22 de maio de 2009

O RAPTO SECRETO DA IGREJA

Por Mario L. Pereira Dalmao


Capítulo 2

Um meio de escapar

Embora Jesus houvesse profetizado que os cristãos seriam perseguidos numa futura grande tribulação, ele também disse que haveria para alguns um meio de escapar, mas não significa um “rapto secreto”. Que é o que Ele disse?
“Vigiai, pois, todo o tempo orando, para que possais escapar de todas estas cousas que têm de acontecer, e estar em pé na presença do Filho do homem” (Lucas 21:36).
Vigiar não só quer dizer “ficar acordado orando até tarde da noite”. Significa também espreitar, estudar diariamente os fatos mundiais que nos indicam em que tempo profético estamos; olhar atentamente controlando o movimento do inimigo, ouvindo qualquer barulho que nos indique sua presença e aproximação e não permitir sermos tomados de surpresa. Orar para que nosso amor não se esfrie, não desanimar, não deixar de perseverar, não extinguir o Espírito e assim estar aconchegados embaixo das asas de Deus.
Os cristãos poderão escapar de todos os dissabores que em breve cairão sobre este mundo desatento “como ladrão na noite”, mas os crentes atentos serão preservados. A tribulação e os seguintes eventos serão “para experimentar os que habitam sobre a terra” (Apoc. 3:10).
“E VIU-SE um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça. E estava grávida, e com dores de parto, e gritava com ânsias de dar à luz” (Apoc. 12:1-2). Esta mulher que está grávida e prestes a dar a luz é a verdadeira Igreja. Ela é pura, resplandecente como o sol. O sol e a lua nos remetem a uma profecia – o sonho de José:
“E teve José outro sonho, e o contou a seus irmãos, e disse: Eis que tive ainda outro sonho; e eis que o sol, e a lua, e onze estrelas se inclinavam a mim” (Gên. 37:9).
A verdadeira Igreja se relaciona com Israel e não é independente dele. Os irmãos de José são onze estrelas e José é a decima segunda. Os Apóstolos são doze e cada um deles reinará sobre cada uma das tribos de Israel. Assim que aqui temos a Igreja, os doze Apóstolos e as doze tribos de Israel formando um conjunto completo.
Enquanto que a mulher de Apocalipse 17 é uma prostituta – a falsa igreja cristã de Satanás.
“E VEIO um dos sete anjos que tinham as sete taças, e falou comigo, dizendo-me: Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas; com a qual se prostituíram os reis da terra; e os que habitam na terra se embebedaram com o vinho da sua prostituição. E levou-me em espírito a um deserto, e vi uma mulher assentada sobre uma besta de cor de escarlata, que estava cheia de nomes de blasfêmia, e tinha sete cabeças e dez chifres. E a mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, e adornada com ouro, e pedras preciosas e pérolas; e tinha na sua mão um cálice de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua prostituição; e na sua testa estava escrito o nome: Mistério, a grande Babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra. E vi que a mulher estava embriagada do sangue dos santos, e do sangue das testemunhas de Jesus” (Apoc. 17:1-6).
Esse período de 1260 anos, já se cumpriu no período de pleno domínio da falsa igreja durante toda a Idade Média e foi todo o tempo em que o mundo não conheceu absolutamente nada de Deus, porque a falsa igreja acorrentou a Bíblia e não permitiu que ninguém pudesse consulta-la. A Igreja visível de Deus foi ocultada da vista do mundo e passou para a clandestinidade reaparecendo nos tempos da Reforma, e ela veio emergindo desde aquela época.
“E a mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus, para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias”. Este período (como temos visto), não pode ser de 1260 anos novamente, primeiro porque ultrapassam os 6000 anos que é o período humano determinado por Deus. E segundo; não se refere à Igreja como instituição, senão às pessoas que formam a Igreja, então o período passa a ser literalmente de 1260 dias, ou; três anos e meio. A Grande Tribulação será um período de aflições inédito em toda a história da humanidade e nada do que aconteceu anteriormente se compara a ela.
Voltemos agora para o versículo 13: “Quando, pois, o dragão [Satanás] se viu atirado para a terra, perseguiu a mulher”. Esta será a última perseguição e que ainda não aconteceu.
Como a Igreja escapará? “E foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse até ao deserto, ao seu lugar” por três anos e meio.
Contrariamente ao que se ensina normalmente, a Igreja NÃO será levada para o céu, senão, para o deserto. Que pode ser este deserto? Literalmente, o deserto? Pode ser. Da mesma maneira como Israel foi para lá, como também pode ser como anteriormente citamos: países, estados ou municípios, fora do alcance da Besta que podem ser do outro lado do oceano, na América, por exemplo.
Mas o que acontecerá com aqueles que não puderam escapar? Diz a Escritura: “o dragão... foi pelejar com os restantes da sua descendência” – o remanescente da Igreja que não pode escapar; as pessoas a quem Satanás odeia e contra quem incita as nações. Estes são os que “guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus” (Vs. 17).
E há uma recomendação especial a ser tida em conta quando orarmos para sermos salvos: “E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado;...” (Mat. 24:20). Imagine fugir no meio do inverno do norte, com neve e temperaturas abaixo de 15 graus!
E por que não no Sábado? Para que não venhamos a transgredi-lo!
Se a saída da Igreja fosse por um “rapto secreto”, não teríamos necessidade de orar para evitar o inverno e dia de Sábado!

Será a tribulação o tempo da ira de Deus?

Há também um outro equívoco que todos aqueles que acreditam na teoria do rapto aceitam, inadvertidamente e sem prova. É que confundem a grande “tribulação” com o “Dia do Senhor”, como sendo o mesmo período de tempo. E são dois períodos diferentes.
A Bíblia nos mostra que a tribulação é a ira de Satanás (leia Apocalipse 12). Aqui vemos ao diabo agindo na plenitude do seu furor e perseguindo a morte aos cristãos que não foram dignos de escapar. A confusão está em que todos pensam que a tribulação é provocada por Deus ao derramar suas pragas apocalípticas. Antes que Ele comece a agir, o mundo começa a ruir porque suas estruturas apodreceram e desabaram.
Em outubro de 2008, o sistema financeiro mundial passou pelo maior colapso de todos os tempos. O dinheiro emprestado pelos bancos americanos e que não poderão cobrar ascende a 14 trilhões de dólares. O valor de 28 anos de arrecadação brasileiro (uma soma de dinheiro inimaginável).
Todos os países do mundo tiveram que injetar somas gigantescas para socorrer aos bancos para não quebrarem e poder recuperar a confiabilidade dos investidores, porque as Bolsas mundiais despencaram como nunca antes na história. Mesmo assim, o socorro não foi suficiente! E ninguém sabe quando nem como acabará.
Os países emergentes tiveram que fazer a mesma coisa. Isto é praga de Deus? Não! É o resultado da especulação!
Os homens destruíram a natureza e hoje colhem tempestades. As colheitas ficam arruinadas e os povos passam fome. É castigo de Deus?
Os países desenvolvidos vendem armas e tecnologia nuclear para qualquer país. É Deus que promove a guerra?
Todo este sistema vai desabar porque eliminaram a Deus de todos os aspectos da vida diária. Não existe mais a moral. A pureza da mulher virou piada e motivo de vergonha. A família tradicional foi destruída e substituída por casamentos homossexuais. Uma sociedade baseada nos princípios do exercício livre dos impulsos carnais, pode subsistir?
Um país onde seus governantes são totalmente corruptos e desviam normalmente 30% de toda verba pública, pode subsistir?
O mundo foi devorado pelos cupins dos excessos, da luxúria, da corrupção, da imoralidade, do roubo, da violência, da drogadição, da destruição do meio ambiente e da perda de todo caráter. O mundo desabará sobre se mesmo.
De acordo com Jesus; que acontecerá imediatamente depois da ira de Satanás, depois da tribulação? Os defensores da vinda de Jesus em duas etapas, afirmam que – depois da tribulação – Cristo vem com todos seus Santos. E não foi isso o que Jesus disse.
Notem o que Ele disse: “Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento e os poderes do céu serão abalados” (Mateus 24:29).
Isto combina com Joel 2:31: “O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor”.
O “dia do Senhor” aparece profetizado em todos os livros da Bíblia, e em quase todos eles se anuncia o mesmo: “o sol se escurecerá e a lua não dará à sua luz”. Este “dia do Senhor” é o período em que Deus intervirá diretamente nos negócios do mundo. Será o tempo da sua ira contra as nações.
Falando disto, Paulo declarou em Tessalonicenses 5:2, que a vinda do Senhor seria “como ladrão na noite”. E isto não significa que a Igreja será secretamente raptada, senão imprevista e inesperadamente, por parte do mundo, não pelos crentes que estarão atentos aos sinais do seu retorno. Se eles saíram para o deserto e estão sendo alimentados pelo Senhor, não podem ser ignorantes quanto a hora do seu retorno, mas o mundo não sabe em que terminará tudo isso.
“E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um grande tremor de terra; e o sol tornou-se negro como saco de cilício, e a lua tornou-se como sangue; e as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte. E o céu retirou-se como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares. E os reis da terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo o servo, e todo o livre, se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas; e diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro; porque é vindo o grande dia da sua ira; e quem poderá subsistir?" (Apoc. 6:12-17).
Antes que o sol se escureça e a lua não dê a sua luz, haverá um grande terremoto, que poderá chegar a 40 graus na escala Richter! Como pode acontecer isto?
A falha de Santo André vai desde o sul de Chile, percorre toda América, dá a volta pela Alasca, passa pelo Japão e vai até as ilhas do Pacífico. Estas placas tectônicas estão tão delgadas, que é como se fosse apenas uma fina pele que separa o mar do fogo da terra. O mínimo movimento racharia esta leve coberta e então o contato das águas do mar com o fogo interno da Terra produzirá um terremoto como jamais houve outro igual e sacudirá à terra como um bêbado e as montanhas praticamente se derreterão.
O abalo será tão grande, que junto com esta falha, todas as outras se mexerão e não ficará um único metro de Terra que fique em pé. Este sismo despertará vulcões adormecidos e a Terra explodirá. Estas cinzas vulcânicas são as que ocultarão a luz do sol e impedirão que a lua dê à sua luz.
Vemos então que a “tribulação” e o “dia do Senhor”, são duas coisas diferentes que acontecem um após o outro.
O “Dia do Senhor” é anunciado por trombetas celestiais.
“E os sete anjos, que tinham as sete trombetas, prepararam-se para tocá-las” (Apoc. 8:6).
As trombetas são o símbolo de guerra e elas indicam o tempo em que Deus derrama a sua ira sobre as nações que estarão guerreando umas contra as outras, utilizando terríveis armamentos modernos. Estes conflitos mundiais irão em contínuo assenso e chegarão ao ponto tal em que não poderão parar. Não haverá poder humano suficiente como para poder pôr fim à luta mundial, e as nações entenderão que só Deus, intervindo diretamente, o poderá fazer.
O mundo compreenderá que as leis humanas só lhe puderam a realidade que estão vivendo e que só as leis de Deus podem dar-lhe à raça humana a Paz e a Felicidade que nunca conheceram.

O toque da sétima trombeta

“E o sétimo anjo tocou a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso SENHOR e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre. E os vinte e quatro anciãos, que estão assentados em seus tronos diante de Deus, prostraram-se sobre seus rostos e adoraram a Deus, dizendo: Graças te damos, Senhor Deus Todo-Poderoso, que és, e que eras, e que hás de vir, que tomaste o teu grande poder, e reinaste. E iraram-se as nações, e veio a tua ira, e o tempo dos mortos, para que sejam julgados, e o tempo de dares o galardão aos profetas, teus servos, e aos santos, e aos que temem o teu nome, a pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destruem a terra. E abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca da sua aliança foi vista no seu templo; e houve relâmpagos, e vozes, e trovões, e terremotos e grande saraiva” (Apoc. 11:15-19).
A sétima E ÚLTIMA trombeta determina o exato momento em que os mortos e os vivos em Cristo ressuscitarão e receberão a eternidade.
“Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem. Porque assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo. Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda. Depois virá o fim, quando tiver entregado o reino a Deus, ao Pai, e quando houver aniquilado todo o império, e toda a potestade e força” (I Cor. 15:20-24).
“Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados” (Vs. 51-52).
Está captando o significando desta escritura? DEPOIS da tribulação, e dos sinais celestiais, ao som da sétima e última trombeta e depois de derramadas as sete pragas dela, os mortos serão ressuscitados e os vivos, que crêem e praticam a verdade, serão transformados de mortais em imortais.
Ali não se fala em rapto secreto antes nem depois da tribulação, nem os mortos serão ressuscitados duas vezes. Não há a mais mínima indicação de que haverá um “rapto secreto” e uma ressurreição dos santos antes da tribulação.
“E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus” (Mateus 24:29-31).
Só depois que o sol escurecer e as estrelas caírem, o mundo ouvirá as trombetas do exército celestial anunciando a Vinda do REIS DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES e estas trombetas anunciam também o início da guerra do Senhor contra todas as nações do mundo.
Mas antes que apareça o Senhor, a primeira coisa que o mundo verá SERÁ A ARCA DO CONCERTO! E gostaria de ver a cara daqueles que durante toda a vida prescindiram da arca, como sendo uma coisa obsoleta e sem valor, apenas um símbolo judaico. A arca é o maior símbolo que podia ter o Tabernáculo e era tão importante que para seu transporte, ela era coberta para que sua visão não fosse prejudicar a alguém, e o povo só podia andar a três dias de distância dela. Uzías ao toca-la, morreu.
A arca desapareceu. Ninguém sabe onde está (ou será que ninguém sabe?). Quando desapareceu? No momento do sítio de Jerusalém por Nabucodonosor. Ali é onde reside o mistério. Quando Nabucodonosor entrou na cidade e no Templo, pegou todos os utensílios do mesmo e o despojou das suas riquezas, mas não havia nada no Santíssimo.
Como pode ter sumido a arca, se ela não podia ser carregada a não ser pelos sacerdotes? Saiu de Israel? Impossível! Saiu de Jerusalém? IMPOSSÍVEL!!!
Jerusalém estava CERCADA! Rodeada completamente pelo exército babilônico. Ninguém podia entrar, ninguém podia sair. Simplesmente SUMIU! E a partir desse momento a essência do israelismo foi ignorada e esquecida.
O nojo que o cristianismo tem pelo Antigo Testamento levou aos teólogos a ignorar completamente o valor – não da Arca – senão; DO QUE HAVIA DENTRO DELA!
A curiosidade que o mundo tem pela arca é apenas a de um descobrimento “arqueológico” e a procuram pelo seu valor em ouro, não pelo conteúdo dela. E passam por alto a única pessoa que poderia tê-la ocultado. Foram os sacerdotes? Não. Não foram. Porque nunca mais foi achada por nenhum deles, nem pelos judeus que voltaram do cativeiro. Simplesmente, ninguém mais soube onde ela foi parar.
“E sucederá que, quando vos multiplicardes e frutificardes na terra, naqueles dias, diz o SENHOR, nunca mais se dirá: A arca da aliança do SENHOR, nem lhes virá ao coração; nem dela se lembrarão, nem a visitarão; nem se fará outra” (Jer. 3:16).
Assombroso! Desde aquele momento, até hoje, ninguém a procura, nem perguntam por ela. E este versículo é a ordem de Deus a Jeremias para ocultar a arca. A única pessoa de Deus que estava em pé nesse momento, era o profeta Jeremias, e a ele lhe competiu o dever de ocultar a arca, pegar o trono de Davi e PLANTA-LO NOUTRO LUGAR!
E assim como a arca desapareceu, também o trono de Davi sumiu, mas tampouco ninguém pergunta por ele, embora tem tido sempre um rei assentado nele e o juramento de Deus jamais se quebrantou, porque a promessa foi que - sempre haverá alguém da tua descendência reinando nele porque o teu trono é eterno! E o último rei foi Zedequias, e isto aconteceu mais de 2.500 anos atrás. Como Deus pode ter quebrantado sua promessa? Ele não a quebrantou! A descendência de Davi continuou reinando noutro lugar!
Agora leia de novo Jeremias 3:16. Hoje ninguém pergunta pela arca, e esta é uma profecia dupla, como todas elas, porque aponta para o tempo depois da Vinda do Senhor, quando já estejam vivendo em paz e felicidade, no Milênio. Por que não se fará outra?
Porque ela estará exposta no céu durante todo esse tempo! Veja de novo o que a Bíblia diz!
“E abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca da sua aliança foi vista no seu templo; e houve relâmpagos, e vozes, e trovões, e terremotos e grande saraiva” (Apoc. 11:19).
Durante todo o Milênio a Arca ficará exposta e por ela o mundo será julgado e ensinado.

Os eleitos

Lucas 18:7 diz: “Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que a ele clamam dia e noite?” Qualquer concordância bíblica indica as Escrituras que tem que ver com este assunto. Vejamos:
“PEDRO, apóstolo de Jesus Cristo, aos estrangeiros dispersos no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia; eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: Graça e paz vos sejam multiplicadas” (I Pedro 1:1-2).
“Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade;...” (Col. 3:12).
“Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica” (Rom. 8:33).
Estas passagens (entre tantas), provam que os verdadeiros cristãos serão os eleitos ou escolhidos de hoje. Serão eles os que estarão reunidos quando Jesus retornar ao som de uma grande trombeta. Paulo também menciona o mesmo e forte som da sétima trombeta que romperá o ar por ocasião do retorno de Cristo:
“Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois nós, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor” (I Tess. 4:16-17).
Entende você que isso só acontecerá no dia da ressurreição e que ela só acontecerá no dia da sua Vinda? Será no tempo da ÚLTIMA TROMBETA, de acordo com I Coríntios 15:52. E em Apocalipse 11:15-18, a sétima ou última trombeta indicará o tempo da ressurreição. E segundo a profecia de Jesus, quando falou no Monte das Oliveiras, como no Apocalipse, o som da sétima trombeta, e da ressurreição, virá depois da tribulação – no ápice do “Dia do Senhor”.
Estes versículos referem-se à mesma trombeta, não a trombetas diferentes. Não haverá possibilidade de um “rapto secreto”.
Um famoso texto bíblico, que é sempre usado para contradizer as claras passagens acima citadas, é o versículo 14 de I Tessalonicenses 4: “Porque se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem” – que segundo Paulo, os mortos estarão dormindo nos seus túmulos, e não acordados no céu – “Deus os tornará a trazer com ele”.
Os defensores da teoria do rapto afirmam que três anos e meio ou sete anos antes da volta de Cristo, ocorrerá o “rapto secreto”; e que os mortos serão levados secretamente para o céu de onde irão retornar com Cristo. Mas, é isto o que diz a Escritura?
Como iria trazer Jesus com ele aqueles que estariam mortos? Vejam: “Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto; nós os vivos, os que ficarmos até a vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus...”
E com quem descerá? Com os Santos? NÃO! Com ninguém! A Bíblia diz, como já temos visto que na frente dele vem os anjos tocando as trombetas anunciando Sua Vinda, e essas trombetas ACORDAM AOS MORTOS!
“... e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro” (Vs. 15-16).
Observem que Jesus, com os anjos, descem à Terra, não com os santos, mas a fim de ressuscitar os santos. “O Senhor ... descerá... e os mortos ressuscitarão.”
Estes mortos ressuscitados juntos com os vivos subirão aos ares – ao encontro do Senhor – NAS NUVENS!
Eles não vão ao céu, lá dentro do Trono de Deus Pai, nem ultrapassarão os limites da atmosfera terrestre.
“Depois nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares” (Vs. 17).
Depois que os mortos ressuscitarem e o último tirar seus pés do chão, os crentes vivos começarão a subir e toda a Igreja se unirá a Cristo num fantástico recebimento. O mundo ouvirá o estrondo de milhões de pessoas gritando com toda a força dos seus pulmões divinos “Glória a Deus nas alturas e Paz aos homens de boa vontade”.
Este encontro é a mesma coisa que quando vem uma pessoa muito querida a visitar-nos. Saímos de casa com os braços abertos, e depois dos beijos e abraços o trazemos para casa. E seria ridículo afirmar que primeiro voltamos com a pessoa para o lugar de onde veio, para depois voltarmos todos juntos. Ninguém faz isso.
Mas é isto que ensinam, que Jesus nos leva para o céu e depois de alguns anos, voltamos com ele. Diz a Bíblia alguma coisa a mais sobre o retorno de Cristo?

Jesus voltará da mesma maneira

Como subiu Jesus para os céus?
“E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos. E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles se puseram dois homens vestidos de branco. Os quais lhes disseram: Homens galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir. Então voltaram para Jerusalém, do monte chamado das Oliveiras, o qual está perto de Jerusalém, à distância do caminho de um Sábado” (Atos 1:9-12).
Subiu Jesus ao céu em duas etapas? Não! Seu retorno será exatamente da mesma maneira como subiu. E de onde o fez? Desde o Monte das Oliveiras. Assim que sua vinda deve acontecer no mesmo lugar. Isto está na Bíblia?
“EIS que vem o dia do SENHOR, em que teus despojos se repartirão no meio de ti. Porque eu ajuntarei todas as nações para a peleja contra Jerusalém; e a cidade será tomada, e as casas serão saqueadas, e as mulheres forçadas; e metade da cidade sairá para o cativeiro, mas o restante do povo não será extirpado da cidade. E o SENHOR sairá, e pelejará contra estas nações, como pelejou, sim, no dia da batalha. E naquele dia estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; e metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade dele para o sul” (Zacarias 14:1-4).
Eis aqui outro sinal visível da Vinda do Senhor. O exército multinacional que invadiu Israel, o venceu e agora estão matando um a um, que seguindo os conselhos da Besta e do Falso Profeta, a matança será até que não fique nenhum deles. Israel ficou sozinho. Os Estados Unidos e a Inglaterra não podem ajuda-lo e todo Israel se foi recolhendo e ficou encurralado em Jerusalém. E sem socorro de ninguém, eles têm a clara noção de que é o fim absoluto da nação, para sempre. Então começam a clamar pelo Messias, porque é a única pessoa que os poderá salvar. E ele vem!
E Ele pousa seus pés exatamente no mesmo lugar onde começou a ascender – no Monte das Oliveiras! Nesse preciso momento, este Monte se divide em dois, se parte ao meio, e é por ali que o povo encurralado escapa. E assim como Deus protegeu ao seu povo do Faraó colocando-se na frente, assim Jesus enfrentará aos exércitos e os destruirá.
Com esta vitória começa a instalação do Reino de Deus na Terra.
“E fugireis pelo vale dos meus montes, pois o vale dos montes chegará até Azel; e fugireis assim como fugistes de diante do terremoto nos dias de Uzias, rei de Judá. Então virá o SENHOR meu Deus, e todos os santos contigo. E acontecerá naquele dia, que não haverá preciosa luz, nem espessa escuridão. Mas será um dia conhecido do SENHOR; nem dia nem noite será; mas acontecerá que ao cair da tarde haverá luz. Naquele dia também acontecerá que sairão de Jerusalém águas vivas, metade delas para o mar oriental, e metade delas para o mar ocidental; no verão e no inverno sucederá isto” (Zac. 14:5-8).
“E o SENHOR será rei sobre toda a terra; naquele dia um será o SENHOR, e um será o seu nome. Toda a terra em redor se tornará em planície, desde Geba até Rimom, ao sul de Jerusalém, e ela será exaltada, e habitada no seu lugar, desde a porta de Benjamim até ao lugar da primeira porta, até à porta da esquina, e desde a torre de Hananeel até aos lagares do rei. E habitarão nela, e não haverá mais destruição, porque Jerusalém habitará segura. E esta será a praga com que o SENHOR ferirá a todos os povos que guerrearam contra Jerusalém: a sua carne apodrecerá, estando eles em pé, e lhes apodrecerão os olhos nas suas órbitas, e a língua lhes apodrecerá na sua boca. Naquele dia também acontecerá que haverá da parte do SENHOR uma grande perturbação entre eles; porque cada um pegará na mão do seu próximo, e cada um levantará a mão contra o seu próximo. E também Judá pelejará em Jerusalém, e as riquezas de todos os gentios serão ajuntadas ao redor, ouro e prata e roupas em grande abundância. Assim será também a praga dos cavalos, dos mulos, dos camelos e dos jumentos e de todos os animais que estiverem naqueles arraiais, como foi esta praga. E acontecerá que, todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém, subirão de ano em ano para adorar o Rei, o SENHOR dos Exércitos, e para celebrarem a festa dos tabernáculos. E acontecerá que, se alguma das famílias da terra não subir a Jerusalém, para adorar o Rei, o SENHOR dos Exércitos, não virá sobre ela a chuva. E, se a família dos egípcios não subir, nem vier, não virá sobre ela a chuva; virá sobre eles a praga com que o SENHOR ferirá os gentios que não subirem a celebrar a festa dos tabernáculos. Este será o castigo do pecado dos egípcios e o castigo do pecado de todas as nações que não subirem a celebrar a festa dos tabernáculos” (Zac. 14:9-19).
Vamos a analisar mais uma passagem que geralmente é citada para provar a teoria do rapto secreto:
“DEPOIS destas coisas, olhei, e eis que estava uma porta aberta no céu; e a primeira voz que, como de trombeta, ouvira falar comigo, disse: Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer. E logo fui arrebatado no Espírito, e eis que um trono estava posto no céu, e um assentado sobre o trono” (Apoc. 4:1-2).
Esta Escritura, tal como afirmam, prova o rapto da Igreja. Mas aqui nem sequer se menciona isso. João foi arrebatado em espírito ao céu, onde recebeu a REVELAÇÃO das coisas que acontecerão. João subiu como antes havia subido Paulo, porque ambos receberam instruções especiais diretas de Deus e foram arrebatados em espírito, porque ali estava Jesus, no céu, mas não confirma que a Igreja estava lá, ou estará.
Todas as mirabolantes doutrinas que estudamos, têm surgido de pessoas que analisam versículos isolados da Bíblia sem Ter em conta todos os textos que se referem ao mesmo assunto, nem a cronologia dos fatos ensinados por Deus.
Não acredite no que lhe dizem. Você tem todo o direito de analisar as Escrituras para saber se isso é verdadeiramente assim, porque sua salvação e sua vida estão em jogo.

Quem inventou esta doutrina?

Você ficará assombrado ao saber que antes de meados do século 19, ninguém acreditava nisto. Como apareceu e por quem foi inventada?
Para entender isto vejamos duas coisas que aconteceram naquele século. Um foi o triunfo do racionalismo com a Revolução Francesa. Este é um sistema filosófico que declara que “Deus está morto” e que nada deve ser aceito por fé, crendice ou dogmatismo. Tudo tem que ser analisado por meio dos sentidos, pesado e medido, e admitido por meio da razão. Isto significa aplicar o raciocínio em tudo e as conclusões, embora divergentes, se foram obtidas por meio da lógica, são VÁLIDAS!
Os teólogos, Pastores e crentes não podiam admitir a REVELAÇÃO DE DEUS, então cada um tomou-se a liberdade de interpretar por conta própria qualquer passagem bíblica e aceitar como verdadeiras, os mais absurdos disparates.
Segundo – um senhor chamado William Miller achou que tinha desvendado os tempos das profecias de Daniel e que de acordo com suas descobertas, Jesus voltaria em tal dia no ano de 1844.
Todos os crentes se prepararam para serem arrebatados nesse dia e permaneceram vestidos de branco até o fim do dia, e Jesus não veio. Miller apressou-se a dizer que se havia equivocado, mas que agora, suas novas análises o levavam a determinar outra data. Novamente todos se vestiram de branco e nada aconteceu.
E esse fato acabou virando uma grande chacota mundial e conhecido como “o grande fiasco”. Mesmo assim, o mundo continuava falando disso, queriam saber quando e como seria a verdadeira data da vinda do Senhor. E cada um queria seus quinze minutos de fama. Entre eles, um senhor chamado João Nelson Darby.
E ele bolou uma doutrina fantástica, que se não dava certo, não passaria vergonha. Ele afirmou que Cristo vai voltar secretamente, sem ser visto por ninguém, a qualquer hora, sem nenhuma data nem sinal, num abrir e fechar de olhos, e levará a Igreja para os céus onde morarão na Jerusalém Celestial.
É isto REVELAÇÃO DIVINA? Não! É puro raciocínio humano sem apoio bíblico nenhum! Como não tem data, ninguém poderá reclamar. Nesse momento, Scofield estava escrevendo sua Bíblia Anotada e achou aquela doutrina com o a mais próxima da verdade e achou que ela era a melhor interpretação de todas. A aceitou como sendo a VERDADE.
Como sua “Bíblia Anotada” teve uma grande acolhida mundial, esta doutrina passou a ser ensinada e aceita por todos.
É lógico que não se pode determinar uma data para o retorno de Cristo, e ninguém está fazendo isto, nem pretendemos. Sim existe uma CRONOLOGIA de fatos e sinais, e eles não podem ser alterados.
Como isto afetou à Igreja? SIMPLESMENTE A MATOU! Esta Igreja sonolenta, morta, morna, sem cor cheiro e poder, é o resultado direto de crer nela. Se preocupam os crentes em ler e estudar as profecias, Mateus 24 e o Apocalipse? Nada disso! Não se preocupam nem sequer em estudar a Bíblia!
Por quê? Porque o que se lhes ensina é que a pessoa para salvar-se apenas tem que aceitar a Jesus como seu Salvador e não se fala mais em arrependimento nem em conversão, apenas aceitação de Jesus, nada mais. Depois disso, a pessoa tem que ficar quietinha esperando o “Dia do Rapto” que acontecerá “a qualquer momento” antes que comecem as dificuldades para os crentes.
Como temos visto, isto não combina com o que temos estudado.





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