22 de maio de 2009

TODA A VERDADE
SOBRE A PÁSCOA

Por Mário L. Pereira Dalmao


Como e quando devemos celebrar a Páscoa? Aboliu Jesus a data correta? A Páscoa israelita foi mudada para uma Santa Ceia que pode celebrar-se a qualquer momento? Quem mudou tudo isto? Cristo? Os Apóstolos? Ou Satanás? Esta mudança originou a primeira luta documentada pela História entre a falsa e a verdadeira Igreja de Deus e se conhece como "A Questão Décimoquarta". Porém, é completamente ignorada por todas as Igrejas, teólogos e Pastores.

Capítulo 3

A Páscoa revelada a Moisés


“Ora, o Senhor falou a Moisés e a Arão na terra do Egito, dizendo: Este mês será para vós o princípio dos meses; este vos será o primeiro dos meses do ano. Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Ao décimo dia deste mês tomará cada um para si um cordeiro, segundo as casas dos pais, um cordeiro para cada família. Mas se a família for pequena demais para um cordeiro, tomá-lo-á juntamente com o vizinho mais próximo de sua casa, conforme o número de almas; conforme ao comer de cada um, fareis a conta para o cordeiro. O cordeiro, ou cabrito, será sem defeito, macho de um ano, o qual tomareis das ovelhas ou das cabras, e o guardareis até o décimo quarto dia deste mês; e toda a assembléia da congregação de Israel o matará à tardinha: Tomarão do sangue, e pô-lo-ão em ambos os umbrais e na verga da porta, nas casas em que o comerem. E naquela noite comerão a carne assada ao fogo, com pães ázimos; com ervas amargosas a comerão. Não comereis dele cru, nem cozido em água, mas sim assado ao fogo; a sua cabeça com as suas pernas e com a sua fressura. Nada dele deixareis até pela manhã; mas o que dele ficar até pela manhã, queimá-lo-eis no fogo. Assim pois o comereis: Os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a páscoa do Senhor. Porque naquela noite passarei pela terra do Egito, e ferirei todos os primogênitos na terra do Egito, tanto dos homens como dos animais; e sobre todos os deuses do Egito executarei juízos; eu sou o Senhor. Mas o sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu o sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga para vos destruir, quando eu ferir a terra do Egito. E este dia vos será por memorial, e celebrá-lo-eis por festa ao Senhor; através das vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo. Por sete dias comereis pães ázimos; logo ao primeiro dia tirareis o fermento das vossas casas, porque qualquer que comer pão levedado, entre o primeiro e o sétimo dia, esse será cortado de Israel. E ao primeiro dia haverá uma santa convocação; também ao sétimo dia tereis uma santa convocação; neles não se fará trabalho algum, senão o que diz respeito ao que cada um houver de comer; somente isso poderá ser feito por vós. Guardareis, pois, a festa dos pães ázimos, porque nesse mesmo dia tirei vossos exércitos da terra do Egito; pelo que guardareis este dia através das vossas gerações por estatuto perpétuo. No primeiro mês, aos catorze dias do mês, à tarde, comereis pães ázimos até vinte e um do mês à tarde. Por sete dias não se ache fermento algum nas vossas casas; porque qualquer que comer pão levedado, esse será cortado da congregação de Israel, tanto o peregrino como o natural da terra. Nenhuma coisa levedada comereis; em todas as vossas habitações comereis pães ázimos. Chamou, pois, Moisés todos os anciãos de Israel, e disse-lhes: Ide e tomai-vos cordeiros segundo as vossas famílias, e imolai a páscoa. Então tomareis um molho de hissope, embebê-lo-eis no sangue que estiver na bacia e marcareis com ele a verga da porta e os dois umbrais; mas nenhum de vós sairá da porta da sua casa até pela manhã. Porque o Senhor passará para ferir aos egípcios; e, ao ver o sangue na verga da porta e em ambos os umbrais, o Senhor passará aquela porta, e não deixará o destruidor entrar em vossas casas para vos ferir. Portanto guardareis isto por estatuto para vós e para vossos filhos, para sempre. Quando, pois, tiverdes entrado na terra que o Senhor vos dará, como tem prometido, guardareis este culto. E quando vossos filhos vos perguntarem: Que quereis dizer com este culto? Respondereis: Este é o sacrifício da páscoa do Senhor, que passou as casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu os egípcios, e livrou as nossas casas. Então o povo inclinou-se e adorou” (Êx. 12:1-27).

Para os verdadeiros adoradores de Deus, saber o dia e hora da Páscoa é fundamental. Deus não permite que ela seja praticada em qualquer dia e hora de acordo ao belo prazer de cada um.
As revelações contidas neste capítulo partem do conhecimento do verdadeiro calendário de Deus. Quando começa o ano para Ele? Talvez pense que isto não tem importância alguma, e que para Deus qualquer dia serve. Mas não esqueça que Ele é o Criador e Ele determinou os tempos, ou seja, quando começam e terminam os dias, a semana, os meses e os anos.
O calendário pelo qual se guia atualmente a humanidade é o romano e nada tem que ver com Deus. Enquanto o primeiro dia do ano é o 1o de janeiro, para Deus é o dia da lua nova de março (abibe ou nisán).
A partir desse momento deve começar a contagem dos dias e no 10o há que escolher um cordeiro aparentemente PERFEITO. Ele devia ficar em observação durante 3 dias completos e ser sacrificado na TARDE do 13º. Por quê nesse dia e nessa hora? Porque a Páscoa é um memorial, uma data a ser lembrada anualmente com dia e hora marcada – o dia e hora em que Adão e Eva foram salvos por um Cordeiro no Paraíso.
Deus usou o mesmo dia e hora para salvar a Israel e leva-lo para a Terra Prometida. Isto é tão importante porque se um israelita tivesse negligenciado o tempo, a peste o mataria. Se o cordeiro tivesse sido sacrificado um dia antes, não seria o Cordeiro Pascal, teria sido apenas um alimento tradicional de todos os dias. Mesmo recolhendo seu sangue e pintando as portas não teria tido efeito algum. Somente o cordeiro morto, e recolhido seu sangue no dia e hora marcada, produziriam o milagre da salvação.
O cordeiro deve ser comido completamente. Isto significa que todo o Cristo deve ser obedecido e não em partes, as mais agradáveis. Nada devia ficar para depois.
O dia seguinte à Páscoa é o primeiro dia dos Pães Asmos. Que significa isto? O fermento no pão simboliza o pecado. No dia da Páscoa havia que vasculhar toda a casa e jogar fora todo tipo de fermento, pão e restos de pão fermentado. Nenhum fermento ou cousa fermentada podia ficar dentro de casa. Havia que jogar fora dos limites da propriedade. E durante sete dias (tempo completo) havia que comer pão sem fermento, significando que o resto da nossa vida deveria ser isenta de pecado.
A Páscoa, e a semana dos Pães Asmos, devem ser guardados como sendo as duas primeiras FESTAS SANTAS DE DEUS, e em nenhum momento se menciona que há que estar de luto, chorar, ou acreditar que o Senhor está morto e que vai ressuscitar. Ela não é festa de ressurreição, senão um memorial do dia em que por meio da morte do Senhor fomos livres. Observe que Deus ordena que no início do dia 15 se celebre com uma grande Festa Solene, uma ceia com tudo o que houver de melhor.
“Esta é uma noite que se deve guardar ao Senhor, porque os tirou da terra do Egito; esta é a noite do Senhor, que deve ser guardada por todos os filhos de Israel através das suas gerações” (Vers. 42).
Exatamente assim continuaram sendo guardadas estas festas até o dia da morte do Senhor.

Jesus e a Páscoa

Pelos Evangelhos vemos que Jesus rigorosamente guardava todas as Festas Santas e aparecia em Jerusalém nestas datas de acordo ao mandato divino. E assim como Ele as guardou e obedeceu todos os mandamentos, pediu para seus discípulos praticarem e ensinarem a todos os que se converteriam posteriormente.
“Três vezes no ano me celebrarás festa: A festa dos pães ázimos guardarás: sete dias comerás pães ázimos como te ordenei, ao tempo apontado no mês de abibe, porque nele saíste do Egito; e ninguém apareça perante mim de mãos vazias; também guardarás a festa da sega, a das primícias do teu trabalho, que houveres semeado no campo; igualmente guardarás a festa da colheita à saída do ano, quando tiveres colhido do campo os frutos do teu trabalho. Três vezes no ano todos os teus homens aparecerão diante do Senhor Deus” (Êx. 23:14-17).
“E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mateus 28:18-20).

Que foi o que mudou?

O que confunde tanto aos teólogos como aos líderes espirituais é o que aconteceu depois da cruz, o que mudou, e o que ficou.
É opinião unânime que Jesus aboliu completamente o Antigo Testamento e alegam que só deve ser obedecido o que está mencionado apenas no Novo Testamento. Que este é um Pacto diferente e totalmente alheio ao anterior. Que as leis foram dadas aos israelitas, mas que nós não somos israelitas e portanto nada é válido para nós.
Alegam que Jesus tinha nojo de tudo o que os judeus praticavam e que tudo o que pertencia a Israel nada deve ficar na Igreja Cristã. Será verdade?
As leis de Deus são espirituais e regem a vida espiritual. Estas leis não são temporais, são eternas. Roubo é roubo a partir do primeiro anjo criado como ao último ser humano a morrer. E o mesmo podemos dizer da idolatria, do crime, do adultério, e de qualquer um dos mandamentos. Mesmo sem sermos religioso praticante, não as podemos transgredir, porque as leis jurídicas de qualquer país do mundo nos condenam e nos colocam na cadeia, se as transgredimos.
Nunca devemos pensar que existe um período paradisíaco com leis paradisíacas, um período pós-paraíso sem nenhuma lei, um período do Sinai, com leis até a cruz e um período pós-cruz sem nenhuma lei. Uma lei para cada época ou temporada não corresponde com o que ensina a Bíblia.
Se os obedientes são contados desde Abel, até o último deles, terá que obedecer e praticar a mesma Lei.
Deus fez um Pacto com Israel no Sinai, e todo Israel ouviu o que Ele, disse e escreveu ditas leis em tábuas de pedra e Moisés as colocou na Arca do Concerto junto com as demais leis que havia ditado.
Moisés fez um sacrifício e com o sangue aspergiu o que ele havia escrito e sobre as tábuas, selando o pacto.
Esse Pacto foi quebrado pela transgressão contínua de Israel por mais 490 anos, sem contar os outros 490 anos anteriores a Davi, em que mais andavam pra lá do que pra cá.
Jesus é o mediador do Novo Pacto e o povo se reúne para ouvir as cláusulas do contrato no Sermão do Monte. Observe um dos pontos:
“Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim destruir, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, de modo nenhum passará da lei um só i ou um só til, até que tudo seja cumprido. Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus” (Mat. 5:17-19).

Jesus não escreve, nem manda escrever a alguém lei alguma, como fizera com Moisés. Por quê? PORQUE A LEI É A MESMA QUE NUNCA TINHAM OBEDECIDO!!!
Era a mesma Lei que estava nas mãos deles e que andavam para cima e para baixo com ela, mas que por causa das suas tradições e interpretações pessoais, não as obedeciam.
Num determinado momento Jesus diz:
“Ouvistes que foi dito: Amarás ao teu próximo, e odiarás ao teu inimigo...” (Mat. 5:43).
Não existe nenhuma lei no Antigo Testamento dada por Deus que diga isto. Este é um típico mandamento inventado pelos fariseus, que começando bem (amando ao próximo), coloca ao inimigo como “não próximo”. O ódio não é permitido na Palavra, mas eles o colocaram em forma “religiosa”. E assim como este, todos os mandamentos foram deturpados, e acrescentados pontos, que nem Deus imaginou.
Ele mesmo diz que nenhum i ou nenhum til da Lei cairá até que tudo seja cumprido. Quando tudo será cumprido? No momento da cruz? NÃO! Até o dia que acabe o Plano da Salvação!
Este Plano acabará quando toda a raça humana seja transformada em seres espirituais, idênticos a Deus, cheios de Espírito Santo. Nesse dia se completa a obra do Filho e Ele entregará o Reino ao Pai que descerá dos céus para habitar com os homens.
“E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já se foram o primeiro céu e a primeira terra, e o mar já não existe. E vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que descia do céu da parte de Deus, adereçada como uma noiva ataviada para o seu noivo. E ouvi uma grande voz, vinda do trono, que dizia: Eis que o tabernáculo de Deus está com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e Deus mesmo estará com eles. Ele enxugará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem lamento, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas. E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve; porque estas palavras são fiéis e verdadeiras. Disse-me ainda: está cumprido: Eu sou o Alfa e o ômega, o princípio e o fim. A quem tiver sede, de graça lhe darei a beber da fonte da água da vida. Aquele que vencer herdará estas coisas; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho” (Apoc. 21:1-7)
“Mas na realidade Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem. Porque, assim como por um homem veio a morte, também por um homem veio a ressurreição dos mortos. Pois como em Adão todos morrem, do mesmo modo em Cristo todos serão vivificados. Cada um, porém, na sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda. Então virá o fim quando ele entregar o reino a Deus o Pai, quando houver destruído todo domínio, e toda autoridade e todo poder. Pois é necessário que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo de seus pés. Ora, o último inimigo a ser destruído é a morte” (1 Cor. 15:20-26).

Este será o verdadeiro fim, quando a morte seja vencida. E por que a Lei termina nesse momento?

“Pois vos tirarei dentre as nações, e vos congregarei de todos os países, e vos trarei para a vossa terra. Então aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias, e de todos os vossos ídolos, vos purificarei. Também vos darei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. Ainda porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis as minhas ordenanças, e as observeis. E habitareis na terra que eu dei a vossos pais, e vós sereis o meu povo, e eu serei o vosso Deus. Pois eu vos livrarei de todas as vossas imundícias;...” (Ez. 36:24-29. Ver também11:16-21).

“Mas este é o pacto que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. E não ensinarão mais cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: Conhecei ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até o maior, diz o Senhor; pois lhes perdoarei a sua iniqüidade, e não me lembrarei mais dos seus pecados” (Jer. 31:33-34).
“e o Diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde estão a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados pelos séculos dos séculos”
(Apoc. 20:10).

Eis aqui o segredo. Deus eliminará a força que impulsa o pecado – a natureza carnal e a Satanás.
Que leis escreverá Deus nos seus corações? A Lei que foi abolida na cruz e não serve mais para nada? Ou as leis que nunca obedeceram e que ainda estão vigentes?
Se Israel foi cativo por não guardar leis que mais adiante seriam abolidas, por que serão eles obrigados a guardá-las, enquanto os gentios serão salvos sem guardar nenhuma? Será que existe salvação para os gentios sem obediência, enquanto que para um israelita ser salvo tem que obedecer leis “que não salvam”? Se for assim, teríamos dois povos com leis e sistemas de salvação diferentes. E isto não é assim, porque de dois povos, Deus fez um e uma mesma lei tanto para o judeu como para o grego.
“Pois todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus. Porque todos quantos fostes batizados em Cristo vos revestistes de Cristo. Não há judeu nem grego; não há escravo nem livre; não há homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa” (Gal.3:26-29).
“Portanto, lembrai-vos que outrora vós, gentios na carne, chamam circuncisão, feita pela mão dos homens, estáveis naquele tempo sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos aos pactos da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo. Mas agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto. Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio, na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos contidos em ordenanças, para criar, em si mesmo, dos dois um novo homem, assim fazendo a paz, e pela cruz reconciliar ambos com Deus em um só corpo, tendo por ela matado a inimizade; e, vindo, ele evangelizou paz a vós que estáveis longe, e paz aos que estavam perto; porque por ele ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito. Assim, pois, não sois mais estrangeiros, nem forasteiros, antes sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a principal pedra da esquina; no qual todo o edifício bem ajustado cresce para templo santo no Senhor, no qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus no Espírito” (Gal. 2:11-22).

Passados mais de dez anos da cruz, Paulo, falando aos gálatas, lhes disse que eles foram incorporados ao antigo Israel, aos seus pactos, mandamentos, leis, estatutos, decretos, promessas e herança. Têm sido adotados como membros da única Família Deus.
Isto significa que tanto os gentios, como os israelitas cristãos acreditavam e praticavam as mesmas coisas.

Os profetas foram eliminados?

Os que eliminam o Antigo Testamento, eliminam também todas as profecias. Por isso, não existe nenhuma Igreja que as estuda. Como não fazem isso, nunca podem entender nada, porque todas elas apontam para os últimos dias.
Já escutou a um pregador falar sobre a besta, o número e a marca dela? E da abominação desoladora que falou o profeta Daniel? E isto deveria ser o que mais deveriam falar, pois o Senhor disse que os obedientes seriam assinalados nas suas testas com o sinal de Deus, enquanto os desobedientes com a marca da besta.
Como calcular o número dela? E que é isso da abominação desoladora? Necessitamos saber disso?
E como!!!
Pois, Jesus disse que esse seria o último sinal que seria dado aos crentes para se porem a salvo.
“Quando, pois, virdes estar no lugar santo a abominação de desolação, predita pelo profeta Daniel (quem lê, entenda), então os que estiverem na Judéia fujam para os montes; quem estiver no eirado não desça para tirar as coisas de sua casa, e quem estiver no campo não volte atrás para apanhar a sua capa” (Mat. 24:15-18).
Quando vejamos a abominação desoladora em Jerusalém, nesse dia devemos fugir para os montes, da mesma maneira como fugiram os crentes no ano 70 no cerco de Jerusalém, e não morreram.
Se os teólogos baniram as profecias, Deus não o fez, pois as continua a cumprir no dia e hora marcada, e isto prova que jamais foram abolidas.
O profeta Daniel é o relógio de Deus. Ali estão contidos todos os tempos.
Zacarias é um livro idêntico a Apocalipse. Enquanto que Zacarias (numa visão microscópica) nos relata o que acontecerá em Israel no momento da vinda do Senhor, Apocalipse nos mostra (numa visão macroscópica), como será a vinda do Senhor enxergando o mundo todo.
Mateus 24 e Apocalipse guardam estreita relação nos seus conteúdos. Enquanto Mateus 24 narra a grandes rasgos como será o fim do mundo, Apocalipse os descreve em detalhes.
Agora compare a seqüência: 1o Daniel, 2o Zacarias, 3o Mateus 24 e Apocalipse. Quando lemos na seqüência vemos o panorama bíblico se desenrolando diante de nós como um leque, como uma cortina que se descobre. E não existe nenhuma contradição entre eles.
Assim que nós temos a Lei e os Profetas, que não foram abolidos e os gentios praticando exatamente tudo, tal como era guardado pelos israelitas naqueles dez anos.

A ordenança de Jesus sobre a Páscoa

Na noite da última Páscoa, depois que Jesus e seus discípulos comeram tradicionalmente o cordeiro, ele fez o seguinte:
“Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, abençoando-o, o partiu e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo. E tomando um cálice, rendeu graças e deu-lho, dizendo: Bebei dele todos; pois isto é o meu sangue, o sangue do pacto, o qual é derramado por muitos para remissão dos pecados” (Mat. 26:26-28).
“Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou pão; e, havendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo que é por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo pacto no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes do cálice estareis anunciando a morte do Senhor, até que ele venha. De modo que qualquer que comer do pão, ou beber do cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice” (I Cor. 11:23-28).

A partir desse momento termina a maneira tradicional que por mais de quatro mil anos se havia celebrado. O cordeiro (o animal ovino) era o tipo do Cristo que viria e seria sacrificado. Agora o Cristo se transforma no antítipo, no verdadeiro Cordeiro Pascoal.
De agora em diante, os verdadeiros adoradores de Deus, não mais terão necessidade de sacrificar um cordeiro e sim celebrar a Páscoa comendo pão asmo e vinho. Mas a data não foi mudada.
As Igrejas evangélicas separaram a nova maneira de celebrar e a independizaram da Páscoa e dos Pães Asmos. E nem sequer a celebram com pão asmo, senão que é com pão fermentado, simbolizando que o pecado não foi jogado fora.
Jesus separou uma coisa da outra? Ou apenas mudou a maneira de faze-la? Somente pela Bíblia podemos saber isto.
Os que defendem a idéia de que fazer “Santa Céia” a qualquer dia e hora, citam o versículo de Coríntios que diz “todas as vezes que...” como uma ordem divina de que a qualquer momento podemos realizá-la. E novamente os teólogos não consultaram a Bíblia.
A palavra grega usada foi “ho – sá - kis” que quer dizer – “todas as vezes que” e não foi usada a palavra “pol – lá - kis” que quer dizer – “freqüentemente”.
Usando corretamente “ho-sá-kis”, Paulo se referia a que em cada comemoração anual devia fazer-se sempre assim. Deste modo, desde que foi instituída por Cristo, têm-se realizado mais de 1977 vezes.
Outros vão mais longe ainda, dizendo que cada vez que nos lembremos de Cristo, devemos tomar Santa Céia. Isto equivale a andar continuamente com pão e vinho e celebra-la a cada minuto.
Jesus morreu numa Quarta feira e ressuscitou na tarde de Sábado, tal como está no estudo “As Incríveis Revelações de Deus a Moisés” no item Sábado e de como a verdadeira Igreja guardava corretamente as Festas Santas.
A Igreja primitiva guardava corretamente o calendário de Deus, o Sábado e as Festas Santas de Deus, provado por documentos históricos já que não aceitam o que a Bíblia diz.
O outro ponto que confunde é o famoso termo “partir o pão”. Como sempre procuram na Bíblia algo que fundamente o que previamente acreditam e praticam, usam o termo “partir o pão”, como uma Santa Ceia que se celebrava a qualquer dia e hora. “Partir o pão”, não quer dizer fazer Páscoa a qualquer momento, senão que era a maneira tradicional naquela época de “fazer uma refeição” e se aplicava tanto ao almoço, janta ou uma refeição ligeira.
Quando separaram a Santa Céia da verdadeira data e modo de celebrar a Páscoa de Deus, ela não teve mais sentido para os crentes. A Semana da Páscoa para eles é completamente indiferente.
Mas, vamos a ver como se deturpou o claro ensino de Jesus.

Como a Igreja assimilou a Páscoa de Ressurreição?

Como se introduziu este festival pagão na prática da religião cristã, como substituto de uma ordenança divina?
Antes de revelar, em forma breve o assombroso relato deste grande engano, dois fatos devem ficar claramente estabelecidos.
1º) – Jesus e os Apóstolos predisseram, não um grande e espetacular crescimento da Igreja, senão um afastamento da verdade por parte da grande maioria. Falando sobre o desvio da fé, Paulo declarou aos tessalonicenses que já estava em ação o “mistério da iniqüidade”, e isto foi escrito apenas 20 anos depois de estabelecida a Igreja!
A igreja “cristã” de Simão o Mágico, havia introduzido os “mistérios caldeus” – a Páscoa Florida e o Natal, como os principais festivais, e todas as congregações estavam aderindo.
2º) – Embora Jesus dizesse que as portas do Hades não prevaleceriam contra sua Igreja, ela foi profetizada como uma “manada pequena” e nunca como grande e popular. A pequena manada está formada por apenas “OS OBEDIENTES”. Eles formam parte dos “POUCOS ESCOLHIDOS”!
Ninguém entende isto! Como jamais entendem que houve uma gigantesca luta por parte dos Apóstolos contra a apostasia que havia tomado conta da Igreja. Nem eles podiam mais entrar nas congregações porque eram expulsos pelos falsos pastores, e martirizados por séculos, até acabarem (aparentemente) com os verdadeiros obedientes. O que esses falsos mestres pagãos introduziram é o que normalmente se ensina em qualquer Instituto Teológico como sendo as grandes verdades de Deus.

Duas Igrejas: a falsa e a verdadeira

Pelo estudos das Epístolas dá para ver que já se pregavam falsos evangelhos e que a Igreja de Samaria de Simão, claramente se definia como absolutamente apóstata dos ensinos de Deus. Essa Igreja cresceu até tornar-se a Igreja Católica Apostólica Romana, que como seu nome bem indica é romana e não de Jerusalém.
Entre os anos 160 e 325 a luta entre os falsos adoradores e os verdadeiros foi tão grande que o Império Romano balançou. Para esse momento o número de cristãos ascendia a mais de cinco milhões.
A falsa igreja recebeu o apoio do Imperador Romano, da alta classe social, dos filósofos e intelectuais da época, enquanto que a verdadeira Igreja estava reduzida às congregações da Turquia e Grécia.
No ano 509 a falsa igreja assume o Império Romano e o Papa se transforma em chefe da Igreja, mas também; Imperador, ao fundar-se o “Sacro Império Romano”.
Depois desta data começam os 1260 anos de reinado absoluto, que mergulharam ao mundo no mais denso período de trevas tanto espirituais, como cultural, social e econômico. Durante os primeiros 900 anos desse período, as pessoas nasciam e morriam sem terem visto absolutamente nada diferente.
O capítulo 17 de Apocalipse se refere a ela. É representada como uma mulher de grande esplendor e pompa, dedicada a diversos ritos, que se veste de púrpura, escarlate e ouro, que é orgulhosa, mundana e jactanciosa. Mas, além destas caraterísticas tem outra que é a pior – tem enganado a todas as nações.
Todos os países ocidentais (principalmente), estão espiritualmente embriagados com suas falsas doutrinas. Sua nefasta influência é tão grande que a percepção espiritual de todas estas nações é fosca e curta, impedindo que o verdadeiro evangelho seja pregado e aceito, mesmo por uma minoria e ninguém tem sede ou fome de ouvir a Palavra de Deus.
Esta Igreja sempre se refere a ela mesma como a “única e verdadeira”, porém, está embriagada com o sangue dos santos, de cujo martírio, ela foi culpada por Deus no mesmo livro.
Se conseguiu enganar a todo o mundo, tem enganado aos protestantes também? SIM! E COMO!!!
“Veio um dos sete anjos que tinham as sete taças, e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas; com a qual se prostituíram os reis da terra; e os que habitam sobre a terra se embriagaram com o vinho da sua prostituição. Então ele me levou em espírito a um deserto; e vi uma mulher montada numa besta cor de escarlata, que estava cheia de nomes de blasfêmia, e que tinha sete cabeças e dez chifres. A mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, e adornada de ouro, pedras preciosas e pérolas; e tinha na mão um cálice de ouro, cheio das abominações, e da imundícia da prostituição; e na sua fronte estava escrito um nome simbólico: A grande Babilônia, a mãe das prostituições e das abominações da terra. E vi que a mulher estava embriagada com o sangue dos santos e com o sangue dos mártires de Jesus. Quando a vi, maravilhei-me com grande admiração. Ao que o anjo me disse: Por que te admiraste? Eu te direi o mistério da mulher, e da besta que a leva, a qual tem sete cabeças e dez chifres. A besta que viste era e já não é; todavia está para subir do abismo, e vai-se para a perdição; e os que habitam sobre a terra e cujos nomes não estão escritos no livro da vida desde a fundação do mundo se admirarão, quando virem a besta que era e já não é, e que tornará a vir. Aqui está a mente que tem sabedoria. As sete cabeças são sete montes, sobre os quais a mulher está assentada;...” (Apoc. 17:1-9).

O versículo 5 se refere a ela como sendo uma igreja mãe, e se é mãe tem que ter filhas. Talvez você pense que as filhas sejam o espiritismo, a feitiçaria e a umbanda, mas elas nunca foram conhecidas como “igrejas”.
Igreja gera Igreja, tanto falsa como verdadeira. Então são todas as igrejas que se dizem cristãs. Por que são filhas? Porque todos eram primeiro católicos que depois se tornaram evangélicos, e porque o protestantismo surgiu de uma divisão da Igreja Católica. Mas as Igrejas Evangélicas, a pesar de que dizem que não são católicas, estão unidas à mãe pelo calendário, na celebração das mesmas festas, doutrinas e práticas pagãs, pela rejeição da Lei de Deus, e pela mudança dos 10 Mandamentos ao abolirem o Sábado pelo Domingo. Não é somente uma igreja mãe apóstata, senão de toda uma família. Acaso não são babilônicas as filhas? Não são elas confusas e desobedientes pregando cada uma delas doutrinas diferentes e fazendo o que bem entenderem? Não é a isso que se chama “o caos babilônico das seitas”?
A palavra “cristãs” as une, mas Deus as chama de “Babilônia, a Grande”, a união de todas elas e não somente à Igreja Católica. A falsa igreja é profetizada por Daniel:
“Disse assim: O quarto animal será o quarto reino na terra, o qual será diferente de todos os reinos; e devorará toda a terra, e a pisará aos pés, e a fará em pedaços. E, quanto aos dez chifres, daquele mesmo reino se levantarão dez reis; e depois deles se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis. E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues na sua mão, por um tempo, e tempos, e a metade de um tempo” (Dan. 7:23-25).

O quarto animal, a besta, é o Império Romano. Porém, se levantará dentre os chifres um outro, que será diferente dos outros dez (o Papa e seu Sacro Império Romano) e abaterá três reis. Exatamente tal como foi profetizado, assim aconteceu. O debilitado Império Romano foi invadido pelos bárbaros e não pode fazer-lhes frente, então o Papa organizou um exército e lutou contra eles vencendo aos três povos bárbaros invasores: os godos, os visigodos e os vândalos. E a partir deste momento conquista a supremacia como poder eclesiástico e imperial absoluto, ficando por cima de todos os reis.
Esta igreja é conhecida porque “mudará os tempos e a lei”, ou seja; mudará tudo o que ao verdadeiro Deus pertence e fará suas próprias leis e mandamentos, porque ao igual que Satanás, odeia tudo ao que se refere a Deus e a seu povo, os israelitas. E como naquela época o Israel visível eram os judeus, o ódio será contra os judeus e tudo ao que a eles pertence.
Esse ódio conseguiu transmitir até o dia de hoje. Incitou aos antigos imperadores, reis, senhores feudais, a Hitler e o fará com a última cabeça do império ressuscitado no fim dos tempos. Um novo e mais espantosos holocausto está profetizado.
O culto babilônico de Ninrode passou para os assírios, que passou para os caldeus, que passou para os egípcios, que passou para os medo-persas, que passou para os gregos e que ficou em Roma.
As igrejas evangélicas ao igual que sua mãe apóstata, não guardam os tempos (calendário e Festas santas), nem a Lei (mandamentos, leis, estatutos e decretos divinos). E assim como a mãe, cada uma inventou suas doutrinas e mandamentos e obedecem cegamente seus estatutos, em vez do Senhor. E abominam Sua Palavra.
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