalipse 13 inclui sete cabeças, mas a única cabeça que existia no momento quando João viu esta estranha besta (que incluía as caraterísticas mais poderosas de todas suas antecessoras) era a que correspondia à Quarta besta de Daniel, que tinha a sétima cabeça e também os 10 chifres. Portanto, a cabeça que recebeu a “ferida de morte” (Apocalipse 13:3) foi a sétima cabeça do Império Romano, aquela que deu origem aos 10 chifres.
Os 10 chifres, segundo os interpreta Daniel, representam 10 governos sucessivos surgidos do Império Romano e que haviam de prolongar-se até o estabelecimento do reino de Deus à Segunda vinda de Cristo.
A ferida de morte, pois, se lhe propinou ao Império Romano nas últimas etapas da sua decadência, quando foi invadido pelos bárbaros que puseram fim ao seu governo no ano 476. Também lemos que o dragão entregou seu poder à besta. Quem é o dragão?
Alguns têm dito que é a Roma pagã. Mas nós nos guiaremos unicamente pela interpretação que a Bíblia dá dos seus próprios símbolos. Vemos então, que o dragão é um símbolo de Satanás o diabo.
Leiamos Apocalipse 12: 9-13: “E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele. E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite. E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até à morte. Por isso alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai dos que habitam na terra e no mar; porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo. E, quando o dragão viu que fora lançado na terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho homem”.
“Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos”
(Apoc. 20:2).
A gente adorava à besta (Apoc. 13:4). Alguns deduzem por esta só afirmação que a besta é o papado. Parecem ignorar que o povo adorava ao Império Romano e seus imperadores!
Note-se como adoravam à besta, dizendo: “Quem poderá lutar contra ela?”. O Império Romano foi a potência bélica mais grande que o mundo havia conhecido. Esta besta matava a espada (Vs. 10).
A história nos narra que os imperadores romanos eram objeto de culto, pois, o paganismo era a religião do Estado. Citamos a continuação do livro Medieval and Modern Times (Tempos medievais e modernos) de James H. Robinson, página 7: “O culto ao imperador: Em síntese, o governo romano não só estava maravilhosamente bem organizado... todos tinham que unir-se ao culto do imperador porque ele representava a majestade e a glória do domínio... todos estavam obrigados, como bons cidadãos, a participar nos sacrifícios oficiais oferecidos ao chefe de estado como um deus”.
Quando a sétima cabeça desta grande besta recebeu sua ferida mortal no ano 476 da nossa era, marcou isto seu fim? Não! A profecia diz que “sua ferida mortal foi sarada... e deu-se-lhe poder para continuar por quarenta e dois meses” Vs. 3, 5).
Os 10 chifres representam 10 reinos sucessivos que surgiriam desse reino. Portanto, a besta se perpetua nos seus 10 chifres (que saem da cabeça simbólica do Império Romano, 31 ªC – 476 D.C.) até a vinda de Cristo.
Se nos diz que uma das cabeças recebeu uma ferida de morte. A besta incluía as sete cabeças e os 10 chifres. João vê à besta viva nos dias da sua sétima cabeça, o Império Romano. E quando essa cabeça da besta recebeu sua ferida, a ferida sarou. Agora os chifres reinam um por um.
O Império Romano na África do Norte foi invadido pelos vândalos, que logo saquearam a Roma no ano 455. Depois, no ano 476 Odoacro estabeleceu em Roma seu governo dos hérulos. Mas isto não sarou a ferida de morte porque se tratava de um governo situado em Roma mas não romano senão dos bárbaros estrangeiros. Depois veio o reino dos ostrogodos (493 – 554 D.C.). Este foi outro povo estrangeiro que governou esse território, mas foi expulso de Itália e desapareceu.
Estes três reinos que varreram o território romano encheram o período que a história conhece como a “idade de transição” (ver Ancient History, História Antiga, de Philip Myers, Página 571), ou seja uma TRANSIÇÃO entre a ferida e o momento em que esta se sarou.
Logo Daniel viu um “chifre pequeno” que surgia entre estes 10 e que arrancou aos três primeiros (Daniel 7:8). Isso deixa sete chifres por vir. Daniel disse que esse chifre pequeno “parecia mais grande que seus companheiros” (Vs. 20).
O papado dominou completamente a todos os chifres seguintes.

A ferida sarada

O quarto reino (simbolizado pelo quarto chifre), posterior à caída do império no ano 476, foi o que realmente SAROU a ferida mortal restaurando o império.
No ano 554 de nossa era, Justiniano, imperador do oriente em Constantinopla, estabeleceu seu governo mediante um legado imperial em Ravena, Itália, e realizou o que se chama na história a “Restauração Imperial”.
Agora note-se o versículo 5 de Apocalipse 13. Uma vez sarada, a besta recebeu poder “PARA CONTINUAR POR QUARENTA E DOIS MESES” (noutras versões diz: “agir por quarenta e dois meses).
Nas profecias relativas ao tempo do castigo de Israel, cada dia corresponde a um ano de cumprimento (Ezequiel 4:4-6; Números 14:34). Portanto, a besta sarada há de seguir no poder por 1.260 anos.
Sarada a ferida no ano 554, veio o Reino Franco (francês), seguido do Sacro Império Romano (Alemanha e logo Áustria) e o reino de Napoleão (francês). Com a derrota de Napoleão em 1814, a besta sarada não seguiu mais no poder. “Assim tocou a seu fim um governo que se remontava a César Augusto [do ano 31 ªC]”, diz Modern History (História Moderna) de Willis M. West. Caiu num abismo!
Do ano 554 ao ano 1814, período que corresponde à “besta sarada”, há exatamente 1.260 anos!
Nesse momento oito dos chifres haviam surgido e haviam desaparecido, e a besta caiu no estado de inexistência simbolizado pelo “abismo” em Apocalipse 17:8. Mas para o ano 1870 Garibaldi havia reunido as divisões da península italiana numa nação e o reino assim estabelecido deu começo ao nono chifre que culminou com o governo de Mussolini.
______________________________________________

2 comentários:

  1. Apocalipse 17:12 diz sobre dez reis que governarão juntamente com a besta, indicando que ainda não surgiram, vão aparecer no cenario mundial ,quando surgir a besta,então fica claro que a sétima cabeça ou seja a ultima besta ainda vai se levantar.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. O APOC É REVELAÇÃO DE COISAS QUE VIRIAM A ACONTECER, E NÃO COISAS ACONTECIDAS, PREVER O QUE JÁ ACONTECEU? NÃO TEM LOGICA. ENTAO A FERIDA DE MORTE NÃO PODE SE REFERIR A FATOS ACONTECIDOS. O APOC FOI ESCRITO PARA OS NOSSOS DIAS. DANIEL 12/6-13. (ISSO SERIA DEPOIS DE UM TEMPO...) A REVELAÇÃO DO APOC É PARA DIAS ATUAIS E PARA OS... SERVOS. ESSE RELATOR FOI INFELIZ, PORQUE NÃO REVELOU A VERDADE. DEVE SER O FALSO PROFETA...

      Excluir