17 de maio de 2009

TEMOS UMA “ALMA IMORTAL”?

Por Mario L. Pereira Dalmao

O ser humano está realmente composto por um corpo, alma e espírito? O corpo fica na terra e o espírito se volta para Deus. E a alma para onde vai? Se a alma é imortal, por quê Deus me oferece a “vida eterna”? A doutrina da alma imortal não está na Bíblia. Então; por quem foi inventada? Estão os cristãos enganados também nisto?

A doutrina da “alma imortal” é o miolo dos conceitos teológicos de todas as Igrejas cristãs. Unanimemente ensinam que o ser humano está composto de três partes: uma parte física, o corpo, e duas espirituais, invisíveis - alma e espírito.
O corpo seria a “armação” física, de carne e osso, que alberga temporariamente à alma. Esta seria uma das divisões da essência invisível que cada ser possui e seria feita de “espírito”. No momento da morte, a alma se separa do corpo, vai para o céu e permanecerá eternamente junto com Deus, ou no Inferno sofrendo eternos e horrendos castigos.
Mas, esta crença não é unanimidade. Têm os que sustentam que a alma não vai para o céu, senão que se reencarna, não uma, senão muitas vezes, em seres humanos ou humanos e animais, indistintamente.
Isto é o que normalmente todos ensinam e já temos ouvido. Este conceito da “alma imortal” a encontramos em todos os povos e em todas as religiões do mundo. E este conceito não se discute, é aceito como “verdade suprema”
A ciência, que estuda o universo material, não pode verificar nem negar a existência da alma. Então; como podemos saber se a alma existe e se de fato, o homem possui uma alma e se ela é “imortal”?
Os teólogos alegam que isto está na Bíblia. Se de fato está ali, o homem possui uma alma imortal. Mas, por quê todas as religiões pagãs do mundo, que não conhecem a Bíblia, ensinam isto? De onde o aprenderam?
Se você é dos que acreditam cegamente nesta doutrina, prepare-se então para receber uma das maiores surpresas da sua vida!

Originado pelos egípcios

Quando estudamos nos livros de História a vida de todos os povos antigos, todos os historiadores afirmam que a idéia da “alma imortal” já existia antes da fundação das principais religiões hoje conhecidas. Heródoto, antigo historiador grego que viveu no século quinto ªC., disse na sua História que os antigos egípcios foram os primeiros em ensinar que a alma do homem podia separar-se do corpo e que era “imortal”.
Esta idéia existiu séculos antes da aparição do judaísmo, hinduísmo, budismo, cristianismo e islamismo.
No mundo antigo os que mais deram importância à vida depois da morte, foram os egípcios. Os inumeráveis túmulos desenterrados pelos arqueólogos ao longo do Nilo, são uma testemunha eloqüente da crença de que o homem possuía um elemento espiritual que se prolongava além da existência física.
Os antigos babilônios também acreditavam na vida imortal da alma num mundo “inferior”, mas, esta crença jamais foi tão complexa como a dos egípcios. Porém, de onde tiraram estes a idéia da “alma imortal”? Dos babilônios!!!
Lembre que estamos estudando que Nimrod foi o restaurador da religião e das crenças pré-diluvianas e ela já formava parte das mesmas. Os egípcios a aprenderam dos babilônios e a aperfeiçoaram e a elevaram ao caráter de conhecimento científico e filosófico.
Eles acreditavam que a pessoa consistia num corpo físico e não uma, senão, duas almas que continuavam vivendo depois da morte: uma alma ka e uma alma ba.
A alma ka é uma réplica do homem que continha a “força vital” que recebera ao nascer. Quando a pessoa morre, a alma ka sai do corpo e se aloja numa estátua ou retrato do morto, que se colocava dentro do túmulo com essa finalidade. Já que o túmulo seria seu lar eterno, se colocava nele tudo o que o morto poderia necessitar na sua vida no além, como comida, móveis, jogos, material de leitura, artigos de asseio pessoal e outras coisas semelhantes. Mas também, um séquito de servidores que eram enterrados vivos, junto com o morto!
A alma ba era a parte do homem que gozava de uma existência eterna no céu e que deixava o corpo com o último suspiro. A alma ba era representada nos quadros dos túmulos como um falcão com cabeça humana que revoava sobre o corpo do morto. Esta alma ba regressava, de vez em quando para visitar o corpo no túmulo e participar de oferendas de comidas e bebidas.
O famoso Livro dos Mortos, recopilação de antigos textos funerários e rituais egípcios, expõe detalhadamente as múltiplas crenças egípcias relacionadas com a vida após a morte. Numa versão de dita obra, que data do século 15 ªC, a alma ba de um morto lhe pergunta a um dos deuses egípcios quanto tempo poderá viver, ao que o deus lhe responde: “Existirás durante milhões e milhões de anos, um período de milhões de anos”.
Pode isto ser considerado como o melhor conceito e demonstração da imortalidade da alma?

Dos egípcios para os gregos

A idéia da imortalidade da alma, não desapareceu com o fim da civilização egípcia. De novo, vejamos o que Heródoto nos diz: “Foram os egípcios os primeiros em afirmar que a alma do homem é imortal... Esta opinião tem sido adotada como própria por alguns gregos em diferentes épocas” (de Euterpé, o segundo livro da História de Heródoto). Vemos então, que os gregos pagãos receberam o conceito da alma imortal, dos egípcios!
Entre os gregos antigos, Platão (428 – 348 ªC), discípulo de Sócrates, foi o maior defensor da “alma imortal”. Sócrates foi o fundador da Filosofia, tal como hoje se conhece e estuda. Platão foi seu maior discípulo e também o fundador da Academia, uma instituição expressamente destinada para os estudos filosóficos e científicos perto de Atenas.
Os filósofos gregos antes de Sócrates não tinham o conceito de um elemento imaterial no homem. Sócrates e Pitágoras foram os primeiros entre os gregos que adotaram o ensinos proveniente dos egípcios e exerceram uma total influência em Platão. E foi ele quem a difundiu por todo o mundo grego e por toda a civilização humana, até o dia de hoje.
No seu célebre diálogo “O Fedão”, nos relata as últimas palavras de Sócrates antes de beber o veneno a que havia sido condenado: “Tenham bom ânimo e não se lamentem pela minha morte... Quando me ponham no sepulcro, digam que enterram somente meu corpo, mas não minha alma”.
Esta afirmação de Sócrates em nada difere dos ensinos da maioria das igrejas cristãs da atualidade!
Vejamos esta declaração de Platão no Fedão: “A alma, cuja atitude inseparável é a vida, jamais admitirá o contrário: a morte. Assim, a alma se mostra imortal e portanto indestrutível... Cremos que existe a morte? Certamente. Porém; é ela algo mais que a separação da alma e o corpo? Estar morto é lograr esta separação, quando a alma existe por sim mesma, separada do corpo, e este fica separado da alma. Nisso consiste a morte... A morte não é mais que a separação do corpo e a alma.” (O ênfase é nosso em todo o estudo).
Noutro Diálogo, no Livro X da República, Platão escreve: “A alma do homem é imortal e imperecível”.
Se a alma não morre jamais, o problema que se planteia é o que acontece com ela depois da morte. Acreditavam os gregos na ressurreição dos mortos? Não! Este é o conceito ensinado a Israel por meio de Jesus. Então o que há que explicar bem é que a alma fica viva depois da morte. Fazendo o que? Onde fica?
Certas afirmações de alguns escritores gregos e romanos como Políbio. Cícero, Estrabo e até do mesmo Platão, fez com que muitos historiadores modernos se perguntem se de fato Platão acreditava realmente na doutrina da alma imortal. Não seria esta uma ficção divulgada como um método para manter subjugado o povo por meio do temor às “coisas desconhecidas” do além?
É fato comum a todas as religiões que sustentam a imortalidade da alma, que junto com ela vai acompanhada da doutrina dos terríveis tormentos no Inferno, para atemorizar às massas e lograr que foram bons cidadãos.
A Igreja Romana, usou muito bem isto na época da conquista e da escravidão. Se os índios se submetiam aos conquistadores ou os escravos suportavam os brutais castigos e pesadas labores, haveria uma fantástica recompensa no céu, ou terríveis castigos no Inferno. Mas também foi usada para outras coisas como para vender Salvação no Céu ou evitar rebeliões de classes sociais inferiores.

Platão e os judeus

A filosofia de Platão influenciou ao mundo todo e ainda continua exercendo. È unanimidade mundial a crença da imortalidade da alma e das recompensas e castigos eternos, não importando qual for a religião. Chegou ele a influenciar aos judeus?
De fato, as comunidades judaicas da antigüidade também o foram. Embora muitos supõem que o conceito platônico de uma alma não deveu estranhar aos judeus, vejamos o testemunho de alguns dos seus eruditos:
“A crença de que a alma segue existindo depois da decomposição do corpo... não se encontra expressada em nenhum lugar das Escrituras... A crença na imortalidade da alma chegou aos judeus devido ao contato com o pensamento grego e principalmente por meio da filosofia de Platão, seu principal expoente. Este foi guiado pelos mistérios órficos e eleusinos onde as idéias babilônicas e egípcias se fundiram de uma maneira estranha (A Enciclopédia Judaica, artigo: “A imortalidade da alma”).
Se pensava que idéia da imortalidade da alma provinha do Antigo Testamento, deve de estar surpreso ao saber que veio de Platão. O Antigo Testamento nos dá um ponto de vista totalmente diferente, como veremos depois.

E o mundo cristão?

Deve de estar pensando que esta doutrina foi muito bem ensinada por Jesus, livre totalmente da influência grega. Mas, Ele não a ensinou e nada disto consta no Novo Testamento. Tampouco foi ensinada pelos Apóstolos nem pelos sucessores Policarpo, Polícrates e Arrio. Não existe nenhum documento que prove que pelo menos alguma Igreja da Ásia a tenha acolhido.
Tenha em conta, mais uma vez, que entre os anos 60 e 160 d.C., nada se sabe da verdadeira Igreja de Deus e somente a partir desse ano é que nos encontramos com duas Igrejas diametralmente opostas: as Igrejas de Deus da Ásia, que praticavam fielmente o verdadeiro Evangelho e a Igreja de Deus em Roma, que nada obedecia e já era um transplante total da religião babilônica.
Esta Igreja havia-se tornado grande, poderosa e influente acolhendo a todos os filósofos e adaptando as diversas religiões do Império e dando-lhes o nome de “cristianismo”.
Para entender como os cristãos adotaram esta doutrina, devemos ter em conta em que acreditavam os romanos pagãos naquela época, posto que Roma era a capital mundial e o seu domínio era absoluto. E o sistema filosófico de moda era o neoplatonismo. Ou seja, Platão novamente influenciava todo o sistema educativo e religioso.
Muitos dos primeiros teólogos e estudiosos da religião cristã como Orígenes, Tertuliano e Agostinho, estavam influenciados pelo platonismo.
Tertuliano (155 – 220 d.C.) escreveu: “Porque algumas coisas são conhecidas ainda pela natureza: a imortalidade da alma, por exemplo, é sustentada por muitos... Portanto, posso acolher a opinião de um Platão, quando declara: ‘Toda alma é imortal’”
Note que ele não está usando nenhum texto bíblico que afirme o pensamento de Platão, senão, citando diretamente ao autor.
Agostinho de Hipona (354 – 430), reconhecido como o maior pensador da cristandade antiga, também ensinou a natureza imortal e espiritual da alma humana. Mas, de onde provinham seus ensinos? A Enciclopédia Britânica reconhece: “[Agostinho] uniu a religião do Novo Testamento com a tradição platônica da filosofia grega.”
Por quê os eruditos cristãos recorreram à filosofia pagã grega para procurar um apoio à doutrina da imortalidade da alma? Por quê não o acharam nas Sagradas Escrituras? Porque nela nada existe ao respeito!
As Igrejas que se jactam de serem “protestantes” nunca leram os estudos de Martinho Lutero, porque ele não acreditava nisto. Veja o que escreveu em 1522: “Na minha opinião, é provável, que com muito poucas excepções, os mortos dormem totalmente insensíveis até o dia do juízo final... Com que autoridade pode afirmar-se que as almas dos mortos não podem dormir... do mesmo modo que os vivos passam em estado de profundo sono o intervalo que transcorre entre o momento de deitar-se pela noite e de levantar-se pela manhã?”
O próprio Martinho Lutero não achou na Bíblia o fundamento desta doutrina. Por isso afirma: “Com que autoridade...? Bíblica é que não é!
Mas, este ensino tão arraigado no mundo, não pode ser removido pelo protestante e os cristãos continuaram abraçando esta doutrina. E a Enciclopédia Britânica continua: “A filosofia tradicional ocidental, começando com os antigos gregos... deu forma aos conceitos ocidentais básicos da alma”.

Está na hora de ver o que a Bíblia diz

O Apóstolo Paulo enfrentou-se com os filósofos pagãos gregos em pleno Areópago, em Atenas e falou-lhes da ressurreição e em nenhum momento apoiou a doutrina da imortalidade da alma ensinada por eles (Atos 17:15-34).
Aos gregos de Colossos admoestou-lhes assim: “Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo;...” (Col. 2:8).
Se esta doutrina é uma tradição que vem dos babilônios, devemos ter em conta o que nos pede Jesus: “Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens” (Mateus 15:9).
A única fonte que pode ensinar-nos corretamente e tirar todas as dúvidas é a Bíblia. Que ela diz? Comecemos então pelo Antigo Testamento.
Temos visto que os judeus que viveram no mundo helênico, reconheceram que tomaram a doutrina da imortalidade da alma de Platão. Por quê? Porque ela não é ensinada em nenhum lugar das Escrituras hebraicas!
Somente a Bíblia pode dizer-nos o que é o homem, o que tem dentro e o que acontece com a parte imaterial de cada um de nós. Comecemos com Gênesis 2:7: “E formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente”. (Noutras versões foi traduzido como “ser vivente”).
“Assim está também escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente; o último Adão em espírito vivificante” (I Cor. 15:45).
O homem é um corpo feito a partir de matéria (neste caso da mesma terra, barro), não de espírito. Isto é fácil de reconhecer porque qualquer ser vivo, tanto animal como humano, depois de morto se decompõe e vai se transformando em pó, em terra. Se fizermos uma análise da carne veremos que está composta dos mesmos elementos químicos que se encontram no solo.
O que nos confunde é essa palavra “alma” que aparece aqui, porque não é uma palavra corretamente traduzida. A palavra em aramaico que aparece aqui é “nephesh” e significa corpo ou ser. Nephesh indica vida física temporal; um ser vivente que respira. A mesma palavra se usa freqüentemente no primeiro capítulo de Gênesis e em outras passagens referindo-se aos animais.
“E disse Deus: Produza a terra alma (nephesh) vivente conforme a sua espécie; gado, e répteis e feras da terra conforme a sua espécie; e assim foi” (Gên. 1:24).
Aqui, a expressão “seres viventes” é a mesma palavra hebréia que se utiliza em Gênesis 2:7 e ao longo de todo o Antigo Testamento para seres físicos com existência temporal, tanto humanos como animais:
“E formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente (nephesh)”.
Também esta palavra se usa para designar ao corpo morto:
“E não se chegará a cadáver (nephesh) algum, nem por causa de seu pai nem por sua mãe se contaminará;...” (Levítico 21:11).
“Todos os dias que se separar para o SENHOR não se aproximará do corpo de um morto (nephesh)” (Números 6:6).
“E disse Ageu: Se alguém que for contaminado pelo contato com o corpo morto (nephesh), tocar nalguma destas coisas, ficará ela imunda? E os sacerdotes responderam, dizendo: Ficará imunda” (Ageu 2:13).
Fica claro então, que a palavra nephesh, nada tem a ver com essência espiritual. Deus não explica, nem ensina que o homem é um ser espiritual morando dentro de um corpo físico. O homem não é uma entidade aparte do corpo. Este conceito é espírita, e portanto, diabólico, não bíblico.
Muitas outras escrituras do Antigo Testamento ensinam a mortalidade da alma, não a “imortalidade”.
“Eis que todas as almas são minhas; como o é a alma do pai, assim também a alma do filho é minha: a alma que pecar, essa morrerá” (Ezequiel 18:4).
Se a alma é imortal, como é que Deus afirma que ela morrerá por causa do pecado? O próprio Deus não pode contradizer-se.
“A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai levará a iniqüidade do filho. A justiça do justo ficará sobre ele e a impiedade do ímpio cairá sobre ele” (Vs. 20).
Malaquias nos diz que os ímpios serão cinzas, não almas imortais sofrendo tormentos indescritíveis:
“E pisareis os ímpios, porque se farão cinza debaixo das plantas de vossos pés, naquele dia que estou preparando, diz o SENHOR dos Exércitos” (4:3).
A alma, em vez de ser algo que o homem tem, é na verdade o que o homem é. O homem é uma alma ou “ser mortal”. Por isso, os eruditos judaicos assinalam a Platão como o originador da doutrina da imortalidade da alma.
O fôlego de vida que Deus colocou no homem não é uma alma imortal, senão uma unidade de ar que nos dá vida, essa respiração contínua que oxigena o sangue. Se pararmos de respirar, morremos.

Morte e Ressurreição. É o que ensina a Bíblia

A idéia da ressurreição nunca foi estranha para os verdadeiros filhos de Deus e foi conhecida desde antes do Dilúvio, tal como pregava Enoque: “E destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos; para fazer juízo contra todos e condenar dentre eles todos os ímpios, por todas as suas obras de impiedade, que impiamente cometeram, e por todas as duras palavras que ímpios pecadores disseram contra ele” (Vs. 14-15).
Os santos morrem como qualquer outro ser humano. Porém, aqui diz que o Senhor virá com seus milhares de santos e eles estão vivos. Como poderão tornar a viver? Como pode um esqueleto voltar a se reconstituir no ser que era antes? Como pode recuperar a vida?
Todas as promessas feitas a Abraão, Isaque e Jacó, não poderiam ter sido feitas se eles não ressuscitassem para vê-las cumpridas
Porém, no homem deve de haver alguma coisa imaterial, além do simples corpo físico. É lá no livro de Jó que Deus nos revela o que há de imaterial no homem, e não é uma “alma imortal”.
“Porém onde se achará a sabedoria, e onde está o lugar da inteligência?” (Jó 28:12).
Se o homem fosse só barro com vida, que é o que lhe dá a capacidade de pensar, planejar e executar?
Podemos analisar um corpo, mas onde encontramos o lugar da inteligência? De fato, não está guardada em nenhum lugar da carne. Então; onde está? E aqui se revela o segredo:
“Na verdade, há um espírito no homem, e a inspiração do Todo-Poderoso o faz entendido” (32:8).
A sabedoria, a inteligência e a memória, não estão na carne e sim no espírito!
“Se ele pusesse o seu coração contra o homem, e recolhesse para si o seu espírito e o seu fôlego, toda a carne juntamente expiraria, e o homem voltaria para o pó” (Jó 34:14-15).
“Vida e misericórdia me concedeste; e o teu cuidado guardou o meu espírito” (10:12).
“Na sua mão está a alma de tudo quanto vive, e o espírito de toda a carne humana” (12:10).
No momento da morte, Deus recolhe o espírito, onde estão impressos todas nossas palavras, pensamentos, ações e código genético. Ele é guardado no céu e quando Jesus voltar os anjos trarão o espírito de cada um e por meio dele, todos os mortos serão refeitos e ressuscitados, e a morte, para cada um de nós será apenas um piscar de olhos, sem que exista a mínima diferença entre o antes e o depois, a não ser a idade da ressurreição. Não ressuscitaremos velhos, senão na flor da idade, mas com toda a nossa memória, educação e personalidade.
“Porém, morto o homem, é consumido; sim, rendendo o homem o espírito, então onde está ele? Como as águas se retiram do mar, e o rio se esgota, e fica seco, assim o homem se deita, e não se levanta; até que não haja mais céus, não acordará nem despertará de seu sono. Quem dera que me escondesses na sepultura, e me ocultasses até que a tua ira se fosse; e me pusesses um limite, e te lembrasses de mim! Morrendo o homem, porventura tornará a viver? Todos os dias de meu combate esperaria, até que viesse a minha mudança. Chamar-me-ias, e eu te responderia, e terias afeto à obra de tuas mãos” (14:10-15).
“Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra. E depois de consumida a minha pele, contudo ainda em minha carne verei a Deus, vê-lo-ei, por mim mesmo, e os meus olhos, e não outros o contemplarão; e por isso os meus rins se consomem no meu interior” (19:25-27).
“Sua carne se reverdecerá mais do que era na mocidade, e tornará aos dias da sua juventude” (33:25).
Continuemos estudando, talvez no Novo Testamento achemos o ensino da “alma imortal”.

Procurando provas no Novo Testamento

O melhor lugar para achar provas sobre a imortalidade da alma deve de estar no Novo Testamento, pois nele se tratam todos os assuntos espirituais do homem.
Aparece a palavra “alma” aqui? Aparece. E ela é traduzida da palavra grega “psuchê” e tem o mesmo significado da palavra nephesh. É traduzida como “pessoa”, “vida”, “alma”.
A palavra “psuchê” é utilizada no Novo Testamento duas vezes para designar aos animais inferiores do mesmo modo em que o nephesh aramaico se refere à vida dos animais:
“E morreu a terça parte das criaturas (psuchê) que tinham vida no mar; e perdeu-se a terça parte das naus” (Apoc. 8:9).
“E o segundo anjo derramou a sua taça no mar, que se tornou em sangue como de um morto, e morreu no mar toda a alma vivente (psuchê) (16:3).
Vemos então que psuchê não tem nenhuma conotação com “essência espiritual” ou “alma imortal”. Que foi o que diz Jesus ao respeito da nossa alma?
“E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo” (Mateus 10:28).
Ao contrário do que todos ensinam, Jesus nos diz que há que temer a Deus, porque Ele pode destruir no fogo do Inferno a alma (a parte imaterial, o espírito) e o corpo. Se a alma é imortal, ela jamais morreria.
Mas, em algum lugar da Bíblia se encontram as palavras “alma imortal”? Não. Em nenhum lugar. Nem no Antigo, nem no Novo Testamento. Porém, a palavra imortal aparece em I Timóteo 1:17 e se refere a Jesus Cristo e não aos homens: “Ora, ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao único Deus sábio, seja honra e glória para todo o sempre. Amém.”
E no mesmo livro aparece a palavra imortalidade. Vejamos a quem se refere: “Aquele que tem, ele só, a imortalidade, e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver, ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém” (I Tim. 6:16).
Novamente se menciona que as duas Pessoas que possuem imortalidade são o Pai e o Filho, e mais ninguém. Não temos imortalidade, mas a devemos buscar, porque é com ela que viveremos no Reino de Deus:
“A vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória, honra e incorrupção;...” (Rom. 2:7).
I Coríntios 15 é o capítulo da ressurreição e veja o que diz sobre a imortalidade: “E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?” (Vs. 54-55).
Aqui se demonstra que o cristão se vestirá de imortalidade somente no momento da ressurreição dos mortos, e não algo que se possui ou se recebe antes, no momento da conversão.
Jesus afirmou: “o que é nascido da carne, carne é e o que é nascido do Espírito, espírito é” (João 3:6). O homem nascido da carne, carne é. Não foi criado com imortalidade inerente, pois tem uma existência físico-química temporal. Ele é pó e ao pó voltará (Gên. 3:19).
A ressurreição é o momento em que a pessoa nasce de novo, ao contrário do que se ensina normalmente, e não quando se batiza ou aceita a Jesus como seu Salvador pessoal. Se fosse assim, ele mudaria aqui na Terra de corpo, e não é isso o que acontece.
Na ressurreição, ele sai do túmulo com outro corpo, assim como saiu Jesus, com um corpo espiritual. Mas, Ele não era um fantasma, nem uma assombração. Podia ser tocado, falava e comia, como qualquer outro, mas, aparecia e desaparecia instantaneamente.
Se as pessoas estão vivas, ou os espíritos vivos no céu – que necessidade haveria de uma ressurreição para voltarem ao céu, como pregam? E a alma tampouco vai ao céu, porque ela simplesmente não existe. A alma mortal. A vida física do homem, morre e se converte em pó!
Esta doutrina absurda serve para desviar às pessoas do verdadeiro objetivo da nossa existência – buscar a imortalidade. Para que procurar uma coisa que já temos? O Novo Testamento fala mais de Inferno e Ressurreição do que qualquer outra coisa, porque esse é o futuro da raça humana. Escolha onde quer passar a eternidade. Para isso você nasceu, não importando se crê ou não. Se acredita em Deus ou não. Isto é sério e grave.
Você pode fracassar um milhão de vezes na vida e talvez pense que é um fracassado. Outros parecem todo o contrário – são inúmeras vezes bem sucedidos! Mas, sabe qual é o verdadeiro fracasso? RESSUSCITAR E SER MANDADO PARA O INFERNO!!!
Você sabe qual é o verdadeiro sucesso? RESSUSCITAR E RECEBER A VIDA ETERNA E REINAR COM CRISTO NO REINO DE DEUS!!! A ressurreição é a única esperança de vida eterna!
A ressurreição não é um fato desconhecido. As houve no Antigo Testamento, antes de Jesus Cristo. O profeta Elias ressuscitou ao filho da viúva de Sarepta (I Reis 17:17); Eliseu ressuscitou ao filho da sunamita (II Reis 4:8) e um soldado ressuscita ao encostar seu cadáver junto aos ossos de Eliseu (II Reis 13:21). Mas, todos estes mortos voltaram a morrer.
Jesus, durante seu ministério, ressuscitou a três pessoas: a uma menina que recém tinha morrido (Lucas 8:40), a um jovem momentos antes do seu enterro (Lucas 7:11) e a Lázaro que já fazia mais de três dias que estava no sepulcro (João 11:1). Também, todos estes voltaram a morrer. Porém, tudo isto aconteceu para mostrar-nos que é possível e existe a ressurreição.
Morto Jesus, três dias depois ressuscita – mas não sozinho! Veja: “E abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados; e, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele, entraram na cidade santa, e apareceram a muitos” (Mateus 27:52-53)
Jesus ressuscitou, mas não foi visto por todas as pessoas, senão somente aqueles a quem se revelou, mas para que o mundo pudesse entender que assim como morreu e ressuscitou, também isto acontecerá com todos os humanos, de todas as épocas. Por isso houve uma ressurreição de pessoas que haviam acreditado nEle, e apareceram em Jerusalém, como testemunho. Também todos estes voltaram a morrer, mas só Jesus recebeu imortalidade e voltou para o céu de onde voltará.
“Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação” (João 5:28-29).
“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá;...” (João 11:25).
“E, se o Espírito daquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dentre os mortos ressuscitou a Cristo também vivificará os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita” (Romanos 8:11).
“Para conhecê-lo, e à virtude da sua ressurreição, e à comunicação de suas aflições, sendo feito conforme à sua morte; para ver se de alguma maneira posso chegar à ressurreição dentre os mortos” (Fil. 3:10-11).
Paulo não tinha vida eterna! A procurava!!! Não nascemos com imortalidade, nem com a esperança dela. É algo que se busca, se procura e se luta para receber. Como se obtém? Por meio de Jesus, de crer nEle, arrependimento dos nossos pecados e batismo nas águas e do Espírito Santo.

Mas temos espírito!

Entendamos agora uma verdade básica que poucos compreendem. Como pode Deus ressuscitar a uma pessoa se a “alma” material do homem e todos seus processos metabólicos se corrompem e perecem com a morte? Como essa pessoa ressuscitada pode lembrar-se de toda sua vida e comparecer a seu julgamento?
Lembre que Jó planteava uma interrogante: “Onde está o lugar da sabedoria e da inteligência?” Não está na carne, porque se estivesse nela depois da morte seria irrecuperável.
Se todo é físico e se converte em pó, que é o que fica da pessoa que vai para Deus e pode retornar, voltar com Ele? De que maneira preserva Deus sua personalidade, sua memória e caráter até o dia da sua ressurreição?
A resposta é simples, porque não todo é material! Existe um elemento imaterial no homem – o espírito!
“Na verdade, há um espírito no homem, e a inspiração do Todo-Poderoso o faz entendido” (32:8).
Esta palavra ”espírito” no Antigo Testamento é “ruach” e não é a mesma coisa que o “fôlego da vida” porque ele é “neshamá”. Ruach e neshamá são duas coisas diferentes. Neshamá foi o que Deus soprou nas narinas do homem e é essa unidade respiratória que respiramos continuamente e é física, material, enquanto que ruach é um elemento imaterial, não físico, que a Bíblia chama “o espírito no homem”.
No Novo Testamento, na língua grega, espírito é “pneuma”.
“PESO da palavra do SENHOR sobre Israel: Fala o SENHOR, o que estende o céu, e que funda a terra, e que forma o espírito (ruach) do homem dentro dele” (Zacarias 12:1).
“Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito (pneuma) do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus” (I Cor. 2:11).
Este espírito não é o homem, mas está no homem. Ele não tem consciência aparte do cérebro humano físico e não deve confundir-se de nenhuma maneira com o conceito de uma “alma imortal” consciente e com vida após a morte. A Bíblia declara: “Os mortos nada sabem” (Ecl. 9:5). “Tudo quanto te vier à mão para fazer, fazei-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma” (Vs. 10).
“Não confieis em príncipes, nem em filho de homem, em quem não há salvação. Sai-lhe o espírito, volta para a terra; naquele mesmo dia perecem os seus pensamentos” (Salmos 146:3-4).
Para Deus, a morte é apenas um sono, um piscar de olhos, onde não há lembrança nem consciência alguma no mesmo instante em que eles se fecham e abrem novamente. Por isso, Ele a permitiu. Apesar de ser terrível, ela tem uma incrível solução.
Quando a pessoa morre, o espírito se volta para Deus que o deu: “E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu” (Ecl. 12:7).
Este espírito não fica vagueando, andando nas nuvens, se reencarnando ou vivendo normalmente no Paraíso com Deus a espera da ressurreição. Não. Deus o arquiva, o guarda. Hoje podemos entender melhor isto. Suponhamos que cada um de nós tem um DVD dentro, onde se vão registrando diariamente tudo o que pensamos, falamos e fazemos. No momento da morte, esse DVD sai e vai para Deus que o guarda. Tem vida esse DVD? Podemos ver as imagens que contém, ouvir seu som? Não. Mas, ali está tudo gravado. Quando entrar novamente no corpo, a voz será a mesma, também a sabedoria, a inteligência, as lembranças, a personalidade, todas nossas experiências, e o ser reconstruído será o mesmo! Como pode ser isso? Porque nele também está registrado nosso código genético, nosso DNA!!!
Este espírito no homem é o que o diferencia dos animais. Lhe imparte o intelecto ao cérebro humano e a capacidade de compreender o conhecimento material e é a fonte da inteligência humana. Este espírito não se encontra no cérebro animal.
Chegamos então à conclusão de que não existe nenhuma base bíblica para afirmar que existe e possuímos uma “alma imortal” e que continue consciente após a morte. Embora existam milhares de publicações e autores ao longo dos séculos e se pregam diariamente sermões sobre a imortalidade da alma, esta é mais uma mentira criada pelo mestre supremo do engano – Satanás. Não é por acaso que esta doutrina seja um “mistério inexplicável”, cheia de erros e tergiversações.
Quando ela começou? Não foi com os babilônicos. Foi muito antes. No Paraíso!
A serpente falou para Eva “não morrerás”.
Estas palavras são o ensino da falsa doutrina da “alma imortal”, passada por alto pelos teólogos. Noutras palavras: “Eva, podes comer desse fruto porque não morrerás. Tu tens uma alma imortal” E Eva acreditou.
Tinha ela uma “alma imortal”? Não! Pois, ela morreu e ainda diz: “a serpente me enganou”. Porém, o cristianismo continua ainda acreditando no ensino da serpente.
Esta perversa doutrina tem sido construída sobre o fundamento de más traduções bíblicas, premissas falsas, erudição descuidada e falta de honradez. Devemos estudar este assunto desprovidos de influências prévias e tendo em conta toda a Bíblia, e não versículos avulsos. Ao cair esta doutrina, junto com ela cai o falso destino da raça humana morando no céu, enquanto a outra parte sofre tormentos terríveis no Inferno; o ensino fundamental do cristianismo tradicional.

O PORTENTOSO FUTURO DA RAÇA HUMANA

O futuro que Deus preparou para aqueles que lhe amam e guardam seus mandamentos, é muito mais transcendental que aquele que se prega normalmente onde se nos ensina que subiremos ao céu transformados em seres imortais que andarão flutuando em nuvens e tocando arpas.
Quando Jesus voltar, você será coroado e estará para sempre no céu com Ele, dizem. E então não entendemos como será nossa vida eterna celestial. Se passar um dia sem fazer nada já é cansativo, imagino como não será de tediosa uma vida eterna desse jeito!
Você vai contemplar o dia inteiro o rosto de Jesus, andar nos jardins celestial, ouvir música o dia todo e comer em lautos banquetes. Quer coisa melhor que isso?
Mas, a vida eterna não é isso! Se vamos a receber uma coroa e a Bíblia diz que seremos reis e sacerdotes, por que recebo essa coroa? E alegam que é porque aceitei a Jesus como Salvador e como recompensa pelos sofrimentos terrenos. Se sou um rei, sobre quem reinarei? E a resposta não existe ou ela é confusa, porque nada disto é ensinado corretamente. Sem dúvidas, Satanás age nos claros ensinos bíblicos para que não se interesse na vida eterna e para que ela careça de sentido para você. Não é por acaso que as igrejas passam pelo maior esfriamento de toda sua história!
Hoje, você está participando de um processo de salvação para o aperfeiçoamento do seu caráter, e caráter é obediência aos Mandamentos de Deus. Nesse processo, vai recebendo e crescendo no Espírito Santo. Está sendo preparado e treinado para ser um Rei ou um Sacerdote, para receber um pequeno reino composto de cinco, dez ou onze cidades e governar com Cristo no Universal Reino de Deus, a instalar-se sobre a Terra quando Ele voltar. Nesse dia, os mortos em Cristo ressuscitarão e subirão ao encontro do Senhor nos ares, e nós juntos com eles, e seremos transformados em seres espirituais, cheios de Espírito Santo e Vida Eterna.
Nesse dia, e nesse momento, teremos nascido de novo, de espírito, dentro da Família Deus e seremos Deuses, igual ao Pai e ao Filho e compartilharemos sua Divindade, Poder e Glória.
Os montes de fábulas e tradições humanas mentirosas e enganosas, nunca nos permitiram ver nosso glorioso futuro. Rejeite tudo isto e comece a buscar, hoje mesmo, VIDA ETERNA.
Que Deus o ajude a alcançar esse propósito.

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